Verón revive Maracanã, elogia Seleção de 82 e compara gerações de Brasil e Argentina
Jogador participou do Jogo das Estrelas de Zico

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Juan Sebastián Verón voltou a caminhar pelo Maracanã com a naturalidade de quem carrega uma relação antiga com o estádio mais emblemático do futebol mundial. Ídolo do Estudiantes e referência do futebol argentino nas últimas décadas, o ex-meia concedeu entrevista exclusiva ao Lance! durante o Jogo das Estrelas e falou sobre memória, história e encontros que atravessam gerações do esporte.
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O reencontro com o Rio de Janeiro trouxe à tona lembranças marcantes da carreira. Verón destacou o peso simbólico do Maracanã, palco de alguns dos primeiros jogos de sua trajetória profissional e cenário de partidas tanto pela seleção argentina quanto por clubes. O argentino esteve no estádio em confrontos diante da Seleção Brasileira e também vestindo a camisa do Estudiantes, clube pelo qual enfrentou o Flamengo em competições continentais.
Um desses capítulos aconteceu em 1994, pela Supercopa da Libertadores. No Maracanã, o Estudiantes segurou o empate por 0 a 0 contra o Flamengo, resultado suficiente após a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, na Argentina. Décadas depois, Verón voltou ao gramado para um clima completamente diferente, festivo, dividindo o campo com lendas do futebol durante o Jogo das Estrelas.
- Esse é um estádio mítico do futebol, da história do futebol, com histórias incríveis, jogadores tremendos passaram aqui. Eu joguei aqui tanto pela Seleção como pela minha equipe. E eu tive a oportunidade de jogar tanto pela seleção quanto pelo meu clube. Joguei um dos primeiros jogos da minha carreira aqui no Maracanã. Então, a verdade é que tenho as melhores lembranças, e é muito, muito bonito e gratificante vir e me encontrar, além disso, com lendas do futebol, com jogadores que hoje eu vejo na atualidade e que também foram meus companheiros.
Fã confesso do Flamengo de Júnior, Verón revelou a admiração que sempre teve pelo ex-lateral e meio-campista, com quem pôde dividir o campo novamente no último sábado. O argentino também aproveitou o encontro para relembrar a Seleção Brasileira de 1982, considerada por muitos uma das melhores de todos os tempos, apesar da eliminação na Copa do Mundo.
- Sim, eu me lembro. Um meio-campo incrível: Toninho Cerezo, Júnior… a verdade é que foi uma das melhores seleções que o Brasil já teve na sua história e que, incrivelmente, não conseguiu ganhar. Aconteceu o mesmo com a Argentina, não com Kempes, Maradona, Passarella, Bertoni. Mas, enfim, hoje é difícil encontrar seleções com essa quantidade de jogadores e com essa qualidade, é muito difícil. E reencontrá-los, reencontrar o Júnior, reencontrar o Zico, são situações que hoje me confortam, apesar de já ter passado muito tempo - contou.
Verón fez um paralelo com a geração argentina do início dos anos 2000, que contou com nomes como ele próprio, Riquelme, Tevez e um jovem Lionel Messi, mas também não conseguiu transformar talento em títulos mundiais naquele momento. Para o ex-jogador, o peso histórico de Brasil e Argentina faz com que sempre exista expectativa em torno das duas seleções, independentemente da fase.
- E sim, quer dizer, independentemente do momento atual de cada seleção, a gente sempre espera algo delas, porque são seleções que foram campeãs do mundo e que sempre estão ali pela história. Mas vamos ver: a Argentina vem de ser campeã do mundo, vem de um bom processo, com bons jogadores e muita confiança. E o Brasil é uma seleção que está se encontrando, então pode ser que nessa Copa do Mundo consiga surpreender - afirmou.
Entre memórias, reencontros e reflexões, Verón mostrou que o Maracanã segue sendo um ponto de conexão entre gerações do futebol — um lugar onde passado e presente continuam se cruzando.
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