Tironi no Lance!: O que faltou na estreia de Ancelotti?
No primeiro jogo do técnico, Brasil empata por 0 a 0 com o Equador

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As atenções estavam todas voltadas para o jogo da Seleção Brasileira contra o Equador como há muito tempo não se via em um compromisso que não fosse contra a Argentina ou em copas do mundo. Todo mundo estava ansioso para ver a primeira apresentação do time de Carlo Ancelotti.
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Impossível não sentir uma certa frustração com o placar de 0 a 0 em um jogo difícil contra o Equador. Mas também é compreensível considerando que foi apenas a estreia do treinador que teve pouquíssimos dias para se ambientar ao Brasil, conhecer alguns jogadores e fazer raríssimos treinos.
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Mas afinal, a expectativa foi muito além do que era possível fazer diante de tão pouco tempo? Ou a Seleção deveria ter apresentado algo a mais? E se isso não aconteceu, quais as razões e o que poderá ser feito adiante?
Parte ofensiva é decepção na Seleção de Ancelotti
Não há dúvida de que a maior decepção foi na parte ofensiva do time. Os três jogadores de frente escalados foram mal, inclusive o melhor do mundo Vinícius Júnior e a maior promessa Estevão. De Richarlyson não se esperava muito e de fato entregou pouco.

Do trio, o mais frustrante foi ver Vini Júnior mais uma vez jogando muito menos do que sabe, preso na ponta, com pouca criatividade e muita reclamação.
Os problemas ofensivos precisam ser observados a partir do meio campo. A dupla Gerson e Bruno Guimarães foi pouco objetiva, tímida e não ajudou a municiar o trio de ataque, o que explica ao menos parte da inoperância na frente. Fato é que o Brasil não produz um meia autêntico e isso não é culpa de Ancelotti, mas sim do caminho que o futebol brasileiro percorreu nos últimos anos. Como resolver esta questão? Em um ano até a copa provavelmente a saída será jogar sem uma figura desta natureza.
Mas não há só críticas a se fazer. Defensivamente, a Seleção teve ótimo comportamento e Alex foi o melhor jogador do time. Seguro, com boa saída de bola, nem parecia viver uma estreia. Casemiro também foi muito bem na sua volta ao time nacional.
E o time como um todo demonstrou mais gana do que nos últimos tempos, o que para uma primeira impressão está muito bom.
Ainda não é tempo de cobrança sobre Ancelotti. Até o jogo contra o Paraguai terça-feira haverá tempo para mais algumas sessões de treino e pelo menos um jogador diferente deverá ser titular: Raphinha, que estava suspenso nesta quinta.
É compreensível a frustração com o 0 a 0 depois de tanta expectativa. Mas sendo coerente, uma vitória contra um adversário forte e fora de casa não era tarefa simples.
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Eduardo Tironi escreve sua coluna no Lance! às terças e sextas-feiras. Confira abaixo mais publicações do colunista:
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