Samir Xaud x Reinaldo Carneiro Bastos: entenda o cenário para eleição a presidente da CBF
Eleição está marcada para o próximo domingo (25)

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A corrida pela presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou na reta decisiva com contornos intensos e decisivos. Assim que a Justiça do Rio de Janeiro determinou a saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a disputa pelo cargo e para a criação das chapas para disputar a eleição começou a ser feita. Na mesma quinta-feira em que Ednaldo caiu, 19 das 27 federações estaduais anunciaram rompimento com o agora ex-presidente da entidade, e começaram a articular o nome de Samir Xaud para assumir o cargo.
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Em paralelo a isso, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, foi atrás dos clubes e conseguiu o apoio de 32 agremiações entre times das Série A e B. O Lance! apresenta os cenários da disputa entre Xaud e Carneiro Bastos
A corrida pelo comando do futebol brasileiro está diretamente ligada à composição do colégio eleitoral da CBF, formado por 27 federações estaduais, 20 clubes da Série A e 20 clubes da Série B. Cada grupo possui um peso específico na votação: os votos das federações têm peso 3, os clubes da Série A têm peso 2, e os da Série B, peso 1.
Com a queda de Ednaldo, a eleição que o alçou ao cargo máximo da CBF foi anulada, fazendo voltar a valer o antigo estatuto da entidade, de 2017, e que tem cláusula de barreira que prevê que um candidato precisa ter apoio de oito federações e pelo menos cinco clubes para formalizar sua chapa.
Samir Xaud aparece como favorito neste momento. Segundo interlocutores de Xaud, ele já tem o apoio de 22 das 27 federações estaduais, e também acredita ter o apoio de pelo menos dez clubes entre as Séries A e B. Assim, Xaud já teria os votos suficientes para ser eleito por aclamação, sem a necessidade de votação.
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Por outro lado, Carneiro Bastos investe no apoio dos clubes e já conta com o respaldo de 32 dos 40 clubes, incluindo três dos quatro grandes de São Paulo — Corinthians, Santos e São Paulo — além do Red Bull Bragantino, Flamengo, Fluminense, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro, entre outros. No entanto, para registrar sua candidatura de forma oficial, ele precisa do apoio de pelo menos oito federações estaduais, algo que ainda não conseguiu consolidar.
A disputa é marcada também por desdobramentos judiciais. A decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro foi baseada em supostas irregularidades no acordo anterior, incluindo a suspeita de falsificação da assinatura do ex-presidente da CBF Antonio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, que teria sido forjada porque ele estaria sem condições de saúde para assinar.
Após a anulação do acordo que mantinha Ednaldo no cargo, o TJ-RJ determinou a realização de uma nova eleição. O processo também elegerá oito vice-presidentes e os membros do Conselho Fiscal, com mandato até 2029.
O período para registro oficial das chapas será entre os dias 18 e 20 de maio. Caso nenhuma outra candidatura seja homologada além da chapa de Samir Xaud, ele poderá ser eleito de forma unânime. O clima é de tensão e articulações intensas nos bastidores, com clubes e federações se posicionando estrategicamente.
Antigo presidente, Ednaldo ainda tenta voltar ao cargo. Para isso protocolou pedido no STF para anular a decisão do TJ-RJ.
A eleição da CBF acontece em um momento decisivo para o futebol nacional, na véspera da apresentação de Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira, data em que o italiano fará sua primeira convocação para as duas próximas rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, contra Equador, fora de casa, e Paraguai, na Neo Química Arena.

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