Pitaco do Guffo: os números da Copa do Brasil
A épica vitória do Corinthians trouxe uma certeza: Dorival Júnior sabe jogar essa competição

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A épica vitória do Corinthians no Maracanã contra o Vasco da Gama no domingo (21) trouxe alegria para a imensa massa corintiana e uma certeza: Dorival Júnior sabe jogar essa competição. Com sua quarta conquista, ele empatou com Felipão como treinador com mais títulos, e ainda pode ultrapassar o gaúcho, que está aposentado. Partindo das finais e voltando à primeira fase, vamos decifrar o que falam os números da Copa do Brasil.
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Lembrando que foram 92 times na competição, sendo que 80 se enfrentaram em partida única em duas fases, sobrando 20 classificados. A esses, outros 12 se juntaram para a terceira fase, os 32-avos-de-final. E daí adiante até as finais entre Vasco e Corinthians. A última edição com final dupla, aliás. Sentiremos falta!
Menos gols que o esperado
Claro que uma competição eliminatória, onde você pode jogar toda sua sorte em uma partida, os times tendem a se expor menos. E, por isso, a média de gols da CBR este ano foi baixa: 0,8 gol por partida. Ao pegar a métrica dos gols esperados (expected goals), a média é de 1,1 xG por partida. Ou seja, na média, os times marcaram menos gols que o esperado.
Claro que houve uma boa criação de chances, com uma média de 4,1 chances criadas por jogo, sendo a média de 10 finalizações por partida e 3,8 finalizações certas. Isso mostra que os times tiveram mais chances de marcar do que finalizações certas, e aponta para uma certa falta de qualidade técnica dos atletas na hora H. Claro, estamos aqui falando de médias, elas são generalistas.
Ousadia no campo adversário
Uma coisa que surpreende ao analisar os números da Copa do Brasil é a taxa de acerto de dribles no último terço: média de 49%. Ou seja, pouco menos da metade dos dribles tentados deu certo. Parece pouco, mas frente à média mundial, é um número interessante. Se associarmos isso à media de PPDA das equipes, que foi 5,5, mostra um cenário de pressão defensiva médio intensa e de atacantes tentando driblar perto do gol (o PPDA mede a intensidade da pressão defensiva, e quanto menor o valor, mais intenso)

Detalhe que o Remo, que jogou duas partidas, foi o time com melhor aproveitamento da pressão defensiva, com 80% na média. O segundo foi o Palmeiras, com 69%. O Internacional teve a melhor média de gols esperados, com 2,9xG por jogo. E o Fluminense, a melhor média de gols marcados, com 2,2 por partida. Infelizmente, bons números apenas não trazem título. E nenhum deles chegou à final. Nome do esporte? Futebol.
DADOS UTILIZADOS: SportsBase, maior fornecedor de dados esportivos
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Gustavo Fogaça escreve sua coluna no Lance! nas noites de segunda e quinta-feira. Leia outras publicações do colunista nos links abaixo:
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