Rivalidade dentro de campo, parceria fora; A relação Fluminense x Flamengo
Clássico ganhou contexto complexo nos últimos anos

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O Fluminense x Flamengo desta quarta-feira (19), às 21h30 (de Brasília), no Maracanã, coloca frente a frente dois clubes cuja relação recente mistura rivalida dentro de campo e uma parceria consolidada fora dele. Os times vivem uma das rivalidades mais intensas do futebol brasileiro, mas, ao mesmo tempo, mantêm hoje uma das amizades institucional mais forte entre os grandes rivais do país.
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Desde 2021, período que marca a fase da consolidação do "super Flamengo" após a pandemia, sustentado por investimentos pesados, o Fluminense foi um dos poucos clubes capazes de competir de igual para igual. O Tricolor soma 10 vitórias, 8 empates e 9 derrotas em 27 jogos desde então, número expressivo frente ao elenco mais caro do Brasil. As equipes decidiram quatro Cariocas nesse período, com duas conquistas do Fluminense (2022 e 2023) e duas do Flamengo (2021 e 2025).
Pelo Brasileirão, o último triunfo tricolor no clássico como visitante aconteceu em 17 de outubro de 2024, por 2 a 0 — a única derrota de Felipe Luís em clássicos desde que assumiu o Flamengo. No recorte mais curto, de 2023 para cá, o Rubro-Negro leva vantagem, mas o equilíbrio permanece presente em confrontos decisivos e grandes jogos.
Se dentro de campo o embate é duro, fora dele a parceria é estratégica. Os clubes dividem a concessão do Maracanã através da gestão FLA-FLU, renovada no fim do ano passado por mais de 20 anos. E esse trabalho conjunto se reforçou ainda mais com um tema que hoje une diretamente as duas diretorias: a venda dos naming rights do estádio. Há uma proposta já na mesa, que gira em torno de R$ 55 milhões, para a comercialização dos direitos de nome da arena, operação que depende da atuação conjunta de Flamengo e Fluminense.
O Maracanã é o eixo principal dessa relação fora de campo, mas não o único. Conversas frequentes, reuniões, ligações e almoços entre dirigentes dos dois clubes criaram um ambiente de diálogo incomum entre rivais históricos. Não chega a ser uma relação de irmandade, mas é uma parceria sólida, funcional e pragmática, especialmente em temas estruturais como concessões, manutenção do estádio, eventos e receitas comerciais.
Ainda assim, há divergências: no debate nacional sobre ligas, Flamengo e Fluminense seguem em lados opostos — o Rubro-Negro na Libra, e o Tricolor na LFU — em meio às discussões pela reorganização do futebol brasileiro. Mas, no Rio, nada pesa mais do que o Maracanã, e o interesse em mantê-lo sob gestão conjunta supera as tensões políticas.
Em campo, o contexto é de novo decisivo. O Flamengo lidera o Brasileirão e tenta sustentar a vantagem sobre o Palmeiras. O Fluminense mira a vaga na Libertadores e, mais uma vez, pode interferir na briga pelo título, como fez em 2023, quando empatou em 1 a 1 dias após conquistar a Libertadores e freou o rival na corrida pelo campeonato.
A bola rola às 21h30, mas a história que cerca este Fla-Flu vai muito além dos 90 minutos: rivalidade onde importa, parceria quando necessário.
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