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Cristiano Ronaldo encerra 2025 entre perseguições e feitos históricos; veja retrospectiva

Jogador levantou título por Portugal e persegue marca dos 1000 gols

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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porNathalia Gomes,
Dia 24/12/2025
10:00
Cristiano Ronaldo no jogo de Portugal contra Hungria pelas Eliminatórias (Photo by PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)
imagem cameraCristiano Ronaldo no jogo de Portugal contra Hungria pelas Eliminatórias (Photo by PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)

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Seguindo a linha de famosos ditados brasileiros, há um que se encaixa perfeitamente na trajetória de Cristiano Ronaldo, comparando-o ao vinho: "quanto mais velho, melhor". Em 2025, o astro português seguiu à risca essa máxima. Ao completar 40 anos, idade em que muitos jogadores já encerraram a carreira, o "robôzão" mostrou que ainda é capaz de render em alto nível e seguir relevante no futebol mundial.

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Entre marcas históricas, frustrações coletivas e conquistas individuais, Cristiano Ronaldo viveu um ano intenso, novamente pautado por recordes e pela incansável busca por títulos. A seguir, o Lance! detalha o retrospecto do camisa 7 ao longo de 2025.

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O ano de 2025 de Cristiano Ronaldo foi dividido em duas temporadas bem distintas, mas conectadas por um mesmo objetivo. Entre elas, esteve uma missão que se tornou recorrente em sua passagem pela Arábia Saudita e que segue sendo uma pedra no sapato do jogador: conquistar títulos com o Al-Nassr. Diante disso, "perseguir" tornou-se a palavra-chave do robôzão ao longo do ano. Cristiano Ronaldo perseguiu títulos pelo Al-Nassr, perseguiu conquistas com a seleção portuguesa e, talvez mais importante, manteve-se firme na perseguição de um recorde histórico no futebol: alcançar a marca de 1000 gols na carreira.

Na temporada 2024/25, sob o comando de Stefano Pioli, Cristiano Ronaldo iniciou a campanha com um objetivo claro: finalmente levantar um troféu relevante pelo Al-Nassr. No entanto, a missão rapidamente se mostrou mais complexa do que o esperado. Apesar dos investimentos elevados, a equipe não conseguiu engrenar. Reforços chegaram em quantidade e com nomes de peso: Jhon Durán, Bento, além dos jovens Wesley e Ângelo. Ainda assim, o time não encontrou consistência dentro de campo. Enquanto isso, rivais diretos, com investimentos semelhantes – ou até inferiores –, conseguiram organizar seus projetos e colher resultados mais expressivos.

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Cristiano Ronaldo Al-Nassr
Cristiano Ronaldo em ação pelo Al-Nassr (Reprodução)

Esse foi o retrato da temporada 2024/25 do Al-Nassr. No Campeonato Saudita, o Al-Ittihad, liderado por Karim Benzema, ex-companheiro de Cristiano Ronaldo no Real Madrid, fez uma campanha sólida e terminou com o título. A conquista escancarou uma deficiência do time de CR7: a falta de competitividade coletiva nos momentos decisivos. O contexto favorecia o Al-Nassr, já que o Al-Hilal, considerado o principal adversário, acumulou tropeços ao longo da temporada. Ainda assim, a equipe de Cristiano Ronaldo não conseguiu aproveitar o cenário e viu o Al-Ittihad assumir o protagonismo.

Na Champions League Asiática, o roteiro foi semelhante. O Al-Ahli, comandado dentro de campo por Roberto Firmino, foi quem levantou a taça. Já em outras competições, o Al-Nassr voltou a falhar. Perdeu a Supercopa para o Al-Hilal e foi eliminado nas oitavas de final da Taça do Rei pelo Al-Taawoun, encerrando de forma precoce mais uma chance de título. Do ponto de vista coletivo, a temporada foi decepcionante. Apesar do bom rendimento individual de Cristiano Ronaldo, o jogador terminou o ciclo sem levantar troféus pelo clube saudita.

Conquista histórica da Nations League com Portugal

Se o cenário nos clubes foi frustrante, o mesmo não se repetiu quando Cristiano Ronaldo vestiu a camisa da seleção portuguesa. O principal expoente do futebol português no século, o camisa 7 foi convocado para as fases finais da Nations League e voltou a ser decisivo. A semifinal colocou frente a frente duas potências do futebol europeu: Alemanha e Portugal. Em um confronto equilibrado, os alemães saíram na frente, mas, no segundo tempo, Portugal reagiu. Cristiano Ronaldo liderou a virada, marcou o gol decisivo e conduziu a seleção à sua quarta final na história em todas as competições.

Na decisão, o adversário foi a Espanha, uma equipe jovem, entrosada e em ascensão no cenário internacional. Perto disso, Portugal chegou à final com o status de azarão, além de carregar uma narrativa simbólica: o duelo entre Lamine Yamal, um dos rostos da nova geração do futebol mundial, e Cristiano Ronaldo, um dos maiores nomes da história do esporte. A final foi intensa e cheia de alternâncias. A Espanha abriu o placar, Portugal empatou, a La Roja voltou a liderar, e, mais uma vez, Cristiano Ronaldo apareceu para igualar o marcador.

O dérbi ibérico terminou empatado e foi decidido nos pênaltis. Nas cobranças, Portugal foi mais eficiente e garantiu o título. Para Cristiano Ronaldo, a conquista representou seu 34º troféu na carreira e o terceiro com a seleção portuguesa, reforçando sua importância histórica mesmo aos 40 anos.

Elogiado por Matuidi, Cristiano Ronaldo levanta a taça após vitória de Portugal contra a Espanha (Foto: Alexandra BEIER / AFP)
Cristiano Ronaldo levanta a taça após vitória de Portugal contra a Espanha (Foto: Alexandra BEIER / AFP)

Férias de Cristiano Ronaldo, rumores e um recorde fora de campo

Após a conquista da Nations League, o futuro de Cristiano Ronaldo entrou em pauta. A decepção com a temporada do Al-Nassr contrastava com a grande atuação pela seleção, e o Super Mundial de Clubes se aproximava no calendário. Diante disso, rumores não faltaram. Propostas, especulações e sondagens surgiram de diferentes mercados, alimentando a incerteza sobre os próximos passos do craque português.

Depois de meses de negociação, o desfecho veio com a renovação de contrato. Cristiano Ronaldo ampliou sua influência interna no Al-Nassr e passou a ter papel ainda mais ativo nas decisões esportivas. Entre as exigências, estavam mudanças estruturais que tornassem o elenco mais competitivo, alinhadas à sua busca incessante por títulos na Arábia Saudita.

As transformações começaram rapidamente. O clube optou pela demissão de Stefano Pioli e contratou Jorge Jesus, uma escolha que teve o aval de Cristiano Ronaldo. Além disso, o Al-Nassr promoveu mudanças na gestão, com a saída do CEO Majed Jaman Alsorour. No mercado, o clube voltou a investir pesado. João Félix e Kingsley Coman chegaram como os novos protagonistas do projeto. Para reforçar o sistema defensivo, Íñigo Martínez e Simakan também foram contratados.

Paralelamente às mudanças esportivas, Cristiano Ronaldo atingiu um feito histórico fora de campo. Em 2025, tornou-se o primeiro jogador de futebol bilionário da história, alcançando um patrimônio estimado em 1,4 bilhão de dólares, resultado de salários, contratos publicitários e investimentos pessoais ao longo da carreira.

Nova temporada e uma perseguição que define a carreira

Renovado e respaldado por um novo projeto esportivo, Cristiano Ronaldo iniciou a temporada 2025/26 com expectativas elevadas. No entanto, o primeiro desafio trouxe um novo gosto amargo. Na Supercopa Saudita, o Al-Nassr eliminou o Al-Ittihad de Benzema, mas, na final contra o Al-Ahli, mesmo com gol de CR7, ficou no empate e acabou derrotado nos pênaltis.

Apesar da frustração inicial, a derrota não abalou a missão do camisa 7. Na Liga Saudita, o Al-Nassr iniciou a temporada de forma histórica, vencendo os nove primeiros jogos disputados. Cristiano Ronaldo passou a contar, enfim, com mais apoio ofensivo e encontrou em João Félix um parceiro importante. Curiosamente, o companheiro chegou a marcar mais gols em determinado momento da temporada, evidenciando um ataque mais distribuído.

A boa fase coletiva do Al-Nassr também esteve diretamente ligada a uma perseguição pessoal de Cristiano Ronaldo: a marca dos 1000 gols na carreira. Em 2025, esse objetivo esteve no centro da temporada do português. O camisa 7 marcou 38 gols ao longo do ano e avançou de forma significativa rumo ao feito histórico, encerrando o período com 954 gols oficiais.

Cristiano Ronaldo comemorando o segundo gol marcado (Foto: Fayez Nureldine/AFP)
Cristiano Ronaldo comemorando gol pelo Al-Nassr (Foto: Fayez Nureldine/AFP)

O número reforça a regularidade ofensiva construída ao longo de mais de duas décadas no futebol profissional. Desde o início da carreira, passando por Sporting, Manchester United, Real Madrid, Juventus, Al-Nassr e pela seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo manteve médias elevadas e protagonismo constante, alcançando a marca de 954 gols em cerca de 1300 partidas disputadas.

Para chegar aos tão almejados mil gols, restam 46 tentos. Mantido o rendimento recente, a projeção indica que o português precisaria de pouco mais de 60 jogos para atingir a marca, o que mantém o recorde como um objetivo viável, mesmo aos 40 anos.

No balanço geral de 2025, Cristiano Ronaldo disputou 43 partidas, todas como titular. Marcou 38 gols e distribuiu três assistências, somando 41 participações diretas em gols. Os números refletem um jogador decisivo, com participação média em gol a cada 90 minutos, taxa de conversão de grandes chances superior a 50% e quase seis finalizações por jogo.

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