Brasileiro revela possibilidade de 'mudar' de seleção: 'Totalmente diferente'
Em entrevista ao Lance!, Jadsom está nos Emirados Árabes Unidos desde janeiro de 2025

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Com passagens por Sport e Cruzeiro e projeção nacional pelo Red Bull Bragantino, Jadsom representa mais um capítulo da diáspora do País do Futebol. Fora do Brasil desde o início de 2025, o atleta vive uma realidade distinta nos Emirados Árabes Unidos, onde alcançou reconhecimento e prestígio no cenário local. Em entrevista exclusiva ao Lance!, comentou da possibilidade de transformar a experiência no novo país em oportunidade para voos mais altos ao considerar disputar o principal torneio do futebol mundial: a Copa do Mundo.
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A 10.396 km de Recife, sua cidade natal, Jadsom atua no Al-Wahda ao lado de nomes como Dušan Tadić e dos brasileiros naturalizados emiradenses Caio Canedo e Lucas Pimenta, ambos ex-Botafogo. Apesar das dificuldades iniciais de adaptação a uma cultura, um clima e um país tão distintos do Brasil, o atleta encarou o desafio e conquistou espaço gradualmente até se consolidar como um dos pilares de equilíbrio no meio-campo do time titular comandado pelo português José Morais.
Com apenas um ano de clube e 25 jogos disputados — com um gol e uma assistência —, o pouco tempo de casa já reflete uma oportunidade futura bastante relevante para o jogador e segue um movimento comum entre atletas estrangeiros que constroem carreira longa no país: a naturalização para defender a seleção dos Emirados Árabes Unidos, a exemplo dos companheiros brasileiros de time.
Jadsom afirmou que, desde o momento de sua chegada ao clube, a possibilidade já era apresentada como um atrativo para aceitar a proposta do Al-Wahda. Diante da alta concorrência por uma vaga na Seleção Brasileira, ele passou a enxergar a alternativa com bons olhos.
— Quando o clube me apresentou a proposta, foi um dos primeiros desafios: eles achavam que eu tinha essa possibilidade de um dia se naturalizar pela seleção. Assim, cara, a gente sabe da dificuldade que é jogar no futebol brasileiro, na Seleção Brasileira, a maior seleção do mundo — iniciou Jadsom.
— Não sei o que é que vai acontecer daqui para frente. Mas, assim, estou muito feliz, estou muito contente e, se realmente acontecer de receber a oportunidade de ter o passaporte, de poder jogar pela seleção dos Emirados, é claro que a gente sabe que o desafio de jogar uma Copa do Mundo pelos Emirados é muito mais difícil, até porque a trajetória é totalmente diferente — completou.
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Ídolo nacional ⭐
Hoje, Jadsom procura viver um momento de cada vez. Superou a fase de adaptação e agora busca manter a solidez que vem demonstrando no clube, com o objetivo de conquistar títulos — são 15 anos de jejum na liga nacional para o Al-Wahda — e alcançar protagonismo nacional e continental na Ásia, além do carinho já recebido da torcida e da população local. Após isso, considera que, caso surja a oportunidade de vestir a camisa da seleção, aceitaria e se sentiria honrado pelo convite.
Saio pelas ruas, as pessoas já me conhecem, já me abraçam, já chegam para tirar foto. Então, assim, é um carinho que eu nunca recebi — eu posso dizer, nos últimos quatro anos da minha vida — de uma torcida apaixonada
Jadsom, de 24 anos, sobre o carinho do povo emiradense
— A gente acha que o futebol aqui é só férias, mas não, cara. As pessoas aqui realmente gostam de futebol. Eu gosto de viver isso aqui, e aqui as pessoas acham que a liga é fácil, mas é totalmente diferente. Eu também achava isso, mas é totalmente diferente — revelou o atleta.
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🏟️ Torcedor em 2026, jogador em 2030? ⚽
Sobre a conexão com a seleção, Jadsom revela que foi além. Com a possibilidade do país disputar a Copa do Mundo de 2026 — a primeira com 48 seleções —, ele acompanhou até o fim a campanha da equipe, que terminou com a eliminação diante do Iraque na última repescagem continental. Disse que foi ao estádio, inclusive, para torcer pelos amigos brasileiros naturalizados que defendem a seleção e estavam na missão nacional de levar o país de volta ao Mundial. Os Emirados Árabes participaram da Copa do Mundo apenas uma vez, em 1990.
— Para, por incrível que pareça, eu fui para a arquibancada. Eu estava no jogo contra o Iraque. O Lucas Pimenta me mandou os ingressos. A gente tinha acabado de sair do treino: eu, o Facundo e alguns portugueses. A gente marcou presença, claro. São pessoas, como eu te falei, a gente aqui é muito unido. A gente torce para que a seleção dos Emirados pudesse se classificar — explicou Jadsom.
— É claro que ficou triste pelo que aconteceu, mas agora é seguir em frente. A gente fica feliz pela volta deles também, porque sabe que, com a volta deles, o nosso time fica cada vez mais forte, para que a gente possa brigar em todos os campeonatos que a gente vem disputando. Em 2030, se Deus quiser, vamos disputar junto com eles também — finalizou o volante.
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