Árbitragem de LaLiga admite erros em jogos de Barcelona e Real Madrid
Novo Comitê Técnico de Árbitros prometeu transparência em jogos de La Liga

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A arbitragem espanhola, pela primeira vez, se manifestou publicamente admitindo erros em jogos de LaLiga. O novo Comitê Técnico de Árbitros lançou uma política de transparência nesta quinta-feira (11) e, como primeiro ato, divulgou um vídeo explicando erros e acertos em jogadas polêmicas no início do Campeonato Espanhol.
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Desde o “Caso Negreira” até o Real Madrid se posicionando publicamente contra juízes, os clubes espanhóis têm vivido uma espécie de guerra fria com a arbitragem. A partir disso, na temporada 2025/26 a arbitragem espanhola decidiu agir com transparência e analisou possíveis erros e acertos nas três primeiras rodadas de La Liga.
O erro mais crasso teria sido na partida entre Alavés e Atlético de Madrid, válida pela terceira rodada de La Liga. Na ocasião, González Fuertes, árbitro que estava no VAR no duelo, não percebeu que Giuliano Simeone, atacante colchonero, estava impedido no lance do gol e teria analisado somente um possível toque de mão.
"O atacante que marcou está em posição ilegal. O VAR foca sua análise em um possível toque de mão, mas não considera a posição de impedimento. O gol não deveria ter sido validado. O sistema semiautomático interpretou incorretamente o impedimento" foi a explicação do CTA.
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Erros em jogos de Real Madrid e Barcelona
A primeira grande polêmica da temporada teria sido o gol de Ferran Torres contra o Mallorca, na rodada de estreia de La Liga. Na ocasião, o atacante culé marcou após Raillo, jogador da outra equipe, cair no chão depois de ser atingido por uma bola na cabeça. O árbitro Munuera Montero, que não apita desde a partida, não aplicou o protocolo de concussão.
"A regra é clara. Em caso de traumatismo craniano, o jogador vem em primeiro lugar. Se houver suspeita de concussão, o árbitro deve interromper o jogo imediatamente. O golpe do defensor exigiu a interrupção do jogo naquele instante. Somente se o gol tivesse sido marcado imediatamente após o impacto, ele teria sido válido. Portanto, a decisão correta teria sido interromper o jogo" explicou Marta Frías, porta-voz da CTA.
Além desse erro, outra confusão assombrou as primeiras rodadas de La Liga: quando o toque de mão é infração ou não. Na partida do Barcelona contra o Levante, um pênalti foi marcado para o adversário dos blaugranas após um toque de Balde. A marcação foi alvo de críticas, mas o CTA afirmou que o juiz Hernández Hernández acertou.
"O fundamental aqui é o movimento do braço. Ele começa de uma posição baixa e, quando o atacante se prepara para chutar, sobe para um ângulo reto . Não é uma posição natural. Ele aumenta deliberadamente o espaço que ocupa. O árbitro marca corretamente o pênalti. Ele impede um chute certeiro a gol" disse Marta Frías.
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Se na defesa já é uma confusão, no ataque é ainda mais. No jogo entre Real Madrid e Mallorca, Arda Güler marcou um gol que gerou intensos debates. O tento foi invalidado por um toque de mão do jogador. Segundo a regra, a marcação é feita “imediatamente após a bola tocar na mão ou braço do jogador, mesmo que acidentalmente”. Entretanto, no caso do meio-campista turco, a bola tocou, mas sobrou para o defensor que afastou. A bola, no entanto, foi mal afastada e voltou para Güler, que marcou o gol. O veredito, segundo o Comitê Técnico de Árbitros, é que a não validação do gol foi correta.
"Nesta jogada, mesmo sendo uma segunda tentativa, dado o curto espaço de tempo e a forma como acontece, faz parte da mesma ação. A anulação final é a decisão correta".

Essas explicações não serão raras nem pontuais. A CTA se comprometeu a publicar um vídeo semanal explicando todas as ações controversas que lhe forem encaminhadas pela comissão.
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