Exclusivo: Vereador garante ida da Fórmula 1 ao Rio de Janeiro
Autódromo terá capacidade para 360 mil pessoas e investimento de R$ 1,3 bilhão

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A tradição do Brasil na Fórmula 1 envolve corridas emocionantes e pilotos talentosos que deixaram sua marca na história do automobilismo mundial. Para manter o legado do país em alta, mudanças de infraestrutura precisam ser feitas para a categoria, o que será resolvido no Autódromo Parque de Guaratiba, no Rio de Janeiro. Essa análise foi discutida durante o Lance! Talks, nesta terça-feira (18), pelos presidentes Carlo Caiado, da Câmara de Vereadores do Rio, e Djalma Never, da Faerj.
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Não seria a primeira vez da F1 no Rio de Janeiro. Durante a década de 1980, a capital carioca sediu a etapa do Brasil devido as obras no Autódromo de Interlagos, que precisou ter o trajeto diminuido e as estruturas atualizadas, mas logo voltou a São paulo com a conclusão da reforça. Dessa vez, a Prefeitura do Rio busca conquistar os direitos da prova de forma definitiva.
Esse processo de transferência, inclusive, foi garantido pelo vereador durante o painel realizado pelo Lance!. Segundo Caiado, o projeto para o Autódromo no Rio de Janeiro apresenta melhoras dos pontos apresentados por São Paulo, como a velocidade média e a possibilidade de sediar outras categorias do esporte a motor.
— Com certeza o Rio de Janeiro vai ter Fórmula 1. A gente sempre buscou, até de um jeito interessante, fazer uma central, fazer uma norte, aquela área que precisa de equipamentos que possam gerar economia e que possam gerar desenvolvimento mais ordenado — disse o vereador, que completou:
O novo Autódromo de Guaratiba foi projetado para ter uma velocidade média de 241 km/h na Fórmula 1 e contará com uma extensão total de 4,71 quilômetros, superando o tamanho de Interlagos. A expectativa de público também será ampliada, com capacidade para receber aproximadamente 360 mil pessoas ao longo dos três dias de evento.
Outro diferencial do projeto é a versatilidade do traçado, que poderá ser configurado de 11 maneiras diferentes. Além disso, ao contrário do circuito paulistano, considerado inadequado para motos devido ao risco, o Rio de Janeiro terá condições de sediar categorias como a MotoGP, ampliando ainda mais seu potencial como centro de competições internacionais.
Disputa entre Rio e São Paulo
Em meio ao promissor projeto de levar a Fórmula 1 ao Rio de Janeiro, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que a capital paulista tem mais estrutura para receber grandes eventos. Por isso, segundo ele, as corridas de Fórmula 1 não sairão da cidade.
Apesar do contrato vigente, até o ano de 2030, Djalma acredita que a vantagem está com a Cidade Maravilha devido aos problemas enfrentados pela estrutura paulista nos últimos anos. A distância entre a Avenida Paulista e o Interlagos foi um dos pontos destacados pelo presidente da Faerj, assim como a estrutura limitada do Autódromo.
— A Fórmula 1 está tão grande que precisa de locais mais modernos, com equipamentos mais modernos e bons acessos. Fizeram obras, fizeram reformas, mas o acesso lá está difícil. A gente chega bem, mas para sair não é fácil. São três horas da Fórmula 1 para chegar próximo à Avenida Paulista. Está ficando saturado, então não adianta achar que vai colocar mais gente, porque não vai. Não há mais espaço. Não tem mais para onde crescer, e o entorno está ficando inviável, vamos dizer assim, para os grandes eventos — disse Djalma.
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Entenda autódromo de Guaratiba, no Rio de Janeiro
O projeto foi apresentado pela Populous, Driven, WSP e RLB. Segundo os projetistas, o autódromo ficaria a cerca de 1h20 de carro do Aeroporto Internacional do Galeão. A construção será focada na integração com o entorno, na sustentabilidade e no uso flexível. Além de ser um lugar para corrida, o autódromo também será multiúso.

A primeiro momento, o Autódromo de Guaratiba terá um Kartódromo, terraço, garagens, paddock, além de uma vila e um automóvel clube. O traçado terá 10 curvas no sentido anti-horário e 4,71 km de extensão. A expectativa é que tenha capacidade para 360 mil pessoas.

Estão previstas 11 variações de traçado, que poderão ser utilizadas em diversas categorias. O objetivo do autódromo é alcançar o Grau FIA 1 e FIM A, os mais altos do automobilismo. O investimento inicial será de R$ 1,3 bilhões, sem recursos públicos.
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— Esse é um projeto com recurso privado, que não tem dinheiro do imposto do carioca. É um trabalho de longo prazo, mas já está mais do que comprovado que grandes eventos são bons para a economia da cidade, são bons para quem mais precisa. Agora o desafio é trazer de volta a Fórmula 1, a motovelocidade, a Fórmula Indy. É pensar em todas as alternativas que pudermos ter aqui no Rio — explicou Eduardo Paes.
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