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Vai de Bet: comissão paga pelo Corinthians foi parar em conta ligada ao PCC

Autoridades investigam irregularidades no patrocínio entre a casa de apostas e o Timão

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imagem cameraInvestigação apura irregularidades no caso Vai de Bet (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 14/05/2025
22:28
Atualizado há 1 minutos

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A investigação da Polícia Civil sobre irregularidades no contrato de patrocínio da casa de apostas Vai de Bet com o Corinthians detectou que parte do dinheiro pago pelo clube alvinegro a intermediário foi parar em conta ligada ao PCC.

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A notícia foi veiculada pelo 'SBT' e confirmada pelo Lance!. A investigação, que começou no ano passado, aponta que parte dos R$ 1,4 milhões pagos em comissões pelo clube alvinegro para a Rede Social Media Design LTDA, que pertence ao empresário Alex Cassundé, foi parar na conta da UJ Football Talent Intermediações Tecnológicas, empresa citada por Antônio Vinicius Gritzbach em investigações sobre o crime organizado conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Gritzbach, conhecido como delator do PCC, foi executado com 29 tiros em novembro de 2024, no aeroporto de Guarulhos. O empresário ficou conhecido pela sua participação em esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado e firmou um acordo com as autoridades para delatar envolvidos.

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Em uma das delações, Gritzbach apontou a relação entre agentes de futebol com o crime organizado. Uma das empresas citadas foi a UJ Football Talent Intermediações Tecnológicas, pertencente ao empresário Ulisses de Souza Jorge.

A Social Media Design Ltda teria feito dois repasses, nos valores de R$ 580 mil e R$ 462 mil para a Neoway Soluções Integradas registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, moradora de uma periferia de Peruíbe.

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A empresa, considerada 'laranja' pelas autoridades transferiu R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que em seguida, fez três transações no valor de R$ 874.150 para a UJ. A assessoria esportiva é apontada como uma empresa usada para lavar dinheiro do crime organizado.

Augusto Melo - Corinthians - VaideBet
Polícia investiga irregularidades em patrocínio da Via de Bet e Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Defesa do Corinthians

A descoberta da Polícia não indica uma transferência direta do clube alvinegro para o crime organizado. Procurada pelo Lance!, a diretoria emitiu uma nota se eximindo do direcionamento do dinheiro da comissão paga para a Rede Social Media Design LTDA.

— O inquérito policial está sob segredo de justiça, portanto não teremos nenhum comentário a adicionar. O Corinthians não tem responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do Clube — disse o Corinthians em nota.

O inquérito colheu depoimentos de Augusto Melo, presidente do Corinthians, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing e Marcelinho Mariano, ex-diretor administrativo do clube alvinegro nas posições de investigados e a resolução deve ser divulgada até o final deste mês.

Caso Vai de Bet

Desde o ano passado, outros membros da política do Corinthians prestaram depoimento como testemunhas, foram os casos de Osmar Stábile, primeiro vice-presidente do clube, e Luiz Ricardo Alves, conhecido como Seedorf, ex-diretor adjunto do departamento financeiro.

A Polícia Civil investiga repasses de valores da comissão envolvendo o acordo de patrocínio da Vai de Bet com o Corinthians, que durou de janeiro a junho de 2024, o primeiro ano da gestão de Augusto Melo na presidência do clube alvinegro.

Os repasses são avaliados em R$ 900 mil da Rede Social Media Design, intermediadora do acordo de patrocínio, à Neoway Soluções Integradas de Serviços LTDA, uma empresa supostamente fantasma registrada em nome de Edna Oliveira do Santos, moradora de Peruíbe, que afirma desconhecer qualquer pessoa jurídica vinculada a ela.

O patrocínio previa o pagamento de R$ 370 milhões, um dos maiores acordos do futebol sul-americano, foi rompido unilateralmente pela VaideBet, após o acionamento de uma cláusula anti-corrupção.

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