‘Messi da Jordânia’ é a esperança do país em primeira Copa do Mundo
Seleção árabe será outra estreante no Mundial de 2026

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Entre as seleções estreantes na Copa do Mundo, a Jordânia é talvez a que há mais tempo aguardava (com boas condições) de sair da fila. E isso por pouco não aconteceu em 2014, quando os jordanianos chegaram à repescagem intercontinental, mas perderam a vaga para o Uruguai. Agora, com a ampliação de 32 para 48 seleções, o país do Oriente Médio finalmente conseguiu chegar ao Mundial. E com bola no pé.
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O elenco é formado em sua essência por atletas que atuam em clubes árabes, mas um nome furou a bolha e se destaca dos demais: Mousa Al-Tamari. O camisa 10 da Jordânia atua no Rennes, e antes de se transferir para o futebol francês ganhou o apelido de "Messi Jordaniano". À época, ele defendia o Apoel, do Chipre.
Al-Tamari já disse em entrevistas que não gosta da alcunha, mas a referência ao craque argentino dá indícios da importância dele para a Jordânia. E os números corroboram: desde que estreou pela seleção principal, Al-Tamari já disputou 70 jogos e marcou 21 gols.
O craque do time, no entanto, credita o bom desempenho da equipe nos últimos anos — além de se classificar à Copa do Mundo de 2026, a Jordânia foi vice-campeã asiática em 2023 — ao trabalho coletivo.
— O que nos diferencia é a resiliência e o orgulho nacional. Nenhum time nos supera sem lutar. Podemos não ter os recursos que outros times têm, mas nosso espírito, determinação e perseverança compensam tudo. Nossa paixão pela Jordânia é incomparável, e cada jogo que disputamos é para deixar nossa nação orgulhosa — declarou Al-Tamari, em entrevista à Fifa.
O bom jogo coletivo também é reflexo do comando da equipe. A federação nacional vem apostando em técnicos estrangeiros há um bom tempo — na última década, apenas entre 2017 e 2018 a seleção foi treinada por um jordaniano —, e a aposta em profissionais do Marrocos tem se mostrado acertada.
Hussein Ammouta comandou a seleção entre 2023 e 2024, período em que levou a Jordânia à final da Copa da Ásia pela primeira vez. Ammouta se demitiu na sequência, e para seu lugar a federação do país trouxe outro marroquino: Jamal Sellami, que disputou a Copa do Mundo de 1998 como jogador. O estilo de jogo se manteve, assim como os bons resultados.
O que esperar da Jordânia na Copa do Mundo de 2026
Apesar da histórica classificação ao Mundial, a Jordânia entrará na competição como um dos azarões. No ranking de outubro divulgado pela Fifa, a equipe aparecia na 66ª colocação entre todas as seleções do planeta. E ocupará o Pote 4 no sorteio da Copa do Mundo, marcado para dezembro.
Mesmo assim, Mousa Al-Tamari promete que o time fará bonito no Mundial.
— Será uma experiência nova, jogar em estádios enormes e em um cenário global, mas nos dará ainda mais motivação para provar nosso valor. É um palco para representarmos a Jordânia da melhor maneira possível e provarmos a todos que podemos competir em qualquer estádio, em qualquer lugar do mundo — declarou o jogador à Fifa.

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