Escândalo financeiro põe em risco participação da Argentina na Copa do Mundo de 2026; veja
Associação de Futebol da Argentina e seu presidente, Chiqui Tapia, são suspeitos

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A Agência de Arrecadação de Impostos e Controle Aduaneiro da Argentina (ARCA) apresentou na sexta-feira (12) uma denúncia contra a Associação do Futebol Argentino (AFA) e seu presidente, Claudio "Chiqui" Tapia, por suposta apropriação indébita de 7,5 bilhões de pesos em impostos e contribuições à previdência social (cerca de R$ 28,5 milhões). O caso amplia a crise institucional que envolve a entidade a poucos meses da Copa do Mundo de 2026 e acende um alerta na Fifa.
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A denúncia, revelada pelo jornal argentino"La Nación", foi encaminhada ao Tribunal Penal Econômico Federal, que identificou o não pagamento, dentro do prazo legal, de contribuições e retenções devidas pela AFA. As autoridades afirmam que a federação reteve valores descontados de terceiros e deixou de repassá-los ao Tesouro, a fim de utilizar esses recursos para financiar suas atividades de forma irregular. Em alguns casos, os atrasos teriam superado 300 dias.
Para a ARCA, a prática caracteriza o uso indevido de recursos públicos, uma vez que as quantias retidas não integram o patrimônio da entidade. A agência solicitou a abertura de investigação sobre a conduta da diretoria da AFA, com dirigentes intimados na condição de suspeitos; entre eles, o próprio Tapia.

Crise da AFA 🔵⚪
A denúncia se soma a outras apurações em curso na Justiça argentina, que investigam possíveis crimes como lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, sonegação fiscal e fraude. O acúmulo de acusações eleva o risco de intervenção política na AFA, hipótese que, pelas regras da Fifa, poderia resultar em sanções severas, inclusive a exclusão da atual campeã mundial da Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México.
No mesmo dia da apresentação da denúncia fiscal, uma operação policial realizada na região metropolitana de Buenos Aires apreendeu 52 veículos de luxo supostamente vinculados a altos dirigentes da AFA. Entre os bens estão carros esportivos, caminhonetes e automóveis classificados como de coleção. As ações também incluíram diligências em mais de 15 casas noturnas e em um escritório no centro da capital argentina.
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