Melhor ataque contra melhor defesa! Os trunfos de Rússia e Uruguai

Seleções do Grupo A se destacam em quesitos opostos se enfrentam nesta segunda-feira, às 11h, na disputa pela liderança da chave antes das oitavas de final

Godín e Giménez compõem a melhor zaga do Grupo A, enquanto Cheryshev e Dzyuba são jogadores decisivos para a Rússia ter o melhor ataque. Uruguai e Rússia se enfrentam nesta segunda-feira 
(Fotos: AFP)

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Rússia e Uruguai entram em campo nesta segunda-feria, às 11h, para definir o líder do Grupo A. Os russos têm o melhor ataque do Grupo A, enquanto os uruguaios têm a melhor defesa. Ambas as seleções, porém, tem qualidades tanto ofensivos quanto defensivos. A próxima partida, em Samara, será um teste interessante para as duas equipes antes da próxima fase. Até porque não vão ter a pressão de ter que se classificar e poderão jogar com mais tranquilidade. Além do fato de serem equipes menos frágeis que Egito e Arábia Saudita.

Os números não mentem
A Rússia tem o melhor ataque do Grupo A com oito gols marcados em duas partidas, média de quatro gols por jogo. Empatados com a Bélgica, os russos têm o melhor ataque da competição. Isso porque antes da Copa e durante a primeira partida, contra a Arábia Saudita, a Rússia perdeu dois de seus melhores atacantes: Kokorin, cortado e Dzagoev, que só deve retornar na próxima fase. O Uruguai, por sua vez, demostrou problemas ofensivos, principalmente no meio campo, mas a defesa surge como destaque. A Celeste não sofreu nenhum gol nos dois jogos e, junto com Croácia e Suécia, tem a melhor defesa da competição.


A defesa charrua
A boa atuação defensiva uruguaia tem uma explicação. Tradicionalmente, o setor sempre foi um dos pontos fortes do Uruguai, assim como a garra e a disposição dentro de campo. Neste ano, porém, a zaga é composta por dois companheiros de equipe. Godín e Giménez, além de defenderem juntos a Celeste, fazem a zaga titular do Atlético de Madrid. O entrosamento dentro de campo é caso antigo. Godín e Giménez treinam e jogam juntos no Atléti desde 2013. Com 23 anos, Giménez tem velocidade e boa recomposição. Com 32 anos, Godín traz a experiência e o posicionamento. As características principais de um completam as deficiências do outro. Além disso, ambos são conhecidos por marcar gols e pelo bom jogo aéreo. Godín já marcou 35 gols na carreira em 584 jogos, enquanto Giménez já marcou 12 em 195 jogos ao todo. Foi dele, inclusive, o gol da vitória sobre a Arábia Saudita, na estreia.

Ofensiva russa
Quando a Copa começou a Rússia tinha uma pressão imensa sobre os ambos. Além da pressão de ser a anfitriã, os russos não venciam há oito meses uma partida oficial. O corte de Kokorin e a lesão de Dzagoev logo no início da partida de estreia, aumentaram ainda mais a desconfiança. O técnico Stanislav Cherchesov teve méritos em lançar dois atacantes, outrora esquecidos, mas que deram conta do recado. Dos oito gols marcados na competição até agora, cinco saíram dos pés de dois atacantes: Cheryshev, com três gols, é um dos artilheiros da Copa, enquanto Dzyuba vem logo atrás com dois. Munidos por Golovin, um contra-ataque rápido e consistência defensiva, os atacantes tem feito sucesso em casa. Cheryshev se destaca pela técnica, enquanto Dzyuba faz um ótimo trabalho de pivô. Vai ser um duelo interessante com a defesa uruguaia.

Dois dos melhores atacantes do mundo
O Uruguai tem se notabilizado pela defesa nessa Copa, mas tem em seu elenco dois dos melhores atacantes do mundo na atualidade. Suárez e Cavani, estrelas de Barcelona e PSG, respectivamente, estão fazendo boa Copa até agora, apesar da escassez de gols que não é característica ao estilo dos dois. Os atacantes tem sofrido, na verdade, com a falta de criatividade do meio campo e não estão conseguindo ser munidos de forma apropriada.

Cavani tem saído mais da área, as vezes até caindo pela ponta, para tentar receber a bola com menos dificuldade. Suárez, sempre mais móvel que o parceiro, tem vindo de trás e aparecendo por mais vezes no meio campo, justamente para buscar o jogo. Suárez, porém, já guardou o seu na Copa. O gol da vitória contra a Arábia Saudita foi dele, após jogada de bola parada. Jogada que foi responsável pelos dois gols do ataque uruguaio na competição até agora. Jogando com menos pressão, por já estarem classificados, a dupla tem uma boa chance de mostrar as garras na próxima rodada e irem mais confiantes para a próxima fase.

Experiência e aplicabilidade no meio
A defesa da Rússia também se destaca e só sofreu um gol na competição. A zaga composta por Kutepov e Ignashevich tem respaldo e apoio, principalmente, no lateral-direito Zirkhov e nos volantes Zobnin e Gazinsky. O lateral de 34 anos, com passagens pelo Chelsea, teve atuação de destaque contra Salah, principal jogador enfrentado até agora. Zobnin e Gazinsky demonstraram, nos dois jogos, fidelidade a sua posição. Seguros, os volantes sabem trabalhar a posse para desafogar a pressão ofensiva adversária e fazem uma marcação forte sem bola, que dá segurança e desafoga a zaga russa.

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