Espanha aposta na segunda seleção mais jovem de sua história para buscar o bi da Copa do Mundo
Elenco da 'La Roja' chega ao Mundial do Qatar com média de 25,6 anos. Apenas a geração de 1934, que eliminou a Seleção Brasileira, era mais nova, segundo o jornal 'Marca'

- Matéria
- Mais Notícias
Nas últimas décadas, a Espanha elevou seu patamar no futebol com conquistas e um estilo que encantou o mundo. Sob a batuta de Xavi e Iniesta, a seleção carimbou os títulos da Copa de 2010 e o bi da Euro, em 2008 e 2012. Contudo, o atual momento é bem diferente. Após as decepções de 2014 e 2018, a 'La Roja' passa por uma transição, com um grupo repleto de jovens promissores.
+ Sergio Ramos lamenta ausência em lista da Espanha para a Copa do Mundo
Relacionadas
O processo de transição entre gerações é comum em qualquer área, não sendo diferente no futebol. O técnico Luís Enrique passa pela mesma configuração que Luís Aragonés iniciou em 2006, na Copa da Alemanha. Foi ali que, apesar da queda nas oitavas de finais para a França, se iniciou a construção de um time forte e competitivo que dominou o mundo quatro anos depois.
+ Confira e simule a tabela da Copa do Mundo do Qatar
Sem entrar em uma comparação direta com a geração anterior, é preciso salientar que esse grupo será o segundo mais jovem da história da Espanha (idade média de 25,6 anos). Apenas a geração de 1934, que eliminou a Seleção Brasileira, era mais nova, segundo o periódico 'Marca'.
Na Rússia, Lopetegui convocou cinco campeões e dez estreantes. Quatro anos depois, apenas um remanescente de 2010 faz parte do grupo: Busquets. Apenas outros cinco já têm experiência em Mundiais: Carvajal, Jordi Alba, Azpilicueta, Koke e Asensio.
Com o bom desempenho na última Euro (semifinalista), o treinador decidiu rejuvenescer o grupo com jovens promissores. Assim, chega para a Copa com oito jogadores abaixo de 23 anos: Gavi, Pedri, Ansu, Nico Williams, Yeremy, Eric, Ferran e Guillamón. Na Euro, eram três (Pedri, Ferran e Eric Garcia).
+ Espanha divulga numeração dos jogadores para Copa do Mundo
O sistema ofensivo tem apenas Asensio, que já disputou a Copa do Mundo. Morata, por sua vez, ficou de fora em 2018 e perdeu espaço para Rodrigo Moreno e Iago Aspas naquela época. Desta vez, o atacante do Atlético de Madrid terá que ser decisivo na frente. A defesa é uma incógnita, pois o treinador decidiu não levar os experientes Sérgio Ramos e o goleiro De Gea.
Mudam-se as peças, mas não se modifica a essência. O estilo de jogo característico da Espanha segue vivo mesmo com outro treinador (vem da escola do Barcelona). O toque e a posse de bola como forma de controlar o adversário e ter tranquilidade para chegar ao gol são aspectos fundamentais. No meio, setor essencial para fazer a bola rodar, Thiago Alcântara é uma baixa importante e certamente fará falta.
+ Hierro analisa momento da Espanha e ressalta: 'Espero que Luis Enrique continue depois da Copa'
Resta saber se a falta de uma mescla maior entre jovens e outros com mais rodagem irá pesar. É inegável que esta geração tem talento e enche o torcedor de esperança. Porém, caberá a Busquets, Jordi Alba e ao próprio Morata transmitirem tranquilidade para alavancar a juventude espanhola rumo à segunda estrela mundial.
Veja a lista de convocados da Espanha
Goleiros: Unai Simón (Athletic de Bilbao), Robert Sánchez (Brighton) e David Raya (Brentford);
Defensores: Dani Carvajal (Real Madrid), César Azpilicueta (Chelsea), Eric Garcia (Barcelona), Hugo Guillamón (Valencia), Aymeric Laporte (Manchester City), Pau Torres (Villarreal), Jordi Alba (Barcelona) e Gayà (Valencia).
Meio-campistas: Sergio Busquets (Barcelona), Rodrigo (Manchester City), Pedri (Barcelona), Gavi (Barcelona), Koke (Atlético de Madrid), Marcos Llorente (Atlético) e Carlos Soler (PSG);
Atacantes: Alvaro Morata (Atlético de Madrid), Ferrán Torres (Barcelona), Dani Olmo (RB Leipzig), Nico Williams (Athletic de Bilbao), Pablo Sarabia (PSG), Marco Asensio (Real Madrid), Yeremy Pino (Villarreal) e Ansu Fati (Barcelona).
- Matéria
- Mais Notícias