Nos pênaltis, Messi isola cobrança e Chile conquista bi da Copa América

Em jogo marcado pela arbitragem confusa de Héber Roberto Lopes, chilenos bateram os hermanos nas penalidades máximas. Argentinos seguem com jejum de 23 anos

Messi isola cobrança, e Chile supera a Argentina nos pênaltis
(Foto: AFP)

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Jogando para mais de 82 mil espectadores no MetLife Stadium, em Nova Jersey (EUA), o Chile conquistou o título da Copa América Centenário. Na noite deste domingo, os chilenos venceram a Argentina nos pênaltis por 4 a 2 após empate sem gols no tempo regulamentar e faturaram o bicampeonato. Messi isolou sua cobrança e Silva marcou o último gol para desespero do camisa 10.

Sem título desde 1993, a Argentina segue com o jejum de 23 anos sem levantar uma taça com a seleção principal. Assim como em 2015, Higuaín desperdiçou chance incrível. Messi e Biglia perderam seus pênaltis. Os chilenos levaram a melhor nas penalidades e frustraram desejo argentino de encerrar a seca de conquistas. Eduardo Vargas marcou seis gols na Copa América Centenário e foi o artilheiro da competição. Lionel Messi, com cinco, ficou em segundo.


PRIMEIRA ETAPA QUENTE COM EXPULSÕES

Os argentinos começaram a partida com tudo e antes dos trinta segundos da primeira etapa já tinham assustado com Banega em chute de fora da área. A decisão teve um início bem disputado, com muitas faltas e as duas equipes marcando forte. Messi até tentou em cobrança de falta, mas parou nas mãos de Claudio Bravo.


Aos 20 minutos, a Argentina perdeu uma chance incrível com Higuaín. Atacante aproveitou falha de Medel, ficou cara a cara com Bravo, mas mandou para a fora. O camisa 9, mais uma vez, ficará marcado com a fama de perder lances capitais em decisões com a seleção. Pouco tempo depois, foi a vez de Otamendi levar perigo. Os hermanos mandavam no jogo, enquanto o Chile encontrava dificuldades para desenvolver o seu jogo.
A situação dos chilenos piorou aos 27 minutos com a expulsão de Díaz. O camisa 21 parou Messi com falta e levou o segundo amarelo ainda na primeira etapa, lance que gerou reclamações dos chilenos. Antes do apito final, Marcos Rojo também recebeu vermelho após forte entrada em cima de Vidal. Bastante questionado, o árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes teve dificuldades para ter o controle da partida na etapa inicial e irritou as duas seleções.

ASSIM COMO EM 2015, EMPATE SEM GOLS NO TEMPO NORMAL

No segundo tempo de partida, o Chile voltou equilibrando mais a posse de bola e conseguiu assustar Romero ainda no começo, com Vargas. Isla também tentou em bela finalização de fora da área, porém a bola saiu raspando a trave dos argentinos. Messi encontrava muitas dificuldades para sair da marcação de Vidal, que era implacável.

Ritmo era inferior ao da primeira etapa, com as duas seleções chegando bem até a intermediária de ataque, mas com pouco capricho na hora do último passe. Sistemas defensivos conseguiam afastar todas as jogadas de perigo. Aos 34, Sánchez deu lindo lançamento para Vargas invadir e bater cruzado, Romero caiu bem e espalmou o chute do chileno.

Agüero entrou no lugar de Higuaín e quase marcou para os hermanos na reta final de partida. Atacante driblou o seu marcador, bateu forte, mas a bola subiu demais. No fim, Sánchez e Messi tiveram chances de marcar o gol do título, mas pecaram na hora de finalizar. Assim como na edição de 2015, o placar no tempo regulamentar foi de 0 a 0.

PRORROGAÇÃO COM FORTES EMOÇÕES

O duelo seguia pegado assim como no tempo normal e defesas eram eficientes. Agüero esteve perto de marcar, mas foi travado. O Chile respondeu com Vargas, porém Romero se esticou todo para pegar a cabeçada do atacante. Aos nove foi a vez de Bravo salvar após Agüero mandar de cabeça, bola ainda bateu no travessão. Nos últimos 15 minutos de bola rolando, os hermanos pressionaram, mas os chilenos se defenderam bem e a decisão foi para os pênaltis.

NOS PÊNALTIS, MESSI ISOLA E CHILE FATURA O BI

Os chilenos foram melhores nas penalidades e conseguiram ficar com a taça. Messi isolou sua cobrança, Bravo defendeu a de Biglia e coube a Silva marcar o último gol para garantir o bicampeonato para o Chile. Festa dos chilenos!

FICHA TÉCNICA
ARGENTINA (2) 0 x 0 (4) CHILE

Data-Hora: 26/06/16 - 21h (de Brasília)
Estádio: MetLife Stadium, em Nova Jersey (EUA)
Árbitro: Héber Roberto Lopes (BRA)
Assistentes: Kleber Gil (BRA) e Bruno Boschilia (BRA)
Cartões amarelos: Mascherano, Messi e Kranevitter (ARG); Díaz (2), Vidal, Beausejour e Aránguiz (CHI)
Cartão vermelho: Díaz (CHI); Marcos Rojo (ARG)
Gol: Não Houve

ARGENTINA: Sergio Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo; Mascherano, Banega (Lamela, 5'/2ºP) e Biglia; Di María (Kranevitter, 11'/2ºT), Higuaín (Agüero, 24'/2ºT) e Messi. TEC: Gerardo Martino.

CHILE:
Claudio Bravo; Isla, Medel, Gonzalo Raja e Beausejour; Aránguiz, Díaz e Vidal; Fuenzalida (Edson Puch, 35'/2ºT), Vargas (Nicolás Castillo, 3'/2ºP) e Alexis Sánchez (Francisco Silva, 12'/1ºP). TEC: Juan Antonio Pizzi.

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