Após pressão, Conmebol permite aquecimento no gramado na Copa América Feminina
Marta e Ary Borges, da Seleção Feminina, criticaram estrutura da competição

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A Conmebol voltou atrás e liberou que atletas das seleções participantes da Copa América Feminina aqueçam no gramado. A decisão foi tomada após atletas como Marta e Ary Borges, além do técnico Arthur Elias, reclamarem do aquecimento ter sido realizado no vestiário.
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A novidade está em vigor desde a sexta-feira (18). Já a Seleção Feminina folga nessa rodada e só volta a jogar na terça-feira (22), às 21h (horário de Brasília), no Chillogalo, em Quito.
Nas redes sociais, torcedores compararam a estrutura da Eurocopa Feminina, realizada na Suíça, e a Copa América, no Equador.
— A estrutura que a Conmebol dá para a Copa América feminina é triste. E os anos vão passando e o cenário não muda. Enquanto isso vemos uma Euro bombando em público, audiência e investimento — escreveu a comentarista Cíntia Barlem, no 'X'.
Surreal o que rolou antes de Bolívia x Brasil na Copa América Feminina.
— ⚽ (@DoentesPFutebol) July 17, 2025
As jogadoras foram obrigadas a se aquecer JUNTAS em uma sala fechada, porque a CONMEBOL não permite aquecimento no gramado. O motivo? Evitar desgaste dos estádios, já que toda a fase de grupos está sendo… pic.twitter.com/bRUB729TFi
Começou ontem a Copa América Feminina, com vitória da seleção da Colômbia, país-sede do torneio, sobre o Paraguai.
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) July 9, 2022
Mas o jogo ficou marcado pelo protesto das jogadoras, com braços erguidos pra cima, em nome da luta por melhores condições para as atletas.pic.twitter.com/zYHQPYlmqC
O que aconteceu
Na vitória do Brasil sobre a Bolívia, um dos pontos mais criticados foi a limitação de espaço para o aquecimento das equipes, que precisaram realizar a atividade fora do campo de jogo, no vestiário.
A Conmebol alegou que o uso do campo para aquecimento poderia “desgastar” o gramado. Nesta fase da competição, apenas dois estádios sediam todas as partidas: Banco Guayaquil e Chillogalo.
Jogadoras criticam Conmebol
Marta foi uma das primeiras atletas a se pronunciar sobre a situação.
— Essa situação realmente atrapalha. Não havia espaço suficiente para as duas equipes, mas ambas queriam se preparar. Não entendo o motivo de não podermos aquecer no campo. Isso ainda é pior para nós porque aqui é muito abafado e tem altitude — desabafou a camisa 10.
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A meia Ary Borges também criticou a entidade e pediu união entre as equipes diante das dificuldades.
— Hoje passamos por uma situação muito complicada. No início da partida, acho que a Bolívia até entendeu as coisas de forma errada. Dentro do esporte, precisamos nos unir e não ficar umas contra as outras. O que a Conmebol está fazendo é ridículo — avaliou Ary.
O técnico Arthur Elias foi ainda mais enfático ao criticar a organização e comparou a situação com torneios masculinos.
— Até jogos de várzea são mais organizados do que isso. Gostaria de perguntar ao Alejandro (Domínguez, presidente da Conmebol) se ele conseguiria aquecer em um espaço de 5 ou 10 metros, com cheiro de tinta. Na Copa América masculina houve uma estrutura enorme. Por que no feminino é assim? Dividir um espaço de 10 ou 15 metros quadrados para o aquecimento é inadmissível. A gente merece mais — declarou o treinador.
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