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NFL com Lacalle: Chargers x Chiefs no Brasil representa mais do que apenas um jogo

A NFL vem realizando diversas iniciativas no Brasil para um futuro promissor

Neo Química Arena Corinthians NFL
imagem cameraSegundo jogo da NFL no Brasil é um marco histórico para a modalidade
Dan Lacalle
Colunista
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 03/09/2025
07:20
Atualizado há 3 minutos

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Na próxima sexta-feira, 5 de setembro de 2025, a NFL retorna ao Brasil com o seu segundo jogo de temporada regular em solo brasileiro. E mais uma vez um duelo de peso: Kansas City Chiefs e os Los Angeles Chargers na Arena Corinthians, em São Paulo. Se você acha que esse é só mais um mero evento esportivo, não precisa se desculpar, mas você está enganado. Esta é uma enorme oportunidade para impulsionar a cultura do futebol americano na América do Sul e consolidar o nosso país como território estratégico para o futuro do esporte.

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Vamos lá. Todo mercado esportivo é movido com força de vontade e paixão. Mas o retorno da NFL ao Brasil não é por acaso. Desde a estreia com Eagles x Packers em 2024, houve uma explosão de interesse: São Paulo viveu um dos maiores eventos esportivos da sua história recente, vendendo ingressos em tempo recorde (sim, duas horas) e gerando impacto econômico estimado em US$ 60 milhões, além de cerca de 5.000 empregos temporários.

Além disso, as plataformas digitais pegaram fogo. O engajamento nas redes sociais durante aquele fim de semana chegou a 12,4 milhões de interações, de acordo com a NFL Brasil. Não é fácil de conseguir isso com apenas uma partida. E nós fizemos.

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Com mais de 41 milhões de fãs no país — o segundo maior mercado internacional da NFL, atrás apenas do México — o Brasil pulsa com um público ávido por futebol americano. Então, pensa comigo. Repetir a dose não só satisfaz esse interesse como confirma o país como base sólida para futuras estratégias globais. Além de trazer mais investimento, empregos, retorno para a cidade-sede e, pra mim o mais importante, mais jovens que vão sonhar em serem profissionais da bola oval, e não da redonda.

Não me leve a mal, ser fã da bola redonda é ótima (e sofrido, no meu caso). Mas ter a possibilidade de mais um esporte estar no leque de opções do jovem brasileiro para que tenha um futuro promissor é ainda melhor. E a NFL tem olhado para isso com bons olhos, a longo prazo.

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Colocar um duelo divisional entre Chargers e Chiefs, logo na abertura da temporada, algo raro em jogos internacionais, demonstra coragem e estratégia bem pensada da NFL. E, de acordo com o CEO da NFL Brasil, Luis Martinez, a expectativa é de que em 5 anos o futebol americano seja um esporte top-3 no país. Missão difícil, mas possível quando se tem dinheiro e força de vontade. E a liga tem os dois.

Este jogo da NFL no Brasil é parte de um ambicioso movimento internacional: em 2025, a NFL programou sete partidas regulares em cinco países, um recorde na sua história. O Brasil lidera esse processo na América do Sul, reforçado por investimentos em programas como o NFL Flag, que já impactou mais de 4.500 jovens desde 2023. E, pra mim, novamente, isso é o mais importante. Até porque, vamos combinar. A maior competição esportiva do planeta sempre vai ter novos fãs chegando a rodo. Mas dar a oportunidade das nossas crianças saírem do papel de fã para o de possível atleta da liga é incrível.

O importante é que a NFL vem aumentando a conexão com o Brasil. O resultado? Um caminho claro para transformações culturais no esporte sul-americano. E isso vai causar um efeito dominó.

Embora a sede continue sendo os EUA, a NFL se firma como um fenômeno global. Ao trazer jogos regulares e atividades complementares — como campeonatos, experiências de torcedor e transmissões amplas em diversas plataformas, o esporte deve, aos poucos, ganhar espaço no coração do público geral brasileiro.

Este não é apenas mais um jogo. É um capítulo importante na história da NFL fora dos EUA, que poderá redefinir como o brasileiro e o sul-americano se relacionam com o futebol americano. Cada partida internacional se torna um portal para novos públicos, e o Brasil, com sua dimensão demográfica e digital, tem tudo para ser o epicentro dessa revolução na América do Sul. Mais uma vez nosso país sendo o centro das atenções. Quem ganha com isso são os apaixonados por futebol americano, como nós.

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