Abin vê aumento de risco, e Brasil reforça alerta ao terror para Jogos

Postagem de membro do Estado Islâmico em rede social em novembro diz que o país seria o próximo alvo. Consultores do Comitê Olímpico Internacional estão satisfeitos, diz APO

Marcelo Pedroso, presidente da APO (foto:divulgação)
Presidente da APO, Marcelo Pedroso vê Brasil preparado para combater o terrorismo (Foto: Divulgação)<br>

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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) admitiu nesta quinta-feira que houve um aumento nos últimos meses na probabilidade de o país sede dos próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos ser alvo de ataques terroristas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem consultores para monitorar o caso.

O diretor do Departamento de Contraterrorismo (DCT) da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, disse em uma feira internacional sobre segurança, no Rio de Janeiro, que a agência confirmou a autenticidade do perfil no Twitter do francês Maxime Hauchard, membro do Estado Islâmico. Em uma mensagem, ele afirmou que o Brasil seria o próximo alvo. A conta já foi deletada.

“O diretor informou que a probabilidade de o país ser alvo de ataques terroristas foi elevada nos últimos meses, devido aos recentes eventos terroristas ocorridos em outros países e ao aumento do número de adesões de nacionais brasileiros à ideologia do Estado Islâmico”, declarou a Abin, em nota.

A postagem, publicada em novembro do ano passado, não é vista como uma ameaça concreta, mas ajuda a reforçar os níveis de alerta. O fato de os Jogos terem histórico de ações terroristas em razão de sua visibilidade tem feito com que o governo federal, a Abin e outros órgãos de segurança atuem em parceria com agências internacionais.

– Há um trabalho efetivo de integração. O COI acompanha o processo e identifica as lacunas que eventualmente existam. A avaliação deles tem sido muito positiva – disse o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso.

Os entes envolvidos na preparação do Brasil para sediar os Jogos costumam dizer que o país não é foco de ameaças. O principal motivo dos esforços é a presença, em agosto, de algumas delegações consideradas com alto risco de sofrerem ataques, como os Estados Unidos e o Canadá.

Mas o alerta não está voltado apenas para o período de competições. O revezamento da tocha olímpica, que começa no dia 3 de maio e percorrerá 300 cidades brasileiras, também tem despertado as atenções da agência.

Hauchard escreveu a mensagem sobre o Brasil dias após os atentados que deixaram 129 mortos e dezenas de feridos na França, ano passado.

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