Após pressão, COB marca Assembleia para rever participação dos atletas

Reunião no dia 6 de dezembro visa discutir o número de esportistas que votarão nas decisões da entidade. Estatuto, que prevê apenas cinco nomes, foi alvo de críticas

Assembléia Geral COB
Nova assembleia será realizada ainda no dia 6 de dezembro (Foto: Rafael Bello/COB)

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Após a polêmica votação sobre as mudanças no estatuto do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a entidade convocou ontem nova Assembleia Geral Extraordinária para o dia 6 de dezembro, em sua sede no Rio de Janeiro. Na última semana, os presidentes de confederações aprovaram por maioria, dentre outras medidas, que a participação atletas nas decisões aumentaria de um para cinco, em vez de 12, conforme era esperado.

A tendência é que o item do documento sobre o assunto seja modificado, de modo que passe a valer a proposta de representação de 12 atletas nas Assembleias. Isto corresponde a um terço do colégio eleitoral. O número foi proposto por uma Comissão de Reavaliação Estatutária, após sugestão da Atletas pelo Brasil e da Sou do Esporte.

No o pleito da última semana, a votação deveria ter ficado empatada em 15 a 15, e caberia ao presidente do COB, Paulo Wanderley, desempatar. Mas o voto de Eduardo Mufarej, presidente da Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu), foi desconsiderado. O cartola precisou sair mais cedo da Assembleia, devido a um compromisso pessoal, e teve seu voto anulado, mesmo após ter declarado aos presentes sua posição favorável ao número de 12.

Por sugestão do presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Azevedo, acatada pela maioria, a posição de Mufarej foi invalidada. A proposta de limitar a cinco nomes partiu do presidente da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), Durval Balen.

No mesmo dia, a Atletas pelo Brasil e a Comissão de Atletas se posicionaram contrárias ao estatuto. O Ministério do Esporte também pressionou a entidade a rever o seu regulamento. O órgão do governo federal disse que “caso não haja um mínimo de representatividade que garanta a participação deles, o Ministério do Esporte não poderá certificar as entidades esportivas, que deixarão de receber os recursos públicos”.

Diante de toda a pressão, é provável que alguns dirigentes inicialmente contrários à maior participação dos esportistas mudem o voto.

Este foi o único ponto de discussão no novo estatuto, que impõe, por exemplo, menos restrições para quem quiser ser presidente do COB.

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