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Relatório aponta pagamento suspeito e balanço forjado em gestão que vendeu SAF do Vasco

Documento preliminar da comissão do clube indica irregularidades graves

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Pedro Cobalea
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/10/2025
11:25
Jorge Salgado - Vasco
imagem cameraJorge Salgado em coletiva do Vasco (Foto: Rafael Ribeiro / Vasco)

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A comissão formada por conselheiros do Vasco da Gama para investigar a constituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a venda de 70% das ações para a 777 Partners apresentou, no dia 6 de outubro, o relatório preliminar das investigações. O documento, entregue ao presidente do clube, Pedrinho, aponta indícios de irregularidades graves, incluindo pagamentos suspeitos e suposta manipulação de dados financeiros. A informação foi divulgada primeiramente pelo GE.

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Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas no processo, que pode resultar na exclusão dos envolvidos do quadro social do Vasco. Os citados terão 15 dias úteis para apresentar suas defesas. Após esse prazo, a comissão avaliará as respostas e elaborará o relatório final, última etapa do procedimento.

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Jorge Salgado na sala da presidência do Vasco (Foto: Reprodução/Lance!)

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Pagamento sem comprovação de serviço ao Vasco

Entre as acusações mais graves está o pagamento de R$ 775.833,34 a uma empresa de Blumenau (SC). Segundo o relatório, não há evidências de que a empresa tenha prestado qualquer tipo de serviço ao clube. A ausência de documentos comprobatórios e a falta de registros de atividades relacionadas levantaram fortes indícios de irregularidade.

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"Balanço forjado" e dívida disfarçada

Ainda segundo o GE, o relatório também cita o depoimento de um ex-funcionário do Vasco que afirmou que o balanço patrimonial apresentado antes da criação da SAF foi manipulado. De acordo com a comissão, a gestão teria "deixado embaixo do tapete" uma dívida dissimulada superior a R$ 200 milhões, mascarando a real situação financeira do clube.

A manobra, segundo o documento, teria sido utilizada para facilitar o processo de venda da SAF e garantir a concretização do negócio com a empresa norte-americana 777 Partners, que assumiu 70% do controle da operação futebolística do Vasco.

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A investigação concluiu que existia um grupo central responsável por todas as etapas do processo — da discussão inicial sobre a lei da SAF até a assinatura do contrato com a 777 Partners. Esse grupo foi chamado de "Núcleo Central Decisório", e seria formado por:

  • Jorge Salgado, presidente;
  • Carlos Roberto Osório, 1º vice-presidente geral;
  • Roberto Duque Estrada, 2º vice-presidente geral;
  • Carlos Fonseca, presidente do Conselho Deliberativo;
  • Adriano Mendes, vice-presidente de Finanças;
  • Zeca Bulhões, vice-presidente Jurídico;
  • Luiz Mello, CEO do Vasco e posteriormente da SAF.

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Com exceção de Luiz Mello, que não faz parte do quadro social do clube, todos foram indiciados.

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