Payet completa dois meses de Vasco: o que falta para o francês emplacar?

Camisa 10 é reserva, mas falta de brilho pode ter relação em como o jogador tem sido escalado

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Payet tem seis jogos pelo Vasco, foi titular em apenas dois, e ainda não marcou gol (Foto: Rafael Falcão/Pera Photo Press)

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Nesta segunda-feira (16), completa dois meses que Payet desembarcou no Rio de Janeiro para iniciar a sua trajetória no Vasco. Mais de cinco mil torcedores foram até o Galeão, de madrugada, para recepcionar o francês. A festa da torcida evidencia o peso da contratação, sem dúvida a mais badalada dos últimos anos. Só que até o momento, o camisa 10 ainda não conseguiu corresponder à altura toda a expectativa em torno do seu futebol.

Payet estreou no dia 2 de setembro, no empate com o Bahia, em 1 a 1, na Arena Fonte Nova. O camisa 10 entrou no segundo tempo e apesar da falta de ritmo, deixou boa impressão. O francês protagonizou o lance da partida, quando serviu Jair na medida para marcar, mas o volante chutou para fora. A jogada é lembrada até hoje pelos vascaínos.

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Desde então Payet foi utilizado em todos os jogos pelo técnico Ramón Díaz, mas foi titular em apenas dois, nas vitórias sobre o Coritiba e América-MG. Na goleada sobre o Coxa, por 5 a 1, deu uma assistência, única participação em gol do francês pelo Vasco. O camisa 10 foi reserva nos últimos dois jogos e a tendência é que continue no banco de reservas no jogo contra o Fortaleza, quarta-feira (18), em São Januário.

O que falta para Payet deslanchar?

O entendimento do Vasco é de que Payet ainda está se ambientando ao futebol brasileiro e readquirindo a melhor condição física. Antes de estrear pelo Cruz-Maltino, o francês estava sem jogar há mais de 100 dias e isso está pesando no seu rendimento em campo. Além disso, o técnico Ramón Díaz ainda busca uma formação ideal para escalar o camisa 10.

Nos dois primeiros jogos, contra Bahia e Fluminense, Payet entrou no segundo tempo e jogou como meia de ligação, com liberdade para se movimentar e atrás de dois atacantes, no esquema 4-3-1-2. O camisa 10 teve boas atuações, sendo importante na armação das jogadas e ditando o ritmo do time.

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Já na partida contra o Coritiba, Payet atuou como um ponta-esquerda, guardando mais a posição. Apesar da assistência, o camisa 10 teve atuação discreta. Vale destacar que fragilidade do adversário fez com que o francês não se desgastasse tanto na recomposição. Já diante do América-MG, Payet teve bastante dificuldade e foi subtituído no intervalo, mesmo com o Vasco tendo um jogador a mais após a expulsão de Iago Maidana.

Depois desse jogo, Payet perdeu a condição de titular, mas foi utilizado contra Santos e São Paulo. Em ambos o camisa 10 também jogou pelo lado esquerdo, mais como atacante do que meio-campista, porém sem brilho. Diante do Tricolor, o francês ainda teve uma grande chance de marcar, mas preferiu o passe do que a finalização, mesmo estando cara a cara com o goleiro.

Como Payet deve ser escalado no Vasco?

Analisando os anos anteriores, fica evidente que Payet não é mais um ponta, mas sim um meia de ligação. O francês foi escalado no ataque na temporada passada, a última pelo Olympique de Marseille, e não se firmou como titular, marcando apenas 4 gols e dando três assistências, em 27 jogos. O mapa de movimentação desta temporada é semelhante ao do jogador pelo Vasco.

Já na temporada 2020/2021, como meia de ligação do Olympique, tendo liberdade de movimentação em campo, Payet teve grande destaque. O francês foi titular em 41 dos 46 jogos que disputou, com 14 gols marcados e 13 assistências.

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Quais as opções de Ramón Díaz?

O desafio do técnico argentino é achar uma vaga para Payet no Vasco, porém a missão não é nada fácil. O time já está ambientado a jogar no esquema 4-1-4-1 e tem sido competitivo dessa forma. Nessa formação, o francês jogaria na posição de Praxedes. No entanto, Ramón Díaz não parece estar disposto de mexer no tripé do meio-campo formado por Zé Gabriel, Paulinho e Praxedes.

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A outra opção é tirar um dos pontas e mudar o esquema tático para o 4-3-1-2. Dessa maneira o tripé de meio-campo seria mantido, Payet jogaria centralizado, atrás de dois atacantes, Vegetti e mais um, que poderia ser Gabriel Pec ou Rossi, atualmente os atacantes titulares pelos lados do campo.

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