Americano dedica título ao pai, que luta contra o câncer
Zachary Svajda, de 22 anos, é o atual 153º do mundo e venceu o Challenger de Newport

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Há um ano, Zachary Svajda recebeu a pior notícia possível, ao saber que seu pai e técnico, Tom, foi diagnosticado com câncer, em estágio avançado (4). Desde então, o americano, hoje aos 22 anos e 153º do mundo, vem se deparando com muitos pensamentos, dentro e fora das quadras.
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No último dia 14, ao conquistar o título do Challenger de Newport, nos EUA, na grama, o californiano homenageou Tom nas redes sociais:
- Esse título é para você, pai. Assistir sua luta tem me mostrado o que, realmente, é a verdadeira força.
Câncer foi diagnosticado em 2024
Ao site da ATP, nesta segunda-feira, Svajda, campeão de cinco títulos de Challenger na carreira, relembrou seus desafios quando soube do diagnóstico do pai:
- Têm sido 12 meses dificeis para mim, não apenas por causa do meu pai, mas por tudo o que está relacionado a isso. Me senti, realmente, bem conquistar esse título e jogar por ele.
- Só pensava, tipo: 'Sei que ele está assistindo, mas eu deveria estar em casa com ele'? Há muitos pensamentos. Não estava totalmente focado e essa mudança me levou às lágrimas, pensando nele, ou mesmo antes das partidas - admitiu o tenista, ano passado.
Na ocasião, Svajda contou a batalha vivida pelo seu pai ao compatriota e amigo Steve Johnson, ex-número 21 do mundo.
- Chorando, perguntava a ele: O que faço? Desisto desse torneio e volto para casa? Não gosto de abri mão das obrigações. Então, fui para a quadra - contou o americano.
Svajda acabou perdendo em três sets para o francês Benoit Paire e, horas depois, naquele mesmo dia, já voava de volta para casa. Foi um turbilhão de emoções para o americano, que, na época, estava se aproximando do Top 100, enquanto se deparava com um dos maiores desafios da vida.
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O irmão caçula de Zach, Trevor, também é tenista, e os dois seguem na luta para manter o sorriso no rosto do pai. E graças a Tom, maior inspiração para os filhos, que os dois começaram no esporte.
Ele está lutando com uma força inacreditável. Vejo isso quando estou com ele, pessoalmente, ou pelo telefone. Ele está sempre tomando as medicações nos momentos certos para os tratamentos. Não posso imaginar o que ele está enfrentando. E ele tem feito tudo isso enquanto não se sente bem. E isso me fez pensar: 'sua luta, realmente, me ajuda' - conta Zach,
Quando soube do diagnóstico do pai, o campeão do Challenger de Newport chegou a pensar em desistir da vida da carreira. Mas o tênis sempre foi um elo fundamental para eles, e isso vai continuar sendo uma verdade.
- Ele queria que eu continuasse jogando e, no final das contas, é isso que o deixa feliz. Eu competindo e estando em quadra, foi aí que começamos - contou o tenista, que tem como melhor ranking o 102º lugar, alcançado, justamente, ano passado.
“He wanted me to keep playing at the end of the day and that’s really what makes him happy,” Svajda said. “Just me competing and being there on court — that’s where we first started.”

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