Meio-campo do Brasil vive ‘crise’ na Inglaterra, mas ‘brilha’ na Seleção
Carlo Ancelotti, porém, confia em jogadores como Casemiro e Bruno Guimarães

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O meio-campo da seleção brasileira convocado por Carlo Ancelotti para os amistosos contra Coreia do Sul e Japão se sobressai pelo domínio de jogadores da Premier League nesta lista: todos os seis volantes e meias atuam em clubes ingleses — André e João Gomes (Wolverhampton), Bruno Guimarães e Joelinton (Newcastle), Casemiro (Manchester United) e Lucas Paquetá (West Ham). Além disso, na lista de 26 nomes, metade dos atletas joga no futebol inglês.
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No cenário dos clubes, o desempenho individual dos meio-campistas brasileiros esbarra nas dificuldades coletivas. Após sete rodadas da Premier League em 2025, West Ham e Wolverhampton ocupam as últimas posições, tentando escapar da zona de rebaixamento: são 19º e 20º, respectivamente, na classificação, com apenas dois e quatro pontos. O Newcastle, de Bruno Guimarães e Joelinton, soma nove pontos e aparece em 11º. O Manchester United, com Casemiro, é o melhor colocado, mas distante da briga pelo título, figurando em décimo lugar e somando dez pontos.
Embora as realidades sejam diferentes envolvendo clube e seleção, o desempenho dos seis jogadores, mesmo em casos em que os clubes lutam contra o rebaixamento, mostra que Ancelotti sabe separar as realidades para observar a maior quantidade de jogadores possível para escolher os convocados para a Copa do Mundo de 2026.
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André, titular em 26 dos 30 jogos pelo Wolverhampton, registra 36.8 passes certos e 6.4 bolas recuperadas por jogo, evidenciando alta participação defensiva e construção mesmo num time em crise. João Gomes apresenta 5.6 bolas recuperadas e 2.9 desarmes, sendo peça fundamental mesmo com o clube na lanterna. Paquetá, no West Ham, mostra protagonismo ofensivo com cinco gols e média de 1.1 passes decisivos, resultado de exigência por soluções imediatas para evitar o descenso.
Bruno Guimarães, no Newcastle, traz equilíbrio, com seis gols, cinco assistências e 4.9 bolas recuperadas em 31 partidas, enquanto Joelinton contribui com 4.2 bolas recuperadas, apesar do desempenho irregular do clube. O experiente Casemiro, pelo Manchester United, soma três gols, duas assistências e média de 4.3 bolas recuperadas por jogo, mas enfrenta pressão constante em um time que não ocupa postos de liderança.
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Pela seleção, os números refletem a carreira: Casemiro amplifica sua presença defensiva com 7.0 bolas recuperadas e 2.6 desarmes de média; Paquetá mantém regularidade, com 12 gols e seis assistências em 58 partidas históricas; Bruno Guimarães contribui ofensivamente, acumulando sete assistências e dois gols nos 36 jogos pela seleção principal. André, João Gomes e Joelinton, por outro lado, apresentam médias inferiores de passes certos e bolas recuperadas em relação ao desempenho nos clubes ingleses.
Os meio-campistas enfrentam, no dia a dia da Premier League, o peso de campanhas difíceis e pressão por resultados, o que potencializa a participação e obriga adaptação a diferentes contextos. Na seleção, jogam por objetivos coletivos imediatos, com menos tempo para entrosamento e sob alta exigência técnica, o que nem sempre permite repetir o protagonismo mostrado nos clubes.

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