São Paulo presta esclarecimentos ao Ministério Público após denúncia
Clube se manifesta sobre negociações de atletas, dívida do time e estrutura de Cotia

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O São Paulo divulgou nota nesta terça-feira (09) informando que prestou esclarecimentos ao Ministério Público após uma denúncia anônima relacionada a uma possível acusação de gestão temerária.
Entre os pontos levantados na denúncia estão a suposta venda de jogadores formados em Cotia por valores abaixo do mercado, um possível envolvimento do filho do presidente Julio Casares em negociações de atletas, além de questionamentos sobre a dívida do São Paulo e sobre a criação do FIP de Cotia. A informação foi inicialmente divulgada pela ESPN e confirmada pelo LANCE!.
Recentemente, um grupo de conselheiros do São Paulo se reuniu para questionar o presidente Júlio Casares a respeito da participação de seu filho, Julinho Casares, em ações ligadas à agência KAH Sports, que já atuou no agenciamento de atletas das categorias de base do clube.
O requerimento apresentado citava um possível conflito de interesse. Segundo o documento, "considerando a divulgação de notícia, comprovada por meio de documentos obtidos na Junta Comercial do Estado de São Paulo, da sociedade envolvendo o senhor Aref Abdullatif, empresário de jogadores de futebol, e o senhor Júlio César Casares Filho, filho do presidente do São Paulo Futebol Clube, na empresa Dospets Comércio e Serviços para Animais Ltda., desde o dia 5 de dezembro de 2019, o que, ao menos em tese, pode configurar conflito de interesse", caberia ao compliance do clube analisar a situação.
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Veja abaixo a nota divulgada pelo São Paulo
O São Paulo Futebol Clube respondeu a pedido de esclarecimentos encaminhado pelo Ministério Público a partir de fonte anônima, a respeito de atos realizados e aprovados pela atual gestão do Clube e seus órgãos de governança interna. O São Paulo segue à disposição para eventuais novas informações e demais esclarecimentos que o órgão julgue necessários, de forma transparente e à luz dos procedimentos legais cabíveis.

São Paulo travou as conversas sobre o "fundo de Cotia"
Outro ponto em destaque envolve a utilização da base. O São Paulo pausou as conversas sobre a criação do FIP de Cotia, que consistia em um fundo de investimentos voltado para as categorias de base do clube.
Após passar pelo Conselho Administrativo, o FIP de Cotia seria votado pelo Conselho Deliberativo. A reportagem apurou que as conversas estão pausadas e sem data para voltar. Como não existe um prazo, não existiria pressa para que as discussões retornassem.
O Tricolor estaria trabalhando com outras prioridades também. Como é um assunto complexo, a ideia seria voltar as forças primeiramente para o final da temporada 2025 e no planejamento do time para 2026. Vale destacar que ano que vem também será ano eleitoral no clube.
De forma resumida, o FIP de Cotia seria um projeto montado junto à gestora Galapagos Capital, que estruturou uma iniciativa voltada à modernização e ao fortalecimento de sua base. O plano, que ainda precisa do aval do Conselho Deliberativo, pretende levantar ao menos R$ 250 milhões, sendo cerca de R$ 200 milhões destinados a obras e melhorias no centro de formação e outros R$ 50 milhões reservados para aliviar parte das dívidas do clube.
Porém, o projeto divide opiniões entre conselheiros e membros da diretoria, que não concordariam com a administração deste fundo. Inclusive, o diretor de futebol Carlos Belmonte.
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