Foco e coragem: Renato guia Fluminense em vitória histórica sobre a Inter de Milão
Treinador consegue feito histórico com o Fluminense nas quartas do Mundial

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CHARLOTTE (EUA) — Nas entrevistas anteriores à decisão contra a Inter de Milão, pelo Mundial de Clubes, Renato Gáucho enfatizou dois pilares para obter sucesso em jogos grandes: foco e coragem. E foi exatamente o que o Fluminense apresentou em campo para conquistar uma classificação heróica diante do gigante europeu nas oitavas de final.
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Na véspera da decisão, afirmou que estudou a Inter de Milão e sabia dos perigos que poderiam oferecer, mas que não abriria mão da sua forma de jogar e que o Fluminense teria personalidade para enfrentar a equipe que carregava o favoritismo da classificação. E assim foi até o apito final, quando os tricolores em toda terra soltaram o grito da comemoração.
O treinador e ex-jogador conhece os caminhos para estimular seu time e mostrou isso ao liderar pelo exemplo. A primeira decisão foi mudar o esquema tático para espelhar o jogo do oponente, entrando num 3-5-2, decisão acertada e corajosa, visto que, nos 20 jogos à frente do Tricolor, nunca utilizou essa formação — e teve apenas quatro dias para treinar dessa forma.
No primeiro tempo, no calor de Charlotte, o Fluminense deu um banho de futebol — e de água fria nos italianos. Logo aos três minutos, seus dois talismãs inauguraram o placar, auxiliados pelo estreante no time titular na competição: Bernal roubou no meio de campo, Arias cruzou e Cano abriu o marcador.

A Inter de Milão teve mais a bola na etapa inicial, rondou a meta tricolor e tentou na bola área, na bola longa e por baixo, mas a linha de cinco estava bem postada. Quando retomava a posse, o Fluminense era cirurgico e ficou perto de ampliar a vantagem. Samuel, de rebote, passou rente à trave e, Ignácio — que fez uma grande partida —, estava impedido quando cabecou para fazer o segundo.
Renato ainda conseguiu se envolver em uma confusão na beira do campo. Ao ver um dos jogadores da Inter de Milão correndo para buscar a bola para bater um lateral, o treinador deu um chute na bola jogando para longe, retardando o reinício da partida. Foi logo advertido com cartão amarelo e criou uma breve confusão na lateral do campo.
Por conta do desgaste, o Fluminense caiu na segunda etapa e passou a ceder mais espaços para os adversários, momento em que Fábio executou alguns milagres em sequência, contando ainda com a ajuda da trave para evitar o empate. Os minutos finais passaram como uma eternidade para o torcedor, que chamou João de Deus para o campo, como se ele já não estivesse lá desde o início — com visto e tudo para permanecer até o dia 4 de julho.
Não foi um jogo perfeito, mas foi o necessário para ir às quartas de final. Os sete minutos de acréscimo quase afrouxaram o nó tático dado por Renato em Christian Chivu, mas a canto da torcida e o pé esquerdo de Hércules, o semi-Deus, não deixou que isso acontecesse. Fluminense nas quartas de final.
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