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Ex-Flamengo e Bayern de Munique aponta caminhos para vitória Rubro-negra

Campeão da Copa do Mundo de 1994, Jorginho relembra trajetória na Alemanha

imagem cameraJorginho em treino do Bayern de Munique (Foto: Divulgação)
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Pedro Cobalea Neves
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 28/06/2025
14:30

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Campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1994, Jorginho terá um olhar especial para o confronto entre Flamengo e Bayern de Munique, válido pelas oitavas de final do Mundial de Clubes da Fifa 2025, neste domingo (29), no Estádio Hard Rock, em Miami. Ídolo das duas equipes, o ex-lateral-direito, hoje treinador, analisou o duelo em entrevista à FIFA e apontou caminhos para uma vitória rubro-negra.

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- Se estiver organizado e não ficar exposto, o Flamengo tem todas as condições de ganhar do Bayern de Munique. Vai ser um jogo muito tático, muito mesmo. São dois times que marcam em linha alta, o que expõe bastante. A transição defensiva organizada vai ser o segredo para vencer. As duas equipes têm dificuldade nesse aspecto - afirmou o tetracampeão, que defende que a chave para a vitória está na inteligência tática e na paciência, algo que ele vê nos dois técnicos: Filipe Luís, pelo lado brasileiro, e Vincent Kompany, pelo alemão.

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Ex-rubro-negro e ex-Bayern, com o coração no Brasil

Revelado pelo Flamengo na década de 1980, Jorginho fez parte do time de Zico e dos anos mágicos do clube. Anos depois, se tornou um dos primeiros brasileiros a brilhar no futebol alemão, primeiro pelo Bayer Leverkusen e depois pelo Bayern de Munique, onde foi treinado por ninguém menos que Franz Beckenbauer.

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Apesar da forte ligação com o clube bávaro, o ex-jogador não esconde sua torcida: “Eu gosto muito do Bayern, mas sou brasileiro. Com certeza, minha torcida é maior pelo Flamengo”, garantiu.

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Jorginho foi campeão com a Seleção em 1994, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)

Jorginho também comentou sobre os demais representantes do Brasil no Mundial: “Acredito sinceramente que Flamengo, Botafogo e Palmeiras têm muitas condições de chegar à final. O Fluminense tem um elenco mais curto, mas pode surpreender.”

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A frieza alemã como alerta

Para o ex-jogador, o Flamengo terá que lidar não apenas com a qualidade técnica do Bayern, mas também com o que ele chama de “mentalidade inabalável” dos alemães. Jorginho relembrou um episódio marcante vivido em campo que exemplifica o espírito do adversário:

- Em 1993, jogamos um amistoso nos EUA. Estávamos ganhando da Alemanha por 3 a 0 no intervalo. Eles voltaram do mesmo jeito, concentrados, e empataram no fim. Não se envolvem emocionalmente, seguem o plano até o fim. Isso está na cultura deles.

Segundo Jorginho, esse “pragmatismo assustador” do Bayern, que goleou o Auckland City por 10 a 0 na fase de grupos, deve servir de alerta ao Flamengo — não por medo de uma nova goleada, como o 7 a 1 de 2014, mas por saber que os alemães não desistem nunca.

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Pioneirismo e adaptação na Alemanha

Quando chegou ao Bayer Leverkusen, em 1989, poucos brasileiros tinham sucesso no futebol alemão. Seu desempenho chamou atenção, e três anos depois ele foi contratado pelo Bayern, onde viveu grandes momentos. Aos 60 anos, Jorginho relembra com orgulho o desafio que superou:

- Cheguei num país com uma língua difícil, muito frio e pessoas reservadas. Em três meses, já dava entrevistas em alemão. Foi uma vitória pessoal.

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Adaptação também foi palavra de ordem dentro de campo. Mudado de posição, Jorginho atuava mais recuado na Alemanha, como volante, e precisou retomar sua função original para disputar a Copa de 1994 como lateral. Um símbolo da versatilidade que marcou sua carreira.

Agora, do lado de fora do gramado, o tetracampeão observa seus dois ex-times medirem forças em solo americano — e torce para que a tática, a paciência e a organização deem vantagem ao Flamengo.

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