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Nos Jogos da Juventude, pivô autista celebra vida nova com o basquete

Morador do Acre, Márcio Dávila, de 16 anos, quer vencer na vida através do esporte

Marcio Dávila, pivô do Acre, nos Jogos da Juventude (Divulgação/COB)
imagem cameraMárcio Dávila, pivô do Acre, nos Jogos da Juventude (Divulgação/COB)
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Gustavo Loio
Brasília (enviado especial)
Dia 15/09/2025
20:10

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Nos Jogos da Juventude, em Brasília, que reúne o recorde de 4.700 atletas em 20 modalidades, o pivô Márcio Dávila, de 16 anos, é um ótimo exemplo de que o esporte pode ser uma importante ferramenta de inclusão social e de esperança de um futuro melhor. Morador do bairro Cadeia Velha, em Rio Branco, no Acre, o jovem atleta, que está no espectro autista, vê no esporte um rumo.

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- Minha família é carente, mas o basquete me deu uma vida nova. Então, eu quero treinar e dar o meu melhor. Eu quero vencer na vida. Porque eu não posso desacreditar do meu potencial - contou o pivô.

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Na principal competição multiesportiva do país para atletas de até 17 anos, organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), o técnico de basquete do Acre, Maycon Lima, tem o mesmo cuidado antes de a bola subir:

- Eu converso com os árbitros e falo sobre o Márcio. Porque ele é muito vibrante, explosivo e, para alguns, os seus gritos podem parecer provocação. Mas não é o caso - conta o treinador.

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Todo esse zelo se explica porque os gritos, da mesma força que incentivam o time, podem soar um pouco exagerados para o adversário.



Tranquilo fora de quadra, Márcio Dávila conta de onde vem o comportamento.

- Sou muito raçudo. Grito para me concentrar. Quando eu jogo basquete, esqueço das coisas de fora. Eu grito porque eu quero muito aquilo ali - conta o atleta, que começou a jogar aos 11 anos, quando se interessou pela modalidade no colégio. Naquela época, Maycon Lima já era seu professor e treinador. E o início também foi de superação para o pivô:

- No começo, todo mundo ria de mim. Eu não conseguia fazer arremessos, errava bandejas. ‘Márcio, não desiste, treina que você vai conseguir’, foi o que o Maycon sempre me disse - relembra o atleta, após a estreia nos Jogos da Juventude.

Legado na última participação nos Jogos da Juventude

A derrota de 55 a 22 para o Piauí entristeceu, mas Márcio só olha para frente.

- Eu só quero ajudar meu time e tentar ganhar o próximo jogo. É o último ano em que posso disputar os Jogos da Juventude e estou adorando, conhecendo novos amigos - destaca o pivô, acolhido por todos do time e radiante por participar da competição.

Abaixo, o quadro de medalhas dos Jogos da Juventude, que começaram no dia 10 e vão até o próximo dia 25.

* O repórter viaja a convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

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