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CBV se pronuncia sobre criação de liga independente no Brasil

Clubes da Superliga se movimentaram pela criação de novo modelo

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Beatriz Pinheiro
São Paulo (SP)
Dia 03/10/2025
14:58
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imagem cameraSuperliga 2025/2026 começa neste mês (Foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube)

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A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) se manifestou, nesta sexta-feira (3), sobre a movimentação dos clubes pela criação de uma liga independente no voleibol brasileiro, repercutida pelo jornalista Bruno Voloch e pela reportagem do Lance!. Em nota oficial, a entidade afirma que apresentou aos clubes em reunião realizada no início do ano os recursos aplicados na última edição da Superliga.

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Segundo a CBV, foram repassados aos clubes R$ 1 milhão e 536 mil aos participantes como ajuda de custo. A entidade ainda afirma ter assumido os custos operacionais da Superliga em 2024, valor que chegaria a R$ 1 milhão e 36 mil.

— Os benefícios para os 24 clubes são oferecidos através de repasses, isenções de taxas, reembolsos, premiações, logística de viagens e organização. Em diversas competições, grande parte dessas despesas cabe aos clubes e, na Superliga, esses custos são absorvidos pela CBV desonerando as equipes e permitindo que sejam realizados mais investimentos nas formações de elencos e na preparação das equipes - afirma, em nota.

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A movimentação por um novo modelo de liga

A apuração do Lance! confirmou a mobilização dos clubes nos bastidores por um novo modelo de liga, que permita maior autonomia para organizar a competição, além de negociar patrocínios e direitos de transmissão, a exemplo do que acontece com o Novo Basquete Brasil (NBB).

O Praia Clube, uma das principais equipes do cenário nacional, confirmou à reportagem que tem interesse por um novo formato, chancelado pela CBV, e que aguarda um posicionamento da entidade para seguir com o diálogo. No comunicado divulgado, a Confederação não nega a mobilização dos clubes pela liga independente, mas não traz um posicionamento definitivo sobre o assunto, afirmando estar "aberta para receber propostas, sugestões e críticas que de fato possam melhorar as condições de preparação dos clubes".

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Principal competição do vôlei nacional chega a sua 32ª edição
Principal competição do vôlei nacional chega a sua 32ª edição (Foto: Bruno Cunha/Praia Clube)

Veja a nota da CBV na íntegra

Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre a criação de uma Liga Independente e os valores de premiação da Superliga, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece algumas informações.

A CBV tem uma relação de diálogo e parceria com os clubes que participam da competição e está sempre aberta a discutir propostas e diferentes formatos que visem a evolução da Superliga.

O regulamento técnico da competição é anualmente debatido e aprovado por todas as equipes e, em 2024, foi criada a Comissão de Clubes, que analisa temas relacionados ao desenvolvimento técnico, marketing, comunicação e atendimento ao público.

Nesse contexto, na última reunião com os participantes da edição 25/26, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 14 de agosto, foi informado aos clubes que a CBV tem se reunido com investidores interessados na competição, e que todas as propostas recebidas serão previamente submetidas para análise da Comissão de Clubes, antes da deliberação final da CBV.

Nessa mesma reunião também foram apresentados, de forma transparente e objetiva, todos os recursos aplicados e benefícios distribuídos ao logo da última edição do campeonato. É importante esclarecer que a CBV faz investimentos permanentes na Superliga em prol de sua evolução como competição e como produto, levando em consideração as trocas e debates com os clubes e um estudo diagnóstico contratado junto à empresa Ernst & Young (EY).

Os benefícios para os 24 clubes são oferecidos através de repasses, isenções de taxas, reembolsos, premiações, logística de viagens e organização. Em diversas competições, grande parte dessas despesas cabe aos clubes e, na Superliga, esses custos são absorvidos pela CBV desonerando as equipes e permitindo que sejam realizados mais investimentos nas formações de elencos e na preparação das equipes.

Na edição 24/25 da Superliga, a CBV repassou R$ 1 milhão e 536 mil aos participantes, ofertados como ajuda de custo para o campeonato, mas além disso, entregou aos clubes e à competição:

A aquisição e impostos pagos para seis novos equipamentos de desafio e softwares, além da conversão de 12 já existentes, no valor de cerca de R$ 3 milhões 182 mil. Hoje a CBV possui 18 equipamentos de desafio.

Desde 2024, a CBV assumiu todo o custo operacional e logístico do sistema de desafio nas partidas, que antes era de responsabilidade dos clubes, somando R$ 1 milhão e 36 mil.

Foram investidos mais R$ 319 mil para viabilizar o uso do sistema de súmulas eletrônicas e estatística dos jogos, publicadas no site da CBV em tempo real.

Na fase classificatória foram emitidas passagens aéreas para as 24 equipes, em 264 jogos, por meio do acordo da CBV com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Para viabilizar essa operação, a CBV teve um custo adicional de R$ 910 mil, reembolsando aos clubes a taxa de anuidade paga por eles ao CBC.

Já para a fase dos playoffs, coube à CBV arcar com todo o custo de transporte aéreo e terrestre das 16 equipes para os 29 jogos, com um investimento de R$ 2 milhões e 363 mil.

A CBV também isentou todos os clubes das taxas de arbitragem. Sendo que para a implementação da arbitragem neutra foram investidos cerca de R$ 2 milhões para cobrir os custos com remuneração, alimentação, transporte e hospedagem dos árbitros nos 293 jogos da competição.

Outro investimento da CBV foi no custeio dos delegados técnicos e montadores de quadra nos ginásios de 20 cidades ao longo de toda a competição com o custo somado de R$ 647 mil.

Para a manutenção e melhorias do site, operação do Fantasy Game e redes sociais da Superliga foram investidos R$ 414 mil. E para produção dos jogos para transmissão pela internet mais R$ 615 mil.

Ao final da competição, a CBV ainda distribuiu o valor de R$ 1 milhão e 328 mil em bônus de performance, conforme a colocação de cada clube.

Foram distribuídas, de forma gratuita, 1728 bolas Mikasa, 72 unidades para cada uma das 24 equipes, para utilização em seus treinamentos e jogos.

No custo final da Superliga também foi contabilizado o custo anual dos recursos humanos da CBV exclusivamente dedicados a organização da competição.

Encerrado o campeonato, a CBV apurou um custo aproximado de R$ 17 milhões na Superliga 24/25. O valor arrecadado com os direitos de transmissão, somado a outros valores de patrocínio, foi investido nos custos do evento e em benefícios para os clubes.

Assim sendo, a CBV, cumprindo seu compromisso no desenvolvimento da modalidade e do apoio e diálogo com clubes e atletas, segue aberta para receber propostas, sugestões e críticas que de fato possam melhorar as condições de preparação dos clubes e de organização dessa e de outras competições promovidas pela entidade, e que sejam benéficas para o desenvolvimento e a evolução do voleibol brasileiro e de todo o seu ecossistema.

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