Arthur Nory vai ao Mundial de Ginástica em busca de retomada em novo ciclo
Principal competição do ano marca recomeço após frustração em Paris

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A largada e retomada é um elemento clássico e obrigatório nas séries de barra fixa da ginástica, em que o atleta precisa se lançar do aparelho e agarrá-lo novamente em meio ao movimento. Aos 32 anos, o brasileiro Arthur Nory disputa o Mundial da modalidade, a partir deste domingo (19), em Jacarta, na Indonésia, em busca de uma retomada importante neste novo ciclo olímpico, após a frustração nos Jogos de Paris 2024.
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Medalhista de bronze no solo nas Olimpíadas Rio 2016, o ginasta não fez uma boa passagem pela capital francesa. Classificado apenas para a disputa da barra fixa, aparelho em que é especialista e chegava como forte candidato ao pódio, Nory cometeu uma falha grave em sua série e não conseguiu a classificação para as finais, encerrando o sonho de maneira precoce. Mesmo assim, manifestou o desejo de representar o país em mais uma edição dos Jogos.
— Eu vou continuar. Não vou deitar. Até o fim. Estou muito chateado, mas não acabou. Sei que a cada ciclo fica mais difícil, sei o que já passei. Todo mundo que acompanha o esporte sabe o quanto eu sou martelado, uma expectativa muito grande, mas nada vai apagar a história que a gente fez e que continuo fazendo com muito orgulho de representar o país. Não acabou. Sei o quão forte somos para buscar esse objetivo que é uma final olímpica de barra - disse, na ocasião.
Após as Olimpíadas, Arthur Nory passou por uma cirurgia no joelho no início de 2025 e se dedicou à recuperação física até o retorno às competições, no Brasileiro de Ginástica, em Recife. Pela seleção brasileira, o atleta disputou a Copa do Mundo de Szombathely, na Hungria, em setembro deste ano, mas ainda não conseguiu encaixar sua série de barra fixa.
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Responsabilidade no Mundial
Campeão mundial da barra fixa em 2019 e medalhista de bronze no mesmo aparelho em 2022, Arthur Nory chega ao Mundial de Jacarta com a responsabilidade de ser um dos mais experientes do elenco brasileiro, ao lado dos também olímpicos Caio Souza e Diogo Soares. O atleta é uma das referências no grupo que conta com novos rostos, como os de Vitaliy Guimarães e Tomás Florêncio.
Apesar de o Mundial de 2025 ser uma "competição de especialistas", ou seja, sem as disputas de medalhas por equipes, a competição é um primeiro teste para a consolidação do grupo brasileiro, que tem como principal desafio neste ciclo a classificação de uma equipe completa para os Jogos de Los Angeles, diferentemente do que aconteceu em Paris.
No início do ano, quando participou do primeiro camping de treinamento do ano com o novo grupo da seleção brasileira, no CT Time Brasil, Nory reconheceu o papel como liderança da equipe e relembrou o próprio início de trajetória defendendo as cores do país.
— Estamos começando esse novo ciclo com uma mescla de juventude e experiência e ter essa opção de mais atletas só nos fortalece na hora de montar uma equipe competitiva. Eu e Caio já passamos por essa fase de sermos os mais novos e, agora, podemos trazer todo esse aprendizado para orientar e motivar - e sermos motivados pelos mais jovens. Vamos juntos para conquistar esse objetivo da equipe - declarou.
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