Maior goleada da história do Bahia
O Bahia aplicou 10 a 0 sobre o São Cristóvão-BA em 1960, no Campeonato Baiano.

- Matéria
- Mais Notícias
O Esporte Clube Bahia sempre foi sinônimo de orgulho, tradição e representatividade no futebol nordestino. Desde sua fundação, em 1931, o Tricolor de Aço construiu uma trajetória marcada por conquistas, grandes craques e momentos inesquecíveis. E entre os capítulos mais impressionantes da história azul, vermelha e branca está a maior goleada oficial do clube, alcançada em 7 de julho de 1960, quando o Bahia venceu o São Cristóvão-BA por 10 a 0, pelo Campeonato Baiano, no estádio da Graça, em Salvador. O Lance! relembra a maior goleada da história do Bahia.
Relacionadas
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Maior goleada da história do Bahia
A vitória foi mais do que uma simples exibição de força. Foi uma afirmação da supremacia do Bahia no futebol baiano e uma demonstração do talento de uma geração que seria a base de novas conquistas nos anos seguintes. Naquela década, o Tricolor já havia conquistado o respeito nacional, principalmente após o título da Taça Brasil de 1959, que o consagrou como o primeiro campeão brasileiro.
A goleada sobre o São Cristóvão aconteceu justamente no auge dessa fase de ouro. O time comandado por Geninho, Marito, Léo Briglia e Alencar exibia um futebol técnico, ofensivo e envolvente. O adversário, de estrutura modesta, não resistiu à avalanche tricolor que, empurrada pela torcida, protagonizou uma das maiores exibições da história do Campeonato Baiano.
Mais de seis décadas depois, o 10 a 0 permanece como o maior placar oficial do Bahia e como um símbolo da força de um clube que aprendeu a vencer com talento, raça e paixão.
O contexto do futebol baiano e a hegemonia do Esquadrão de Aço
O futebol na Bahia vivia, nos anos 1950 e 1960, um período de grande efervescência. A popularização do esporte no Nordeste, a criação de estádios maiores e o surgimento de novos clubes intensificaram a rivalidade estadual. Mas, acima de todos, estava o Bahia — o time que representava o povo, as cores da cidade e a identidade de uma nova era no futebol nordestino.
Após conquistar a Taça Brasil de 1959, o Bahia era reconhecido nacionalmente. O título sobre o Santos de Pelé colocou o clube no mapa do futebol brasileiro e inspirou uma geração de torcedores. A goleada de 1960 foi, de certa forma, a confirmação de que o Tricolor não havia vencido por acaso.
O Campeonato Baiano daquele ano começou com o Bahia em ritmo avassalador. A partida contra o São Cristóvão, válida pela fase classificatória, transformou-se em um espetáculo de gols e técnica. O time jogou com seriedade do início ao fim, sem diminuir o ritmo, e construiu um placar que entraria para a história.
O jogo dos 10 gols: domínio absoluto e festa na Graça
O 7 de julho de 1960 ficou gravado na memória tricolor. No estádio da Graça, em Salvador, o Bahia entrou em campo disposto a confirmar sua supremacia. Desde os primeiros minutos, o time se impôs com intensidade e movimentação ofensiva. O ataque, liderado por Léo Briglia, Alencar e Biriba, envolveu completamente a defesa adversária.
O primeiro tempo terminou com o Bahia vencendo por 5 a 0, e a goleada se ampliou na etapa final, com mais cinco gols marcados. O São Cristóvão-BA, abatido, não conseguiu oferecer resistência. O placar final de 10 a 0 foi recebido com festa pela torcida, que lotou as arquibancadas e cantou o nome dos jogadores até depois do apito final.
Os jornais do dia seguinte exaltaram o feito, descrevendo a partida como "um festival de gols do campeão brasileiro". O Bahia mostrou que sua força não se limitava à Taça Brasil — dominava também o cenário local com autoridade.
Os craques da goleada e a geração campeã da Taça Brasil
O elenco do Bahia naquela época reunia alguns dos maiores jogadores da história do clube. O técnico Geninho comandava um time equilibrado, com defesa sólida, meio-campo criativo e um ataque letal.
Léo Briglia, artilheiro da Taça Brasil de 1959, marcou três gols no massacre sobre o São Cristóvão e foi o grande destaque da partida. Alencar, com seu chute potente, e Marito, com sua precisão nas assistências, completaram o show ofensivo. A base do time campeão nacional se manteve unida e fez do Campeonato Baiano um campo de reafirmação da hegemonia tricolor.
O Bahia daquele período jogava com elegância e técnica, mas também com a garra típica do futebol nordestino. Cada vitória, e especialmente aquela goleada, era uma celebração da identidade e da força de um clube que já representava muito mais do que a cidade — representava todo o Nordeste.
O Estádio da Graça: o palco das primeiras glórias tricolores
Antes da inauguração da Fonte Nova, o Estádio da Graça era o grande palco do futebol baiano. Localizado no bairro da Graça, em Salvador, o estádio foi o cenário de conquistas memoráveis do Bahia nas décadas de 1940, 1950 e início de 1960.
A goleada de 1960 ocorreu justamente em seu gramado, diante de um público entusiasmado que assistiu a uma das maiores atuações do Esquadrão de Aço. O estádio se transformou em um símbolo da fase pioneira do clube, quando o Bahia ainda construía sua tradição de vitórias e títulos.
Aquele 10 a 0 foi a despedida em grande estilo do estádio antes da transição para a Fonte Nova, que seria inaugurada poucos anos depois e se tornaria a nova casa tricolor.
O legado do 10 a 0 e a afirmação do Bahia como potência nacional
O 10 a 0 sobre o São Cristóvão-BA é mais do que a maior goleada da história do Bahia — é a síntese de uma era de ouro. Representa o auge de uma geração que colocou o clube no topo do futebol brasileiro e consolidou a identidade ofensiva e vitoriosa que o Tricolor carrega até hoje.
O feito é lembrado como um dos momentos mais emblemáticos do futebol nordestino. Ele reforçou o orgulho da torcida e serviu de inspiração para os times que, anos depois, conquistariam novos títulos nacionais, regionais e internacionais.
O Bahia continua sendo um símbolo de resistência e paixão, e aquela goleada de 1960 segue viva na memória coletiva da Nação Tricolor — como o dia em que o Esquadrão de Aço mostrou ao Brasil o verdadeiro significado de jogar com raça, talento e alegria.
Tudo sobre
- Matéria
- Mais Notícias


















