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Por onde anda Jefferson, ex-goleiro do Botafogo e da Seleção?

"Homem de Gelo" virou empresário após se aposentar em 2018.

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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 25/11/2025
07:22
Jefferson - Botafogo
imagem cameraJefferson é um dos maiores ídolos da história recente do Botafogo e recordista de jogos no Nilton Santos. (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

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Jefferson de Oliveira Galvão foi um dos melhores goleiros do Brasil, famoso por suas defesas e títulos pelo Botafogo.
Ele teve passagens por Cruzeiro, futebol turco e, além do Botafogo, jogou no América-SP e no Nacional.
Aposentado desde 2018, hoje se dedica a projetos sociais e à sua carreira como empresário, mantendo laços fortes com o Botafogo.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

Jefferson de Oliveira Galvão marcou uma geração inteira de torcedores do Botafogo e fãs de futebol no Brasil. Seguro, frio, decisivo em clássicos e com uma história carregada de superação, ele é frequentemente lembrado como um dos melhores goleiros do país nos anos 2010. Entre defesas milagrosas, pênaltis pegados em momentos decisivos e atuações de altíssimo nível, o "Homem de Gelo" construiu uma conexão rara com a torcida alvinegra. O Lance! conta por onde anda Jefferson.

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Revelado pelo Cruzeiro e com passagem difícil, porém importante, pelo futebol turco, Jefferson encontrou no Botafogo o clube da sua vida. Soma 459 jogos pelo Glorioso, é o terceiro jogador que mais vezes vestiu a camisa alvinegra — atrás apenas de Nilton Santos e Garrincha — e ainda é o recordista de partidas no Estádio Nilton Santos.

Pela Seleção Brasileira, foi campeão da Copa das Confederações de 2013, tricampeão do Superclássico das Américas e titular na Copa América de 2015, além de estar no elenco da Copa do Mundo de 2014. Saiba por onde anda Jefferson.

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Início no Cruzeiro: de atacante a goleiro e o salto precoce de Jefferson

Curiosamente, Jefferson começou no futebol como atacante, nas categorias de base da Ferroviária de Assis, no interior de São Paulo. A mudança de posição para goleiro veio pela estatura e pelas orientações dos treinadores, e acabou definindo sua vida. Em 1997, ele chegou ao Cruzeiro, já sob o rótulo de grande promessa para o gol.

A ascensão foi rápida. Ainda muito jovem, ganhou espaço no elenco profissional e foi promovido definitivamente por Luiz Felipe Scolari, que comprou a briga com setores do clube que preferiam outro perfil de goleiro. O treinador chegou a apontar situações de preconceito racial na disputa pela posição, o que tornou a confiança em Jefferson ainda mais simbólica.

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Pela Raposa, o goleiro conquistou duas Copas Sul-Minas (2001 e 2002) e o Supercampeonato Mineiro de 2002, mas também viveu momentos difíceis, como falhas na final da Copa dos Campeões de 2002, que acabaram precipitando sua saída. Depois de perder espaço com a chegada de Gomes e de Luxemburgo, foi emprestado ao América-SP e, em seguida, surgiu a oportunidade que mudaria sua história: o Botafogo.

Primeira passagem pelo Botafogo: defesa em time instável e olho na Europa

Jefferson chegou ao Botafogo em 2003, ainda jovem, para disputar a Série B e ajudar na reconstrução do clube. Começou como reserva, mas assumiu a titularidade em 2004 e se destacou mesmo em uma equipe que sofria dentro de campo.

Mesmo sem taças na primeira passagem, o goleiro mostrou personalidade, fez grandes partidas e ganhou atenção do mercado internacional. Em 2005, decidiu se transferir para o futebol turco com a ideia de ganhar visibilidade e aumentar as chances de ser lembrado pela Seleção.

Turquia: desafios, amadurecimento e volta ao Brasil

Entre Trabzonspor e Konyaspor, Jefferson viveu um período de altos e baixos na Turquia. Teve temporadas como titular, jogou liga nacional, eliminatórias europeias e competições continentais, mas também lidou com dificuldades de adaptação, problemas com treinador e até relatos de preconceito e perseguição.

Apesar das adversidades, o goleiro sempre destacou que o período foi importante para seu amadurecimento pessoal e profissional. Ao fim da passagem turca, optou por rescindir, voltar ao Brasil e tentar recomeçar a carreira em solo conhecido — de preferência, no clube onde já tinha deixado boa impressão.

Retorno ao Botafogo: idolatria, títulos e recordes

Sem contrato e treinando por conta própria no interior de São Paulo, Jefferson voltou a buscar o Botafogo em 2009. Depois de uma primeira negociação frustrada, acabou acertando com o clube com um vínculo curto e status de reserva. Bastou uma sequência de jogos para tudo mudar.

Na reta final do Brasileirão 2009, Jefferson assumiu a meta, acumulou defesas decisivas e ajudou o Botafogo a escapar do rebaixamento. A partir daí, não saiu mais da história do clube. Veio a renovação, a faixa de capitão e uma série de momentos inesquecíveis:

  1. Defesa em chute à queima-roupa de Vágner Love, na semifinal da Taça Guanabara 2010, contra o Flamengo.
  2. Pênalti defendido de Adriano, na final da Taça Rio 2010, que garantiu o título carioca antecipado.
  3. Atuações gigantes em clássicos e jogos decisivos, que o consolidaram como líder do elenco.

Com o Botafogo, Jefferson conquistou:

  • Campeonatos Cariocas: 2010, 2013 e 2018
  • Taças Guanabara: 2010, 2013, 2015
  • Taças Rio: 2010, 2012, 2013
  • Série B do Brasileiro: 2015

Individualmente, foi eleito melhor goleiro do Campeonato Brasileiro em 2011 e 2014, além de receber prêmios no Campeonato Carioca e ser frequentemente citado entre os melhores do país na posição.

Mesmo após o rebaixamento de 2014, escolheu permanecer no clube, disputar a Série B e ajudar na reconstrução do Botafogo. A relação com a torcida virou algo de afeto declarado, com o próprio jogador assumindo o papel de "torcedor em campo".

Lesões, recuperação e despedida emocionante

A fase final da carreira de Jefferson foi marcada por lesões graves, especialmente a ruptura parcial do tendão do tríceps, que o afastou de boa parte de 2016 e exigiu duas cirurgias. Em muitos momentos, ele chegou a cogitar a aposentadoria antecipada.

A volta aos gramados ocorreu em 2017, em jogo contra o Atlético-MG, com defesa de pênalti e atuação segura, em uma espécie de "renascimento" dentro do futebol. O retorno com nível competitivo após tanto tempo parado reforçou sua imagem de atleta resiliente.

Em 2018, já com a aposentadoria anunciada, viveu seus últimos jogos com a camisa alvinegra. A despedida oficial aconteceu em 26 de novembro de 2018, contra o Paraná, em um Nilton Santos tomado de homenagens, bandeirões e emoção. Ao fim da partida, o goleiro deu a volta olímpica, emocionado, e se despediu como um dos maiores ídolos da história recente do Botafogo.

Seleção Brasileira: Superclássico, Copa das Confederações e Copa do Mundo

Na Seleção Brasileira, Jefferson teve trajetória relevante. Pelas categorias de base, foi campeão mundial sub-20 em 2003 e acumulou títulos em torneios de base. No time principal, começou a ser chamado com Mano Menezes, voltou a ganhar espaço com Dunga e viveu seu auge entre 2011 e 2015.

Com a Seleção principal, Jefferson:

Foi tricampeão do Superclássico das Américas (2011, 2012 e 2014), com destaque para o pênalti defendido de Messi em 2014.

  1. Fez parte do elenco campeão da Copa das Confederações 2013, como reserva.
  2. Esteve na Copa do Mundo de 2014, novamente no grupo, como um dos goleiros de confiança.
  3. Foi titular na Copa América de 2015, sua principal competição oficial como dono da posição.

Foram 22 jogos pela Seleção principal, com atuações seguras e momentos marcantes, consolidando seu nome entre os goleiros brasileiros mais importantes de sua geração.

Por onde anda Jefferson, o "Homem de Gelo"?

Por onde anda Jefferson? Desde que se aposentou em 2018, aos 35 anos, Jefferson (@j1jefferson) segue com seu perfil muito ligado ao Botafogo. Porém, hoje, ele é preparador de goleiros do Orlando City, dos Estados Unidos.

Todos os clubes da carreira de Jefferson (em ordem cronológica)

Ao longo da carreira profissional, Jefferson defendeu cinco clubes:

  • Cruzeiro – 2000–2005
  • América-SP (empréstimo) – 2003
  • Botafogo (1ª passagem, empréstimo) – 2003–2005
  • Trabzonspor (Turquia) – 2005–2008
  • Konyaspor (Turquia) – 2008–2009
  • Botafogo (2ª passagem, definitiva) – 2009–2018

Em números gerais, foram 70 jogos pelo Cruzeiro, 84 pelo Botafogo na primeira passagem e 375 partidas na segunda, totalizando 459 jogos com a camisa alvinegra – marca que o coloca como terceiro atleta que mais vezes defendeu o Botafogo.

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