Palmeiras cai cedo na Copa do Brasil após investimento recorde, mas não compromete receita
Equipe se mantém saudável financeiramente, mas contratações com valor recorde não resultam em sucesso técnico no torneio

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A eliminação do Palmeiras na Copa Do Brasil, torneio com a maior premiação do futebol nacional, contrasta com o cenário desta ser a temporada de maior investimento da história do clube na formação do seu elenco. Entretanto, a ausência de valores mais robustos pelo desempenho na copa não é sinal de alerta para as finanças do alviverde, o que concentra as cobranças no desempenho técnico em campo.
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A derrota para o Corinthians por 2 a 0 no Allianz Parque na noite de quarta-feira (6) aconteceu um dia depois do clube divulgar uma atualização do seu balanço financeiro de 2025 e mostrar que acumulou novo superávit no mês de junho, fato que aproxima o Palmeiras de bater a meta orçamentária aprovada no início da temporada pelo Conselho de Orientação Fiscal (COF).
Junho se tornou o segundo mês de maior receita de 2025, com R$ 194 milhões faturados, contra $ 275,18 milhões em janeiro. Nos primeiros seis meses, o acumulado é de R$ 771 milhões, o que significa 73% da meta a ser atingida ao fim de 2025, que é de R$ 1,05 bilhão. Esse pode ser o segundo ano seguido que o Palmeiras passa da casa do bilhão em arrecadação.
Os dados mostram que o Palmeiras caminha de forma saudável no aspecto financeiro, mesmo que seus maiores investimentos do ano (as contratações dos atletas) ainda não tenham dado o retorno espero dentro de campo - o que não significa, claro, que são fracassos já consumados, principalmente pelo fato do time ainda ter as disputas de Libertadores e o Brasileirão.
Porém, é inegável que a premiação com a classificação na Copa do Brasil era de interesse da equipe, visto que os próprios investimentos em contratações são sinalizações de que o Palmeiras quer fortalecer ainda mais seu desempenho nas competições.
A vaga nas quartas de final daria "apenas" mais R$ 4,7 milhões de bônus financeiro, que representa aproximadamente 0,61% dos mais de R$ 770 milhões faturados até aqui. Mas essa era justamente a meta estabelecida pelo clube no começo do ano, chegar entre os oito melhores do torneio. O cenário positivo do primeiro semestre amortece a queda antes do esperado.
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Copa do Brasil dá salto em premiação
Por mais que no papel a meta fossem as quartas de final, o interesse pela Copa do Brasil cresce para todos os clubes ao analisar até onde uma equipe pode faturar com as cotas financeiras. Isso porque a competição dá um salto de valores das quartas para as semifinais, por exemplo, onde os quatro melhores recebem quase R$ 10 milhões pela fase disputada.
Na decisão o aumento é ainda maior. O vice-campeão recebe R$ 33 milhões, enquanto grande campeão leva pouco mais de R$ 77 milhões pelo título. Ou seja, o Palmeiras (ou qualquer outro clube que entrou na terceira fase do torneio) poderia embolsar pouco mais de R$ 97,5 milhões em premiação. No acumulado, o Palmeiras se despede do torneio com R$ 5,95 milhões faturados.

Investimento no elenco
O Palmeiras realizou quatro das suas cinco maiores contratações da história nesta janela de transferências. O alviverde trouxe Vitor Roque (1º), Paulinho (2º) e Facundo (5º) no primeiro semestre, enquanto Ramón Sosa (3º) chegou após a disputa do Mundial de Clubes.
No total, apenas com esses quatro reforços, o alviverde investiu R$ 67,5 milhões de euros. Na temporada, as oito contratações do Palmeiras ultrapassam a marca de R$ 515 milhões gastos em atletas. O cenário coloca a equipe de Abel Ferreira como o segundo elenco mais valioso do Brasil e da América do Sul, avaliado em R$ 1,19 bilhão atualmente. Fica atrás apenas do Flamengo, apontado em R$ 1,39 bilhão. Os dados são do Transfermarkt, plataforma especializada na avaliação financeira de clubes e mercado de transferências.
Contratações do Palmeiras em 2025
- Vitor Roque - 25,5 milhões de euros (R$ 154 milhões)
- Paulinho - 18 milhões de euros (R$ 109 milhões)
- Ramón Sosa - 12,5 milhões de euros (R$ 79 milhões)
- Facundo Torres - 12 milhões de dólares (R$ 69 milhões)
- Emiliano Martínez - 7,5 milhões de dólares (R$ 44 milhões)
- Micael - 6 milhões de dólares (R$ 35 milhões)
- Lucas Evangelista - 4 milhões de euros (R$ 24 milhões)
- Bruno Fuchs - sem custo
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