Os desafios da Costa do Sauípe, palco do segundo maior torneio de tênis do país
Em 2027 resort vai inaugurar parque aquático, cujo investimento será de R$ 500 milhões

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Depois de 14 anos, a Costa do Sauípe, na Bahia, um dos mais cobiçados destinos turísticos do Nordeste, voltou ao calendário da ATP no último dia 19, ao receber o segundo maior torneio de tênis do país. Palco, de 2001 a 2011, do Brasil Open, um ATP 250, o resort passa a sediar o Challenger 125. Em entrevista exclusiva ao Lance!, Alessandro Cunha, CEO da Aviva, responsável pela gestão e liderança do Sauípe, falou dos desafios e da satisfação em trazer a modalidade de volta.
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- Nós vamos fazer um trabalho com o Sauípe de reposicionamento, do produto em si, separando em três categorias hoteleiras: a de entrada (essential), a premium e a grand premium, que é esse hotel que nós estamos, o Sol Grand Premium. O próximo agora, que é o Mar, que está em reforma, vai ser um premium. E aí nós temos o Terra, que é o produto de entrada, um essential - explica o executivo.
De acordo com o executivo, o tênis sempre teve uma correlação muito grande com o Sauípe, ao ponto de os clientes, muitas vezes, falarem da modalidade:
- Isso conectou muito com a gente. E, nesse processo de qualificação do produto, casou muito com o tênis. É um esporte que se conecta muito com o cliente que nós queremos trazer pra esses produtos, que são o Sol e o Brisa. Então, nasceu desse propósito e era essa conexão entre Sauípe e o tênis. Está sendo uma satisfação muito grande voltar com o tênis.
Alessandro Cunha destaca, também, que o sonho era voltar a realizar um ATP 250.
- Mas, depois de conseguir trazer essa data, a ideia é que a gente tenha o torneio mais charmoso do Brasil. Essa é a nossa ambição. Temos esse cuidado de organizar o evento, de deixar a experiência para os nossos clientes, que estão hospedados nos nossos produtos. E o objetivo é ir aprendendo para o próximo, para a gente cada vez ampliar e fazê-lo melhor.
Inicialmente, o Costa do Sauípe Open tem garantidas as três primeiras edições.
- O nosso projeto é de longo prazo, em parceria com a Try. E acreditamos que, depois desses três anos, a o evento vai crescer, é um dos nossos objetivos. Quem sabe a gente alcança um (Challenger) 175 e, depois, um (ATP) 250 - comenta Alessandro.
O CEO da Costa do Sauípe também diz que há outras possibilidades em vista para eventos pré e pós o torneio da ATP.
- Como trazer um WTA para encaixar, para aproveitar toda a infraestrutura, ampliar mais o calendário. Trazer um evento, por exemplo, de beach tennis também na sequência. Então, há outros estudos que estão sendo feitos.

Os hóspedes que estão acompanhando o Costa do Sauípe Open, de fato, têm desfrutado de uma infraestrutura poucas vezes vista em torneios no exterior:
- Eu acho que traz um conforto muito grande, tanto para os clientes quanto para os atletas, a possibilidade de ter um campeonato nesse nível dentro de um complexo. A questão da segurança, o deslocamento, até a interação entre eles, está sendo muito bacana e ainda podem trazer as famílias. Então, oferecemos muito conforto aos clientes e, também, os atletas. E, justamente por isso, acredito que pode crescer.
De uma maneira geral, quais são os maiores desafios para administrar o Sauípe?
- Um dos principais, na hotelaria como um todo, é encontrar a força de trabalho. O turismo emprega muito. Só que, muitas vezes, é o primeiro emprego, a porta de entrada. Então, a gente tem o desafio da qualificação. Então, temos treinamento constante do time, tanto aqui do Sauipe, quanto do Rio Quente (em Goiás). A qualificação é um desafio. É uma indústria que tem um turnover (rotatividade) alto, mesmo porque são 24 horas por dia, sete dias na semana, não para, com operação noturna, aos finais de semana e feriados.
Investimento de R$ 500 milhões no Parque Aquático do Sauípe
- O outro desafio é executar o volume de investimento que a gente está fazendo de forma simultânea. Estamos, nesse momento, fazendo uma reforma de hotel, com investimento de R$ 60 milhões e começando uma obra do parque aquático de quase R$ 500 milhões. Em sequência, a gente já está iniciando também uma central de produção e distribuição de alimentos aqui. Estamos com três obras simultâneas muito grandes.
As obras do parque aquático já iniciaram, com a finalização da terraplanagem e drenagem da área. Em janeiro, iniciam as obras da piscina de ondas, do rio lento e da área infantil. E, na sequência, as demais áreas. Serão dois anos de obras. A expectativa de operação do parque é no final de 2027.
Residence club em Rio Quente
- Em Rio Quente, a gente está fazendo o nosso link casa, que é um produto voltado para o segmento de alta renda. São unidades que têm uma comodidade de uma casa toda montada, mas com serviço de um resort de alto padrão. Então, tem um club house para os clientes que são membros e toda a infraestrutura do complexo, é um projeto de R$ 200 milhões.
Sauípe conta com cinco hotéis, além de pousadas.
- Os quatro hotéis vão estar em operação a partir do ano que vem, com três renovados, faltando só o Terra, que ficará para 2027 e 2028. É o maior hotel, com 400 apartamentos, a gente vai precisar de dois anos para finalizar. O Água, que foi o antigo Superclubs Breezes, vai ser convertido em um programa também de fidelização dos clientes. Ele vai sair do portfólio já, na verdade. Ele vai ser um residence club, Incanto. Hoje são 360 apartamentos, e vamos reduzir para próximo de 200 para ampliar as unidades e entregar ao cliente que quer a sua casa ou seu apartamento de praia, com o serviço de um resort. Sem se preocupar em manutenção e nada disso. Isso fica por conta da Aviva, do clube. E serão 2 semanas, em média, por ano. O cliente tem direito de uso por 18 anos. Então, ele já está sendo desenhado e comercializado nesse formato.
A longo prazo, as pousadas também devem ser renovadas:
- Nesse ciclo dos próximos anos, as pousadas ainda não estão sendo priorizadas. Mesmo porque entendemos que, quando tivermos um parque aquático, as pousadas passam a ser um produto adequado para o cliente que quer ficar no parque. É um produto voltado mais para o regional, que quer ficar, ter uma acomodação, mas o intuito dele é usar o parque aquático e não o restante da infraestrutura. Esse é um projeto que está em estudo.
Se o Challenger 125 é uma novidade, o Réveillon (em sua terceira edição), o Sauipe Weekend e o São João Sauipe são eventos já tradicionais e que encantam, cada vez mais, os hóspedes desse que é um dos melhores resorts pés na areia do Nordeste. E que estará ainda mais completo nos próximos anos.
* O repórter viajou a convite da organização do Costa do Sauípe Open

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