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Bahia x Botafogo protagonizam rivalidade de SAFs e investimentos milionários

Duelo entre tricolor e alvinegro ganhou capítulos polêmicos no último ano e marca reencontro de ex-treinador na Fonte Nova

Bahia e Botafogo se enfrentam pela Copa do Brasil. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
imagem cameraTimes se enfrentam pela 7ª rodada do Brasileirão
Dia 02/05/2025
07:45

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Bahia e Botafogo entram em campo neste sábado pela 7ª rodada do Brasileirão e protagonizam um duelo entre duas das mais antigas SAFs no futebol brasileiro. Aos longo dos últimos dois anos, com a consolidação do alvinegro carioca sob o comando de John Textor, e do crescimento do tricolor, gerido pelo Grupo City (CFG), as equipes têm protagonizados disputas interessantes dentro e fora de campo.

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Os investimentos milionários marcam a principal semelhança entre os dois clubes, que hoje se destacam no cenário nacional por estarem entre os clubes mais valiosos que mais abrem os cofres para estruturarem seus elencos.

Mas a opção pela SAF e as altas cifras gastas com atletas talvez sejam as únicas coincidências verdadeiramente existentes entre os dois times, já que o desenvolvimento dos dois trabalhos também expôs diferenças importantes nos modelos de cada gestão e da relação dos seus donos no futebol nacional, o que criou, de certa forma, um ar de rivalidade ou disputa entre os times.

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Em termos de alcance, é evidente que não há discussão de que o Botafogo larga na frente. Campeão do Brasileirão e da Libertadores em 2024, o alvinegro já alcançou o topo daquilo que o projeto de SAF previa em menos de três anos completos de sua criação. Por outro lado, o Bahia vem caminhando a passos firmes para entrar em disputas maiores. Esse ano conquistou vaga na copa continental e briga pela liderança do grupo.

BRASILEIRO A 2024, BAHIA X BOTAFOGO - Jean Lucas, jogador do Bahia, disputa lance com Luiz Henrique, do Botafogoto
Bahia e Botafogo duelaram quatro vezes em 2024. (Foto: Jhony Pinho/AGIF)

O Botafogo conquistou o sucesso a partir do momento que foi agressivo ao mercado de transferências e trouxe atletas que fizeram toda a diferença em campo, como Almada e Luiz Henrique, que neste ano já deixaram o Fogão. Agora, John Textor que dar continuidade ao sucesso e investiu neste ano R$ 384 milhões em nove chegadas.

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O Bahia teve um olhar estratégico para suas contratações desde que o Grupo City assumiu a gestão e o volume chegadas e peso desses nomes é mais controlado. Neste ano, o Esquadrão desembolsou R$ 113 milhões para nove atletas.

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Diferenças na gestão

Não é só no formato de contratação e valores que existem mudanças entre os dois clubes. A forma como eles são geridos também é distinta e diz muito sobre as figuras que lideram as SAFs. O Botafogo vê em John Textor quase como uma extensão das arquibancadas quando ele vibra e comemora os bons resultados, enquanto também fica na bronca quando o empresário norte-americano não corresponde às expectativas.

Um bom exemplo é o fim da temporada 2024 e o começo de 2025. O Fogão terminou o ano sorrindo e comemorando, mas iniciou 2025 com as incertezas acerca do trabalho de Rento Paiva, contratações que ainda não renderam o esperado e dificuldade em jogos que antes pareciam fáceis.

O Grupo City chegou para trazer mais estabilidade e experiência de gestão no clube. Após um ano conturbado em 2023, encontrou em Rogério Ceni o nome ideal para o projeto e tem visto a equipe caminhar com um plano de jogo e estilo de atletas muito bem definido. Ao contrário do Botafogo, onde o dono sa SAF é um empresário que aparece e costuma dar entrevistas, o CFG é muito mais discreto e seus mandatários pouco surgem na mídia.

A nível global, a holding de clubes é comandada por Ferran Soriano - que está em sua última temporada pela equipe - e por Raul Aguirre no Bahia, peruano que tem o cargo de CEO do tricolor. Para além do alvinegro ter um empresário único à frente do clube, a personalidade do personagem também contribui para o nome esteja sempre presente na mídia.

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John Textor - Botafogo
Textor é conhecido por seu posicionamento crítico ao futebol brasileiro. (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Polêmica Textor e Bahia

Em uma de suas diversas entrevistas polêmicas desde que chegou ao Brasil, John Textor já citou nominalmente um Bahia ao tecer uma crítica sobre os investimentos estrangeiros no futebol brasileiro - o que incluía sua SAF. Em 2024, em entrevista ao portal "ge", o norte-americano se mostrou favorável ao fair play financeiro no Brasil e afirmou que equipes geridas por empresas como o Grupo City precisavam passar por essa regulamentação.

- Eu amo as pessoas no Manchester City, as pessoas que trabalham lá são incríveis. Mas o fato é que o Brasil trouxe dinheiro do petróleo para casa. Se não fizermos algo agora sobre um teto salarial, o Bahia vai comer nosso almoço. Aquela cidade maravilhosa [Salvador], ótimo hotel, ótima comida, perfeita. Eles vão ganhar todos os campeonatos por 20 anos consecutivos - disparou à época.

A fala repercutiu nas redes sociais e apimentou a relação entre o empresário - e consequentemente o Botafogo - nos duelos individuais com o Bahia. O sucesso alvinegro como dois títulos históricos não se refletiu nos confrontos com o tricolor. No ano passado, foram quatro jogos, com duas triunfos do time baiano e dois empates.

Reencontro Paiva e Bahia

O duelo deste sábado também reserva um reencontro pouco amigável entre o atual comandante do Botafogo e a torcida do Bahia na Fonte Nova. O português esteve no tricolor em 2023 e foi responsável por uma campanha ruim na equipe - que culminou em sua saída e chegada de Rogério Ceni, que livrou o time do rebaixamento na última rodada do Brasileirão.

Renato Piava treinou o Bahia em 2023 e teve um fim de passagem polêmico pelo tricolor
Renato Paiva treinou o Bahia em 2023 e teve um fim de passagem polêmico pelo tricolor. 9Felipe Oliveira/EC Bahia)

Um dos motivos alegados no pedido de demissão de Paiva foi a má relação com parte da torcida, principalmente dentro da Fonte Nova, onde passou a ouvir xingamentos constantes e faixas de protesto com seu nome e foto. Agora, as equipes voltam a se enfrentar e o treinador se mostrou bastante empolgado com a ideia de duelar com o seu ex-clube e tentar vencê-lo fora de casa pelo Campeonato Brasileiro, o torna o primeiro Bahia x Botafogo de 2025 mais um jogo com um ar de rivalidade.

- Se eu pudesse nunca jogaria contra a minha história, mas, como não posso, hoje represento o Botafogo com muito orgulho e, obviamente, vou entrar na Fonte Nova com uma imensa vontade de que o Botafogo jogue bem e ganhe. Mas não é contra ninguém, é pelo Botafogo - destacou Paiva.

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