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Entenda por que Ricardo Mathias não jogou antes pelo Internacional

Atacante marcou dois gols, enquanto titulares não faziam gols há cinco rodadas

Ricardo Mathias, atacante do Internacional
imagem cameraRicardo Mathias chuta para marcar gol do Internacional (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)
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Roberto Jardim
Porto Alegre (RS)
Dia 11/08/2025
16:39
Atualizado há 1 minutos

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A presença do guri de 19 anos no jogo de sábado (9), marcando inclusive dois gols na vitória de 3 a 1 sobre o Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro, levantou uma questão: por que Ricardo Mathias não jogou antes pelo Internacional? A pergunta surge inclusive devido à ausência de bolas na rede dos seus colegas de posição: Rafael Borré não marcava há cinco rodadas; Enner Valencia, há 13.

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Torcedores e até parte da imprensa trataram o assunto como teimosia do técnico Roger Machado. Na coletiva, o treinador colorado explicou os motivos, que para muitos, não ficaram claros. O Lance!, então, ouviu o professor Elio Carraveta, ex-preparador físico do Alvirrubro e especialista no assunto.

O que disse Roger Machado

Após a vitória de 3 a 1 em Bragança Paulista, com dois gols do camisa 49, o técnico Roger Machado foi questionado porque não escalou o guri antes. O técnico explicou:

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– Jogadores como o Mathias, o Luis Otávio, o [Gustavo] Prado, carecem de uma atenção maior, tanto o ponto de vista da sua formação física como da treinabilidade. Se vocês lembrarem, depois que ele [Mathias] começou bem, ele teve três problemas musculares e não teve uma sequência adequada de ritmo que desse segurança para ele entrar antes.

Em conversa por telefone, Carretta complementou:

– O Roger é um cara experiente, até por ter passado por isso quando começou quando jogador. O que ele explicou é que um garoto que vem da base precisa de todo um cuidado. Cuidado técnico, tático, físico, cognitivo, emocional e até cultural. Isso é o que nos diz a pedagogia do treinamento esportivo.

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Voltemos a Roger:

– Ele [Mathias] é um guri muito grande. Tem 1m95, 95kg. E um jogador novo, muito musculoso, precisa ter muito cuidado para que ele não fique sucessivamente fora. O Mathias precisa trabalhar a parte muscular dia a dia. Foi no momento adequado a entrada dele e que bom que ele respondeu bem.

Carravetta acrescenta:

– Isso não é preservar nem proteger. Muito menos não valorizar. É um desenvolvimento progressivo do jogador. Se não, daqui a pouco ele explode marcando gols num e noutro jogo e depois some. E muitos vão perguntar o que aconteceu.

Entenda os altos e baixos de Ricardo Mathias

Ricardo Mathias, atacante do Internacional
Ricardo Mathias vibra com gol contra o Nacional-URU (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)

O centroavante iniciou o ano na seleção brasileira sub-20, disputando o Sul-Americano da categoria, marcando inclusive gol na final. Depois, foi integrado ao grupo principal. Começou a entrar aos poucos, seis minutos contra o Atlético Nacional-COL em Medellín, 31 contra o Botafogo. Até que, sem Valencia nem Borré, iniciou o jogo decisivo contra o Nacional-URU.

Na partida de Montevidéu, 15 de maio, abriu o caminho para a vitória por 2 a 0. Entrou novamente no jogo seguinte, dia 20, contra o Mirassol e marcou o gol do empate. Começou, mas não terminou o próximo confronto, contra o Sport, cinco dias depois. Aos 24 do primeiro tempo, caiu no campo e fez sinal com as mãos como se tivesse rompido um músculo na coxa esquerda.

Ricardo Mathias, atacante do Internacional
Ricardo Mathias faz sinal ao sentir músculo da coxa esquerda (Foto: Reprodução)

Não foi diagnosticada lesão, apenas um desconforto. Ele voltou no duelo seguinte, contra o Atlético-MG, em 12 de junho, após a data Fifa, entrando aos 24 da etapa final. Depois dos 30 dias de parada para o Mundial de Clubes, entrou novamente contra o Vitória, jogando 11 minutos. Na sequência, ficou quatro rodadas fora, como mostraram informações repassadas pela assessoria de imprensa.

No dia 20 de julho, contra o Ceará, o boletim dizia que o guri estava com “desconforto muscular na coxa esquerda”. Dali a dois dias, nova mensagem: “segue apresentando desconforto”, ficando de fora do duelo contra o Santos. No dia 27, Mathias já estava em trabalho no campo, mas não há disposição.

No jogo contra o Fluminense, no dia 30 de julho, também ficou de fora, dessa vez sem boletim médico. Quando voltou ao grupo, por ter estado quatro rodadas fora, começou a ser usado aos poucos. Jogou 26 minutos no 2 a 0 para o São Paulo e 32 na eliminação da Copa do Brasil contra o Tricolor Carioca.

Só contra o Bragantino voltou a jogar desde o começo, ficando 70 minutos em campo. Resultado, aos 6 do primeiro tempo, após cruzamento de Wesley, se antecipou à zaga e meteu uma bucha. E antes do primeiro minuto da etapa final, recebeu passe de Bruno Tabata na frente da área, dominou, olhou e marcou o terceiro gol do 3 a 1.

Titularidade contra o Flamengo

Segundo o que Roger Machado falou na coletiva no sábado, está claro que, depois dos treinos, da atuação e de conversas com Mathias, o centroavante deve começar a partida contra o Flamengo, nesta quarta.

– Olha a dica! Depois do Nacional, quando ele fez gol, ele jogou de novo contra o Mirassol. Se eu virar refém de boas atuações em campo, que bom. Quero ser refém do campo sempre! – brincou.

Ricardo Mathias, atacante do Internacional
Atacante comemora primeiro gol contra o Bragantino (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)
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