Romário revela projeto no Senado para profissionalização da arbitragem: ‘Várias falhas’
Ex-jogador falou antes de partida comemorativa entre Brasil e Itália

- Matéria
- Mais Notícias
O ex-atacante Romário concedeu entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (10), no Maracanã, antes da realização da “Partida do Coração”, evento beneficente que celebra a amizade entre Brasil e Itália. A ação tem como objetivo promover a inclusão social e ampliar o acesso ao esporte para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Relacionadas
➡️ Maracanã: governo abre caminho para naming rights desejados por Flamengo e Fluminense
O Baixinho falou como senador do Rio de Janeiro e revelou um projeto dele para profissionalizar a arbitragem no futebol brasileiro.
— Uma merda. Várias falhas em todos os sentidos. Tenho projeto de profissionalização da arbitragem e vamos colocar semana que vem essa pauta no Senado. E pelo que estou vendo temos que resolver o mais rápido possível porque o tem acontecido no futebol brasileiro é vergonhoso.
Projeto de Romário no Senado
A Comissão de Esporte (CEsp) do Senado Federal aprovou no dia 4 de setembro, a criação de um grupo de trabalho voltado a estudar a relação de emprego entre árbitros e federações esportivas. A proposta, registrada sob o número REQ 12/2024-CEsp, foi apresentada pelo senador Romário (PL-RJ), que também preside a comissão.
Durante a sessão, Romário destacou que a iniciativa tem como objetivo fortalecer a profissionalização da arbitragem esportiva no Brasil, ressaltando que o tema não se restringe ao futebol, mas abrange todas as modalidades esportivas nacionais.
— O que falta no futebol brasileiro é reconhecer que a arbitragem também precisa ser tratada com profissionalismo, estabilidade e segurança jurídica. Isso que está começando a acontecer é um avanço para todos.
Mesmo antes de ser transformada em lei, a proposta elaborada com o apoio de árbitros, federações, juristas e representantes da CBF já vem servindo de referência para mudanças no modelo de contratação dos profissionais da arbitragem. Atualmente, cerca de 700 árbitros e assistentes atuam no Brasil como trabalhadores autônomos, sem vínculo empregatício ou direitos trabalhistas assegurados.
O texto apresentado pelo senador propõe a criação de um contrato especial de trabalho voltado para árbitros e assistentes, garantindo salário fixo, 13º, férias, estabilidade, previdência social e bônus por desempenho. O objetivo é encerrar o modelo informal que predomina há décadas no país.
Segundo Romário, a proposta é fruto de um processo técnico e colaborativo, desenvolvido por grupos de estudo que se dedicaram a quatro áreas principais: direito do trabalho, organização esportiva, legislação comparada e direitos dos árbitros.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

Tudo sobre
- Matéria
- Mais Notícias