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Ex-diretor do Flamengo comanda Remo no acesso à Série A

Marcos Braz chegou no fim de maio e impactou a trajetória do time paraense dentro e fora de campo até a vaga no Brasileirão

Dia 23/11/2025
20:11
Marcos Braz Remo Flamengo
imagem cameraEx-Flamengo, Marcos Braz é[foi apresentado no Remo em maio de 2025. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

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O Remo garantiu seu retorno à Série A do Brasileirão 32 anos após sua última participação na elite. Sob o comando do técnico Guto Ferreira, a equipe reencontrou o caminho das vitórias na Série B na reta final do torneio, mas o trabalho dos bastidores na temporada também contou com a participação de um nome experiente na gestão do futebol brasileiro e que foi importante para o acesso à Primeira Divisão. Marcos Braz, com passagem vitoriosa pelo Flamengo, é um dos principais nomes no trabalho feito pela diretoria azulina.

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O gestor, que esteve no rubro-negro carioca entre 2019 e 2024, conquistou títulos expressivos pelo clube, entre eles duas Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros e duas Copas do Brasil. No Rio de Janeiro, ocupava o cargo de vice-presidente, mas desembarcou em Belém como executivo de futebol e foi o responsável por gerir o setor de campo do time paraense. Braz foi o responsável, por exemplo, pela troca no comando técnico e contratação de Guto, essencial na campanha do acesso.

As expectativas pela campanha do Remo na Série B aumentaram desde a chegada do executivo, que iniciou seu trabalho em 31 de maio, na reta inicial da competição. Entretanto, o trabalho no azulino não seguiu uma linha estável e o dirigente enfrentou diferentes cenários de pressão, desde a troca no comando técnico, quando demitiu o ex-treinador António Oliveira, reformulação no elenco e até mudança no mando de campo do clube.

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Tudo isso, para Braz, foi encarado com naturalidade, justificada por ele mesmo em sua chegada ao Remo, quando relembrou de suas duas passagens pelo rubro-negro carioca e os cenários adversos exemplificados por ele.

- Primeiro eu queria fazer uma lembrança, que isso é importante. Eu trabalhei em dois "Flamengos". Eu trabalhei no Flamengo todo poderoso do mercado e trabalhei lá atrás. Em 2009, que era outro orçamento, outro Flamengo, o Flamengo foi campeão brasileiro depois de 18 anos. (...) Quem vê minha imagem hoje atrelada somente ao Flamengo robusto, com orçamento poderoso, talvez não conheça o Marcos Braz, que lá atrás teve que contratar jogadores que não poderiam custar muito em relação a aquisição deles. Acho que tenho uma experiência de adversidade. Eu estou acostumado a trabalhar em qualquer tipo de mercado - destacou o dirigente em sua apresentação.

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Marcos Braz, executivo de futebol do Remo (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)
Marcos Braz contratou 16 jogadores desde sua chegada ao Remo. (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)

O 'adeus' ao Mangueirão

Em uma das decisões mais polêmicas desde sua chegada ao Remo, Marcos Braz optou por deixar de jogar no Mangueirão, maior e mais famoso estádio de Belém. O executivo de futebol anunciou que a equipe iria disputar as partidas da Série B no Baenão, estádio com capacidade para 13.792 torcedores, bem diferente dos 53.635 lugares do Mangueirão.

Na época, Braz justificou que o Baenão seria um local mais apropriado para os jogos do Remo durante a campanha na segunda divisão e que o estádio passa um clima de caldeirão mais intenso que o Mangueirão, mesmo com menos público nas arquibancadas. Quatro dos últimos seis jogos do Remo como mandante foram no Baenão. Apenas os duelos diante do CRB e contra o Goiás, que confirmou o acesso, foram realizados na arena com maior capacidade.

- O Baenão foi uma paixão à primeira vista. Vim aqui em janeiro pra visitar um amigo e fui convidado a conhecer o Remo. Sabedor do que era a torcida, vi que aquilo era nitroglicerina pura. Se for usada corretamente. Acho que o Baenão é o 13º jogador, porque o 12º é a torcida. Eu conheço outros estádios, sem fazer comparação, mas que também são caldeirões. Conheço a Bombonera, o estádio do River, o El Cilindro... E posso dizer que o Baenão cheio é diferente, faz o adversário ficar desconfortável. Ali, com 13, 14 mil pessoas, vamos fazer pressão o tempo todo. E existe uma decisão técnica de querer jogar lá - declarou Braz na época.

Braz reformulou o elenco do Remo

O dirigente chegou no fim de maio, o que deu a ele duas janelas de transferências para ajustar o elenco do Remo, sendo uma delas a de curto prazo antes do Mundial de Clubes, que durou nove dias. Depois, entre 10 de julho a 2 de setembro, completou o plantel e encerrou seus primeiros períodos de contratações no time paraense com 16 novos jogadores.

Entre as contratações, nomes conhecidos chegaram a Belém, como o volante Victor Cantillo, ex-Corinthians, e Nathan "Pescador", ex-Grêmio, Fluminense e Atlético Mineiro. O grego Panagiotis Tachtsidis, de 34 anos, com passagens por Roma e Olympiacos, também foi contratado pelo dirigente e assumiu a titularidade no meio na reta final de Série B, incluindo o jogo do acesso.

O dirigente também precisou lidar com saídas de atletas do elenco e comissão técnica. A primeira troca de comando, quando Daniel Paulista pede para deixar o Remo logo na primeira semana de trabalho de Braz, impactou no planejamento das contratações. No campo, 13 jogadores saíram entre maio e setembro. Mesmo assim, o trabalho surtiu efeito e o time subiu à Série A.

Torcedores do Remo se emocionam com acesso à Série A do Brasileirão (Foto: Fernando Torres/AGIF/Gazetapress)<br><br>
Torcedores do Remo se emocionam com acesso à Série A do Brasileirão (Foto: Fernando Torres/AGIF/Gazetapress)<br><br>
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