Botafogo trata bem a bola, mas quem joga no Nilton Santos é o Cruzeiro
Equipe mineira faz partida segura e merece a vitória no Rio

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A derrota em casa do Botafogo por 2 a 0 para o (provisório) líder Cruzeiro mereceu vaias de parte dos 35.126 torcedores que foram ao Nilton Santos neste domingo (3). Foram apupos para uma equipe recheada de bons jogadores, mas que não souberam ao longo dos quase 100 minutos de partida atuar como time — algo que o adversário fez muito bem.
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O Botafogo que vende bem e parece contratar melhor teve neste domingo uma equipe em que nenhum dos 11 que alinharam para a partida, ou dos cinco que entraram no segundo tempo, deixa a desejar com a bola no pé. Pelo gramado sintético e de aparência ruim do Nilton Santos vestiu preto e branco uma profusão de bons jogadores, alguns diferenciados. Mas faltou ao alvinegro de Davide Ancelotti conseguir jogar no mesmo ritmo.
Alvaro Montoro, por exemplo, demonstra que domina qualquer bola ou tijolo com uma categoria invejável. Mas, aberto pela esquerda de ataque, pareceu fazer sua mágica neste domingo apenas para os visitantes. Por dois momentos no primeiro tempo conduziu a bola para a linha de fundo e dançou com ela dominada diante de dois marcadores para resultar em nada.
Marlon Freitas distribuiu seus passes e lançamentos, um deles de cerca de 50 metros para Savarino, sem que o Botafogo conseguisse traduzir isso em chances de gol diante do Cruzeiro no primeiro tempo. Para se ter uma ideia, nenhuma bola tomou o rumo da meta de Cássio nos 49 minutos iniciais.
Na frente, Arthur Cabral foi o jogador participativo de sempre. Roubou bolas, batalhou, mas isolado. Porque o outro Artur não conseguia jogar — e, quando teve a chance, tentou cavar um pênalti —, enquanto Savarino era mais veloz que o entendimento dos companheiros de ataque.
Encaixado, Cruzeiro não sofre diante do Botafogo
O Cruzeiro, por sua vez, demonstrou porque briga já há algumas rodadas pelo topo da tabela. Tem Matheus Pereira como meia acima da média, e Kaio Jorge como artilheiro do Brasileirão. Mas tem sobretudo senso de coletividade. Leonardo Jardim conseguiu montar um time na acepção que se espera no futebol.
No Nilton Santos, o Cruzeiro foi compacto diante do Botafogo. Lançamentos foram escassos porque de Fabrício Bruno na zaga até Wanderson no ataque a bola ia passando de pé em pé. Lucas Silva erguia a cabeça no círculo-central e passava para o que estivesse melhor posicionado de branco sem querer apressar nada. O time acelerou apenas nos contragolpes. E dois deles deram a vitória inconteste deste domingo.

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