Sávio recorda El Clásico marcante e vê fator determinante em Real Madrid x Barcelona
Ex-Flamengo atuou pelo Real Madrid entre 1997 e 2003

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Ex-Real Madrid, Sávio recordou o El Clásico marcante de sua carreira e projetou o duelo entre a equipe merengue contra o Barcelona. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o ex-jogador abriu o jogo sobre o início de trabalho de Xabi Alonso, além da importância dos brasileiros no confronto.
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Na atual temporada, o Real Madrid é líder da La Liga com apenas uma derrota e vive uma grande fase na Champions League. No entanto, Sávio comentou sobre o início do trabalho de Xabi Alonso em que a equipe tem os resultados, mas não passa a sensação de segurança e de um bom jogo.
- É uma mudança. Mudança de perfil, de estilo. Chega um treinador com um perfil totalmente diferente, um treinador novo, que conhece o Real Madrid. Estava acostumado com o trabalho, com o estilo do Ancelotti. O Real Madrid está vindo de bons resultados, é líder da La Liga, 100% de aproveitamento na Champions, mas é um clube que exige muito. A pressão não é só pela vitória, pelos títulos. Tem que colocar algo a mais. Esse algo a mais é jogar bem. Eu acho que tem um tempo para ser implementado dentro do clube esse estilo. Os resultados estão aparecendo, porque é um elenco de muita qualidade. E o trabalho de Xabi Alonso vai se encontrar aos poucos, essa filosofia que ele implementou no Bayer Leverkusen.
Diante do Barcelona, o Real Madrid tem a chance de ganhar um grande jogo após duras derrotas para o PSG, no Mundial de Clubes, e Atlético de Madrid, na La Liga. Sávio enxerga a pressão que existe sobre o trabalho de Xabi Alonso normal e projeta o que se pode esperar ao fim do El Clásico.
- É uma cobrança que sempre foi vivida dentro do clube. Quando eu cheguei em 97/98 era um absurdo, pois o clube estava há 32 anos sem conquistar a Champions, então era uma atmosfera incrível e de muita pressão. O Real Madrid tem que todo ano se renovar, se reinventar, porque tem que continuar ganhando. É o DNA e é o que a torcida exige. A derrota para o PSG foi uma derrota que muita gente não esperava, mas era um processo natural. E a derrota para o Atlético, que foi muito dolorosa. Quando você tem essas derrotas, a cobrança é muito mais forte. Agora tem a oportunidade de um novo El Clásico, em casa. Se o Real Madrid, se isola na liderança, então é muito importante. É um jogo decisivo até mesmo para a sequência de tranquilidade do trabalho do Xabi Alonso. Tendo essa vitória, ele ganha uma tranquilidade para implementar o trabalho dele. Mas é complicado. Uma vitória é uma maravilha, mas uma derrota não será fácil de assimilar.
A dupla sensação do Real Madrid também foi alvo de muitos elogios de Sávio antes do clássico contra o Barcelona. Neste momento, Mbappé e Vini Jr somam 20 dos 28 gols marcados pela equipe merengue na temporada e possuem o poder de desequilibrar o duelo, segundo o ex-meia.
- A gente está falando de um time, de um elenco de muita qualidade individual, de jogadores que podem fazer a diferença e que vem fazendo a diferença há algum tempo. A importância desses jogadores é fundamental. Se você pega os números do Vini Jr são espetaculares, números que mostram essa capacidade individual. É o treinador querendo encaixar sua melhor formação, o seu melhor conjunto. Mas não abrindo mão da sua capacidade individual. O Mbappé dispensa comentários. Individualmente é extraordinário. Mesmo não ganhando títulos importantes no ano passado, fez uma temporada espetacular. É um elenco que te dá essa capacidade. Estou falando do Vini, do Mbappé, do Bellingham. Tantos jogadores que podem decidir individualmente falando.
Neste domingo (26), o Real Madrid recebe o Barcelona no Santiago Bernabéu, às 12h15 (de Brasília), pela 10ª rodada da La Liga. O confronto vale a liderança do Campeonato Espanhol, uma vez que os merengues ocupam a liderança com 24 pontos, enquanto os culés estão na 2ª colocação com 22 pontos.
Confira outras respostas de Sávio sobre Real Madrid x Barcelona
El Clásico marcante
- Tempo um jogo no Camp Nou, que foi um 2x2 e foi um jogo muito marcante e simbólico, porque a gente empata o duelo no final. Eu dei as duas assistências pro Raul. No empate do fim do jogo, ele fez um gesto de calar o Camp Nou, e o gesto ficou muito marcado na história do El Clásico. Foi uma atuação individual muito boa e eu dei as duas assistências.
Comparação entre clássicos
- Na minha época, eram clássicos sempre especiais, que me marcaram muito. Entrar no Maracanã para um Flamengo x Vasco, Fla x Flu, Flamengo x Botafogo era muito especial. Sempre foi muito importante e jogos diferentes. Eu chego na Espanha e encontro o Real x Atlético. Tive a felicidade de fazer meu primeiro gol no Derby. E depois tive a oportunidade de jogar em Real Madrid x Barcelona. Se não é o maior, é um dos maiores clássicos do planeta. A gente vai um pouco para a questão política da capital e da Catalunha. Envolve muita coisa da cultura espanhola. Por isso tudo, é um clássico extremamente diferente. Tive a felicidade de jogar algumas vezes e me marcou muito.
Favorito
- Não (vejo favorito). Os últimos encontros, as últimas histórias do El Clásico foi com o adversário ganhando fora de casa. A gente viu o que aconteceu na temporada passada. O Real Madrid tem a força da sua torcida, joga no Santiago Bernabéu, mas um clássico de tanta história, grandeza, de capacidade técnica e individual é difícil encontrar um favorito. Claro que espero que o Real possa vencer, mas é muito igual.
Fase de Rodrygo
- O Rodrygo é um jogador que, até pela regularidade que vem demonstrando nas últimas temporadas e em jogos decisivos, é super importante. É que o elenco é muito forte. Então você não tem a definição de um time titular. Eu gosto muito do estilo do Rodrygo, porque ele te entrega individualidade, um poder ofensivo muito grande, gols decisivos e uma parte tática muito importante. O Xabi Alonso tem dado uma prioridade para o Arda Güler porque é um menino novo, mas de muita capacidade técnica. São jogadores extremamente importantes, técnicos. O Rodrygo é técnico, mas entrega muito essa questão tática também.
Momento do Barcelona
- É um grande time. Demonstrou isso na temporada passada. Mas está demonstrando uma certa irregularidade de resultados. Grandes vitórias, mas de grandes derrotas, como foi contra o Sevilla. Eu acho que os dois treinadores estão buscando o seu melhor esquema tático. O Barcelona tem uma certa diferença para o ano passado. Mas o Barcelona tem muita individualidade. Estamos falando de jogadores extremamente habilidosos, rápidos e que podem fazer a diferença. Em um clássico desse tamanho, o que vai prevalecer, no fundo, é essa individualidade do jogador para decidir um jogo tão importante assim.
Lamine Yamal
- Na minha época, era algo natural. Eu cresci no Flamengo com uma certa expectativa e com uma pressão natural do que é vestir a camisa de um grande clube. A gente tem que assimilar rápido e da melhor forma possível. Principalmente na parte psicológica e haver um certo equilíbrio dessa responsabilidade e pressão de vestir a camisa de um grande clube. Era uma época diferente. Eu saio do Flamengo para o Real Madrid com 23 anos e mais de 250 jogos com a camisa do Flamengo. Hoje está tudo mais precoce. Você vê o Lamine Yamal sendo a grande referência e parece um jogador experiente, mas tem apenas 18 anos. O futebol se readaptou a essa questão. É um jogador de muita capacidade técnica, individual, de improviso, velocidade. Não só no Barcelona, mas também para a seleção espanhola. É um presente, mas com um futuro incrível.
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