Real Madrid e Barcelona podem entrar em conflito judicial; entenda
Merengues veem padrão de erros nas primeiras rodadas de LaLiga, reforçam discurso sobre o caso Negreira e prometem levar denúncia até o fim

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O Real Madrid mudou de estratégia e passou a relacionar diretamente o Barcelona às críticas contra a arbitragem em LaLiga. Dirigentes dos Merengues consideram que os erros acumulados nas quatro primeiras rodadas da competição, culminando no empate contra a Real Sociedad, não são casuais.
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A atuação do árbitro e do VAR desagradou inclusive ao Comitê Técnico de Árbitros (CTA), que estuda aplicar “descansos” aos profissionais envolvidos. Para o clube, as decisões têm padrão que reforça a suspeita de favorecimento ao rival catalão.
O peso do caso Negreira
O “caso Negreira” voltou ao centro do debate com a iminência de novos depoimentos de nomes como Luis Enrique, Ernesto Valverde e Joan Laporta. O Real Madrid entende que, enquanto persistirem dúvidas sobre os pagamentos feitos pelo Barcelona ao então vice-presidente do Comitê de Árbitros, haverá impacto direto nas decisões atuais. A "Real Madrid TV" passou a destacar comparações entre as situações vividas pelos dois clubes, como a ausência de pênaltis contra os Merengues entre 2016 e 2018, argumento recorrente da comunicação oficial.

O presidente Florentino Pérez já havia prometido aos sócios levar a denúncia “até o fim”, que reforça a posição da entidade como parte ativa no processo judicial. Para a diretoria, os equívocos atuais são consequência da desconfiança instaurada no passado, com efeito em cadeia sobre o coletivo de árbitros. A interpretação alimenta o discurso de que o Real Madrid não enfrenta apenas erros pontuais, mas um contexto marcado por precedentes ainda não esclarecidos.
Apesar de defenderem juntos a criação da Superliga, Real Madrid e Barcelona seguem trajetórias opostas em outros cenários. O Barça se aproxima de LaLiga, como ficou evidente no projeto de levar partidas a Miami, e fortalece laços com a Uefa, entidade criticada pelos merengues. Em contrapartida, o Real adota postura de confronto e distancia-se de ambas as instituições, reforçando a ideia de isolamento estratégico em busca da preservação de seus interesses.
Mudança em campo
A mudança de tom também é notória no comportamento da equipe em campo. Ao final da partida contra a Real Sociedad, o técnico Xabi Alonso dirigiu-se diretamente ao árbitro Gil Manzano para questionar decisões, em uma conversa que se prolongou por mais de um minuto.
No pós-jogo, o treinador, normalmente contido, teve uma das reações mais intensas de sua carreira. O treinador recebeu cartão amarelo por protestar e relatou na coletiva de imprensa que não se convenceu das explicações do árbitro sobre a expulsão.
– Para mim, o lance era para um cartão amarelo. Militão estava perto e a bola não estava sob controle. Assistindo ao replay, não mudei de ideia. Perguntei, ele me deu a explicação, e eu não fiquei convencido. O contexto do jogo mudou, e jogamos com 10 homens por 60 minutos. Tivemos chances e marcamos o segundo, para nos dar uma vantagem. O time soube se sacrificar, foi generoso no esforço. Vencer em Anoeta é sempre muito difícil, e hoje, se possível, foi ainda mais difícil – disse o treinador.
– Quando há erros óbvios, gosto que o VAR intervenha. Não quero me concentrar apenas na atuação do árbitro, embora tenha influenciado muito a partida. No segundo tempo, tivemos que jogar mais baixos. Não há dúvidas sobre o pênalti. É preciso saber jogar com 10 homens. Isso é impressionante, dado o espírito do jogo que estamos jogando – completou Xabi Alonso.
Reclamações à Fifa
O Real Madrid anunciou que prepara um dossiê detalhado para enviar à Fifa relatando os “erros de arbitragem” sofridos pelo clube nas primeiras rodadas da La Liga e também na temporada passada.
De acordo com a "Real Madrid TV", o documento reunirá vídeos, dados e estatísticas sobre lances controversos, com o objetivo de pressionar a entidade máxima do futebol para que “tome nota do que acontece na Espanha”. O clube lamentou que a arbitragem tenha tomado o protagonismo no pós-jogo, ofuscando o desempenho de jogadores como Mbappé e Tchouaméni.
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