Japão, Argentina e Marrocos expõem novo mapa do futebol mundial
Seleções são sensações no Mundial Sub-20

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A primeira fase do Mundial Sub-20 revelou uma mudança significativa na geografia do futebol. Seleções como Japão, Argentina e Marrocos dominaram seus grupos com autoridade e confirmaram o avanço técnico e tático de países que, há pouco tempo, não figuravam entre os protagonistas. Mais do que um torneio de promessas, a competição reflete como o jogo está sendo repensado globalmente, com novas potências emergindo e equilibrando forças diante das tradicionais.
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O Japão apresentou a campanha mais sólida da fase inicial, com três vitórias, sete gols marcados e nenhum sofrido. A Argentina manteve o padrão de eficiência, mesmo sem nomes como Franco Mastantuono e Echeverri, enquanto Marrocos voltou a surpreender ao liderar o “grupo da morte”, superando Brasil e Espanha. O desempenho reforça a tendência de um futebol mais distribuído, em que o talento não se concentra mais apenas nas grandes potências europeias e sul-americanas.
Globalização e intercâmbio técnico ampliam o horizonte do jogo
Para Thiago Freitas, COO da Roc Nation, o acesso global a informações e métodos de treinamento é um dos pilares dessa transformação.
— O treinamento qualificado está disponível para os mais talentosos de Seattle a Adelaide, passando por Casablanca — afirma. Segundo ele, o intercâmbio técnico e o aumento de jogadores formados em países europeus, mas com origens em antigas colônias, ampliaram o número de seleções competitivas.
Enquanto isso, o contraste fica evidente nas potências tradicionais. Pentacampeão da categoria, o Brasil não supera a primeira fase desde 2011 e desta vez caiu ainda mais cedo, após empatar com o México e perder para Marrocos e Espanha. A ausência de atletas integrados às equipes principais, como Endrick e Estevão, influenciou diretamente no desempenho, cenário semelhante ao de Espanha e França. A democratização do conhecimento também transformou a base.
— Treinadores do mundo todo compartilham metodologias online, o que permite adaptar conceitos e reduzir desigualdades — observa Alexandre Vasconcellos, do Flashscore.

O avanço de Japão e Marrocos é reflexo direto desse intercâmbio. O país africano, semifinalista da Copa de 2022, consolidou uma geração formada em grandes ligas, enquanto os japoneses aliam disciplina e leitura tática com ousadia ofensiva.
O cenário confirma uma virada estrutural: o futebol do futuro será mais plural, menos previsível e aberto a novos protagonistas. O talento, agora, pode surgir em qualquer lugar do planeta — e desafiar o domínio das antigas potências.
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