Inter de Milão anuncia novo técnico do clube, substituto de Inzaghi
Cristian Chivu é o novo treinador da equipe

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Nesta segunda-feira (9), a Inter de Milão anunciou o novo técnico do clube, que chega antes de início do Mundial de Clubes, depois do acerto de Simone Inzaghi com o Al Hilal. Trata-se de Cristian Chivu, romeno que salvou o Parma do rebaixamento nesta temporada. O treinador de 44 anos foi jogador da Inter de Milão e esteve no lendário time de José Mourinho que ganhou a tríplice coroa em 2010.
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Neste domingo, Chivu se despediu do Parma em publicação no Instagram.
— Agradeço ao clube, à equipa, aos jogadores e aos adeptos por terem acreditado em mim e no nosso projeto. Juntos superámos obstáculos e escrevemos uma página (na história do Parma) que ficará no meu coração — afirmou Chivu em sua conta pessoal do Instagram.
Familirizado com o clube, Chivu foi técnico das categorias de base da Inter de Milão, e saiu nesta temporada para seu primeiro desafio profissional. Pelo Parma, foram 13 jogos e uma missão: livrar a equipe do rebaixamento. Foram três vitórias, sete empates e três derrotas, somando 16 pontos e livrando o time da zona.
Veja a nota divulgada pela Inter de Milão sobre o novo técnico
O FC Internazionale Milano dá as boas-vindas a Cristian Chivu como novo treinador da equipe principal. O técnico assinou contrato com o clube nerazzurro até 30 de junho de 2027.
Existem vidas que carregam dentro de si uma infinidade de histórias: vidas que sabem enfrentar dificuldades de todos os tipos, para recomeçar sempre mais fortes e renovadas. Vidas que, no entanto, encontram pilares nos quais se apoiar e ao redor dos quais constroem novas experiências cheias de significado. Ao longo de sua existência, Cristian Eugen Chivu passou por experiências e desafios de grande porte, vivências que o moldaram como homem e profissional, ligando-o de forma indissolúvel às cores nerazzurri, que ele volta a representar a partir de hoje em sua terceira vida interista — agora como treinador da equipe principal.
Nascido em 26 de outubro de 1980 em Reșița, cidade romena de cerca de 80 mil habitantes, Chivu aprendeu desde cedo o valor da disciplina para conseguir se destacar no mundo do futebol. Um mundo que ele vivenciou desde a infância, seguindo o exemplo e a paixão do pai, Mircea, ex-jogador e seu primeiro treinador nas categorias de base do CSM Reșița. Foi uma trajetória longa, sem qualquer tratamento privilegiado: o vínculo profundo com o pai fez a diferença e ensinou a Chivu os valores do sacrifício e da ambição. Cristian começou como atacante, mas também atuava como meia-ofensivo quando necessário: tinha boa técnica, a ponto de estrear na equipe principal aos 17 anos, jogando naquele estádio que hoje leva o nome de seu pai, Mircea. Em 1998, transferiu-se para o Universitatea Craiova, sendo então observado por um olheiro do Ajax, para onde se mudou em julho de 1999.
Cristian já era zagueiro, mas também podia atuar como lateral; na Holanda, porém, sua transformação foi completa: no Ajax, refinou seus fundamentos técnicos e, sobretudo, treinou o cérebro — uma verdadeira escola de futebol para um jovem em ascensão. Em 2001, Chivu tornou-se o capitão mais jovem da história do clube de Amsterdã: uma braçadeira que só pode ser usada por alguém com grande personalidade. Em sua passagem pela Holanda, Cristian venceu um campeonato nacional, uma copa e uma Supercopa; depois de 142 partidas em quatro anos, em 2003, chegou à Itália para jogar pela Roma. O romeno passou quatro temporadas na capital, conquistando uma Coppa Italia, até viver a virada decisiva: em 2007, chegou à Inter, e sua vida mudou para sempre.

Nos sete anos em que vestiu a camisa da Inter, houve um episódio que simboliza mais do que títulos e estatísticas (169 jogos e 3 gols com a camisa nerazzurra): em 24 de março de 2010, apenas 77 dias após ter sofrido uma grave fratura no crânio em Verona, contra o Chievo, Chivu voltou a campo usando um capacete protetor. Foi um novo começo para Cristian, que meses antes havia corrido riscos muito maiores do que apenas o fim da carreira. O retorno foi recebido com uma ovação dos torcedores da Inter, ao primeiro cabeceio (inofensivo) do zagueiro — uma emoção difícil de explicar. A partir daquele momento, jogaria o restante de sua carreira com o capacete, tirando-o apenas para comemorar vitórias e troféus. Ao todo, conquistou três Campeonatos Italianos, duas Copas da Itália, duas Supercopas da Itália, um Mundial de Clubes e a Liga dos Campeões da temporada 2009/10.
Pilar e capitão da seleção da Romênia, Chivu disputou 75 partidas pela equipe nacional, incluindo participações nas Eurocopas de 2000 e 2008. Em 2014, encerrou sua primeira experiência com a Inter e pendurou as chuteiras, concluindo sua carreira como jogador. Assim começou um novo capítulo da vida nerazzurra de Cristian, que iniciou sua trajetória como técnico nas categorias de base da Inter em 2018.
Sua jornada começou no sub-14, passando pelo sub-17 e sub-18, até chegar ao comando do time Primavera no verão de 2021 — um desafio importante e empolgante para um homem ambicioso como ele. Em sua primeira temporada, conquistou um belíssimo título italiano, o décimo da história da equipe Primavera da Inter, e deixou o clube ao final da temporada 2023/24.
Em fevereiro de 2025, surgiu a oportunidade de treinar uma equipe principal: Cristian foi chamado pelo Parma para tentar uma difícil permanência na Série A 2024/25. Missão cumprida: em 13 partidas, o time emiliano somou 16 pontos e conseguiu garantir sua permanência na elite do futebol italiano.
Agora, Cristian Chivu inicia uma nova experiência com a Inter, a terceira de sua carreira: uma jornada que ele viverá, como sempre, guiado pelos valores da dedicação, do espírito de sacrifício e do trabalho duro.
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