Depois de “quase reconciliação”, Southgate volta a errar e pode deixar a Inglaterra como vilão
Comandante dos Três Leões, amplamente questionado ao longo do ciclo, tomou decisões inesperadas na final da Eurocopa
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Gareth Southgate, técnico da Inglaterra, fez jus às críticas sofridas ao longo dos últimos oito anos. Sem total prestígio por parte dos torcedores, falhou em fazer uma geração de muito talento jogar o melhor futebol possível, e amargou o segundo vice-campeonato de Eurocopa seguido.
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A culpa, claro, não pode ser 100% atribuída ao ex-jogador. Afinal, bateu o recorde de jogos invictos de um treinador na história da competição, com 13 jogos. Alterações feitas tiveram influência direta com gols e assistências, a exemplo de Cole Palmer, que marcou o tento do English Team na decisão.
Entretanto, é praticamente impossível isentá-lo de responsabilidade. Bellingham, Foden, Kane, Saka, Rice... nomes que precisam formar um coletivo minimamente aceitável, para não dizer vistoso, já que o tempo de trabalho é curto e periódico. O que se viu nos campos alemães foi um time às vezes bagunçado e nervoso, com pouco repertório e peças apagadas.
Se chegar à final foi um ato de que certa confiança poderia ser depositava em Southgate, o que foi feito nela é um atestado de que todas as críticas são justas. Sacar Harry Kane com 15 minutos do segundo tempo levantou questionamentos, e fez brasileiros lembrarem da alteração de Tite contra a Croácia em 2022, quando tirou Vini Jr.
Em campo, entraria Watkins. Jogadores de níveis diferentes; era basicamente apostar no heroísmo do centroavante que salvou a semifinal. Em uma das últimas bolas do jogo, faltou a qualidade de quem saiu. Na conta de Gareth.
Do lado esquerdo, Phil Foden (fora de posição) esteve longe do que se acostumou a fazer em Manchester. Ao olhar para o banco, possivelmente o torcedor sentiu falta de Rashford e de tudo o que apresentou nos últimos anos pelos Três Leões. Opção de Southgate como desfalque na convocação.
Decisões e mais decisões que foram tomadas ao longo de oito anos deixaram Southgate em uma situação difícil. Nem mesmo alcançar uma segunda final de Euro seguida o salva das críticas neste ponto. Ter falhado nela, menos ainda.
A continuidade à frente do English Team deve ser definida ao longo dos próximos dias. Mas o técnico está mais perto do fim de sua jornada do que de uma extensão do contrato que expira ao final do ano. Thomas Tuchel, Ralf Rangnick, Jürgen Klopp e até Sarina Wiegman, campeã continental com a esfera feminina da Inglaterra. As sombras crescem diante de um Gareth Southgate que assina o caráter da vilania.
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