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Brasileira faz vaquinha para acompanhar Seleção na Copa América Feminina

Patrícia Gonçalves, de 28 anos, está em Quito para o torneio continental

Patrícia Gonçalves acompanha Brasil x Equador pela Copa América Feminina. (Foto: Acervo pessoal)
imagem cameraPatrícia Gonçalves acompanha Brasil x Equador pela Copa América Feminina. (Foto: Acervo pessoal)
Giselly Correa Barata
São Paulo (SP)
Dia 15/07/2025
12:28

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A publicitária e estudante de Jornalismo Patrícia Gonçalves, de 28 anos, acompanhou de perto a estreia da Seleção Feminina na Copa América, no Estádio Chillogallo, em Quito. No último domingo (13), o Brasil venceu a Venezuela por 2 a 0, com gols de Amanda Gutierres e Duda Sampaio.

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Apaixonada por futebol, Patrícia ficará no Equador por 25 dias e criou uma vaquinha online para ajudar a cobrir os custos da viagem. Até agora, ela arrecadou pouco mais de 10% da meta, que inclui passagens aéreas, alimentação, transporte e hospedagem.

Estreia do Brasil na Copa América Feminina

O primeiro jogo da Seleção contou com um público abaixo do esperado. Patrícia, que acompanhou a partida das arquibancadas, aponta possíveis razões para a baixa adesão, mas ressalta a animação dos brasileiros presentes.

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— Vi torcidas organizadas do Brasil fazendo festa na entrada do estádio. Isso criou um clima especial e chamou a atenção das outras seleções. Parecia até que só tinha brasileiro aqui! A torcida equatoriana apoiou bem o jogo, mas, no geral, o movimento ainda é tímido — relata.

A falta de divulgação local e o preço dos ingressos também pesam nesse cenário, segundo ela.
— Quando cheguei ao aeroporto, não havia nada sinalizando que uma competição estava acontecendo no país, como costumamos ver. Não vi divulgação nos lugares por onde passei, nem na TV aberta. Muitas pessoas sequer sabem que a Copa América está acontecendo — analisa.

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Em junho, Patrícia esteve no amistoso entre Brasil e Japão, realizados em São Paulo e Bragança Paulista, e compara as experiências.
— O sentimento é completamente diferente. No Brasil, a Seleção Feminina tem ganhado cada vez mais reconhecimento, e a torcida costuma abraçar muito o time, especialmente nos últimos anos. Lembro de ouvir uma torcedora dizer: 'A seleção feminina é diferente, você olha para elas e parece que todas estão sincronizadas'. Aqui no Equador, senti uma certa distância do público local em relação ao evento. Falta aquele calor humano das arquibancadas cheias. Por outro lado, isso só aumentou minha vontade de contar essas histórias e mostrar que o futebol feminino precisa ser celebrado em todos os cantos do continente — afirmou.

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A jornalista acompanhou os amistosos da Seleção Feminina diante do Japão. (Foto: Acervo pessoal)
A jornalista acompanhou os amistosos da Seleção Feminina diante do Japão. (Foto: Acervo pessoal)

Para Patrícia, estar em Quito é a realização de um sonho.
— Sempre imaginei este momento: dentro de um estádio internacional, crachá no peito, microfone na mão e a missão de contar a história do futebol feminino de perto. Tem frio na barriga, tem improviso, tem emoção em cada detalhe, mas, principalmente, a certeza de que é aqui que eu quero estar. Cobrir esta Copa América in loco é um divisor de águas para mim, o primeiro passo de algo muito maior.

— Estava acordada quatro dias antes da Copa América e pensei: “Não vou perder isso por nada”. Essa coragem veio das reações das pessoas quando abri a vaquinha. E, no momento em que cheguei ao estádio, só conseguia pensar: “Era aqui que eu devia estar mesmo” — completou.

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