Há 10 anos, a F1 perdia Jules Bianchi em acidente que mudou a categoria
Piloto francês morreu em decorrência de forte batida com trator no GP do Japão de 2014

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Há exatos 10 anos, em 17 de julho de 2015, morria Jules Bianchi, aos 25 anos, em decorrência de um acidente sofrido nove meses antes no GP do Japão de F1. O acidente foi o último fatal da Fórmula 1 e implementou mais medidas de segurança no esporte, incluindo o halo, estrutura que protege a cabeça dos pilotos.
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O acidente fatal
Chovia forte no GP do Japão de 2014 por conta de um tufão que se aproximava do país à época. A corrida seguia normalmente até que Adrian Sutil, da Sauber, bateu e trouxe uma bandeira amarela para a pista. A retirada do carro estava sendo feita com um trator.

Poucas voltas depois, Jules Bianchi, da Marussia, aquaplanou na pista e foi em direção ao carro da Sauber que havia abandonado. Ele bateu no carro de Sutil e depois chocou o lado esquerdo do capacete fortemente no trator que estava ao lado do veículo.
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A batida de 254 g (equivalente a 254 vezes a força da gravidade) deixou uma lesão axonal difusa no francês. Ele foi levado a um hospital no Japão e entrou em coma. Meses depois, ele foi transferido para um hospital na frança, onde morreu. A morte foi a primeira na F1 desde o acidente de Ayrton Senna no GP de San Marino, 1994.

O relatório da FIA (Federação Internacional do Automobilismo) constatou que o piloto não reduziu suficiente a velocidade para a bandeira amarela, tendo perdido o controle cerca de 3 segundos antes do impacto.
O acidente gerou comoção no mundo da Fórmula 1. Apenas quatro dias após a batida, já acontecia os preparativos para o GP da Rússia, em Sochi. A primeira coletiva de imprensa dos pilotos teve como tema principal o acidente de Jules Bianchi. Muitos pilotos se emocionaram. Veja abaixo a seção de motor do Lance! cinco dias após o acidente do GP do japão de 2014.

Mudanças na Fórmula 1 após o acidente de Jules Bianchi
A principal mudança na Fórmula 1 após o acidente de Jules Bianchi foi a implementação do halo, equipamento em formato de chinelo que envolve a cabeça dos pilotos. A estrutura começou a ser testada em 2016 e passou a ser obrigatória a partir de 2018.
O dispositivo não teria evitado a morte de Bianchi segundo a FIA, mas o acidente fez com que mais equipamentos de segurança fossem estudados. Hoje, o halo evita graves acidentes na Fórmula 1, como a batida de Romain Grosjean no GP do Bahrein de 2021, em que a peça evitou um choque da cabeça do piloto com a barra de segurança da pista. Outro exemplo foi a batida entre Max Verstappen e Lewis Hamilton no GP da Itália de 2021.

Além disso, diversos procedimentos de retirada de carros foram alterados na categoria, incluindo a entrada das bandeiras. Desde então, a direção de prova agiu com mais cautela em situações semelhantes de tempo. O acidente de Bianchi também introduziu o Safety Car Virtual, dispositivo que obriga os pilotos a manterem as posições e reduzirem as velocidades em situações de menos risco.
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O enterro de Jules Bianchi foi em julho de 2015, na Velha Nice, na França. O momento gerou comoção em jornalistas, fãs e pilotos.

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