Bortoleto admite que não estaria na F1 sem apoio de Fernando Alonso
Piloto explicou como funciona a relação com o "empresário e amigo"

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Gabriel Bortoleto falou sobre a “relação muito respeitosa” que nutre com Fernando Alonso e até brincou ao dizer que o bicampeão mundial costuma ser “meio maluco” nas disputas de pista. No entanto, ao lembrar da passagem pelas categorias de base e das negociações com a Sauber, no ano passado, o brasileiro fez questão de reconhecer que “não estaria na Fórmula 1” sem a ajuda do empresário.
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Isso porque em 2022, quando completava o segundo ano na FRECA, o paulista procurou a A14 Management, agência administrada pelo atual piloto da Aston Martin, além de Albert Resclosa Coll e Alberto Fernández Albilares, para ajudá-lo no gerenciamento da carreira. Desde então, os dois desenvolveram um forte laço de amizade, algo que fica muito evidente nos fins de semana de corrida, quando frequentemente são vistos juntos pelo paddock da categoria.

Deste forma, durante uma participação no podcast "Beyond The Grid", Bortoleto foi questionado se enxerga Alonso como um chefe, mas negou que esse seja o caso.
— Diria que é meu empresário e amigo, sabe? Mas chefe, não — porque a gente faz as coisas juntos, decidimos as coisas juntos. Meus chefes são Mattia Binotto, Jonathan Wheatley e o pessoal da Audi. Mas são coisas diferentes — começou.
— Com Fernando, é muita experiência, muito conhecimento sobre esse mundo. Ele me ajuda em muitas coisas da minha carreira e também fora dela. Temos um time muito forte, que é Fernando, Alberto e Albert. São os três donos da A14. E aí, juntos, dividem todas as responsabilidades de contratos, logística. E Fernando, obviamente, com a parte de pilotagem, ajudando-me a entrar na F1, pressionando bastante com a Sauber — acrescentou.
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— Temos uma relação muito respeitosa. Às vezes ele me dá carona no avião dele, e eu dou carona para ele de volta para casa em Mônaco, quando a gente aterrissa — continuou Gabriel, antes de ser questionado sobre a sensação de competir lado a lado com o espanhol nas pistas:
— É engraçado, mas é difícil. Ele é meio maluco — brincou.
— Tento aprender (alguns truques). Só não tenho certeza do motivo exato de ele fazer algumas coisas, às vezes. Ele é muito aberto com muitas coisas. Mas algumas… talvez só vai me contar quando se aposentar — continuou Bortoleto, que ainda lembrou do GP da Hungria, quando terminou na sexta posição, logo atrás do asturiano, quinto colocado.
— Foi incrível correr e ver tudo o que estava fazendo, como economizou pneus no início da corrida e forçou mais no meio e no final, e coisas assim — destacou.
Bortoleto explica influência de Alonso em entrada na F1
Na sequência, Bortoleto foi perguntado se estaria na F1 caso não tivesse contado com a ajuda de Alonso. O espanhol se envolveu fortemente nas negociações com a Sauber, que duraram alguns meses em 2024, já que o time suíço estava com muitas dúvidas em relação ao fato de contar com um novato para o projeto da Audi, que assumiu o controle das operações e ingressa no grid oficialmente em 2026.
— Não acho que estaria aqui. Obviamente, Fernando não foi só o cara que me ajudou a entrar na F1, ele me ajudou a conseguir meu contrato na F3 com uma equipe muito boa. Ele me ensinou muito naquela temporada, que era meu ano de estreia. Também me ensinou muito na minha temporada de estreia na F2. E, sinceramente, não sei se estaria aqui. Não sei se teria vencido a F2 e a F3 se ele não estivesse gerenciando minha carreira e garantindo minha vaga na F1 — reconheceu.

Porém, antes de dar o último passo rumo ao Mundial, o brasileiro fez parte do programa de pilotos da McLaren, de onde acabou sendo dispensado para que assinasse com a Sauber. O jovem de 20 anos também apontou a importância de Alonso nessa negociação, ainda que a situação tenha acontecido de maneira diferente.
— Foi a McLaren que veio até nós. Não fomos nós que fomos atrás da McLaren, foi a McLaren que fez uma proposta. Mas aí foi ele quem conversou com Zak (Brown) várias vezes, negociando, falando, pressionando por algumas coisas. Ele esteve muito envolvido nisso — concluiu.
A Fórmula 1 retorna de 19 a 21 de setembro com o GP do Azerbaijão, 17ª etapa da temporada 2025.
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