Pivô da Máfia do Apito diz que Bruno Henrique e Paquetá deveriam ser banidos do futebol
Atacante do Flamengo é suspenso por 12 jogos, e meia do West Ham absolvido

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Banido do futebol após ser condenado no caso da "Máfia do Apito", o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho declarou que Bruno Henrique, do Flamengo, e Lucas Paquetá, do West Ham, deveriam receber a mesma punição. Ambos foram investigados e julgados por manipulação de apostas esportivas; o atacante foi suspenso por 12 partidas do calendário nacional, enquanto o meio-campista foi absolvido na Inglaterra.
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Em entrevista ao podcast "Um Assado Para...", do jornalista Duda Garbi, Edilson disse ter assistido aos lances que levantaram suspeita contra os atletas e considera os dois culpados.
— O Bruno Henrique pegou só 12 jogos. Por que pegou 12 jogos? Porque nenhum, então? Já que é para ser punido, que puna criminalmente. Se ele foi punido é porque ele errou, ele ludibriou o torcedor do Flamengo. Para mim, teria que ser banido. Banido, e o Lucas Paquetá. Eu assisti os jogos, assisti o Lucas Paquetá querendo tomar cartão amarelo, a torto e direito, dando pontapé a todo lado e o árbitro não dava. Na mesma jogada, ele fez três faltas para cartão amarelo, brincando no Campeonato Inglês.
— Bruno Henrique em Santos e Flamengo, na Vila Belmiro, foi uma falta clara. Pelo que eu vejo nos noticiários, o Flamengo pediu: "Toma o terceiro hoje para você limpar ficha". Até então, normal, todo clube faz isso mesmo, para você jogar aquele clássico importante. Mas não ele, o Bruno Henrique, avisar ao seu irmão, seu cunhado, seus amigos. "Olha, eu vou tomar o cartão amarelo e vocês apostam nesse site". Também deveria ter sido banido. Os dois têm que ser punidos porque eles vão continuar a dúvida. Eu fui banido. Naquela sexta-feira lá em casa, quando chegou a Polícia Federal, eu falei: "Acabou a minha carreira" — concluiu.
Relembre a Máfia do Apito
O esquema de manipulação de resultados no esporte mais famoso do país chocou os brasileiros em 2005, quando toda a situação foi exposta pelo jornalista, André Rizek, a época trabalhava para a Revista Veja.
O centro do caso de manipulação girava em torno do árbitro Edílson Pereira de Carvalho, filiado à Federação Paulista de Futebol e um dos dez juízes que eram também filiados à Fifa. O árbitro foi preso em sua casa, em Jacareí.
De acordo com as investigações promovidas pela Polícia Federal sobre a Máfia do Apito, Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon estavam interferindo nas partidas em que eram escalados para beneficiar apostadores, que eram comandados por Fayad. Segundo a apuração, os juízes recebiam R$10 mil por cada partida manipulada.
Ao longo da apuração feita, os juízes teriam apitado ao menos 40 jogos suspeitos, por Libertadores, Sul-Americana, Campeonato Paulista e nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. No entanto, apenas os jogos da primeira divisão do Brasileirão foram realizados novamente, já que outros campeonatos já haviam acabado ou estavam sobre a tutela da Conmebol.
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