Leila Pereira, do Palmeiras, alfineta Flamengo e web reage: 'Bravinha'
Diretoria dos clubes voltam a discutir o uso do gramado sintético

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, colecionou mais um embate contra o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, do Flamengo. O novo atrito entre os dirigentes aconteceu durante o Prêmio Brasileirão de 2025, evento da CBF, sediado nesta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro.
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Durante a cerimônia, em contato com a imprensa local, a presidente do Palmeiras comentou sobre o fato do Flamengo ter encaminhado à CBF uma proposta pela padronização dos gramados. A movimentação da diretoria Rubro-Negra prevê o fim do uso do gramado sintético no Brasil, utilizado no Allianz Parque, estádio do Verdão.
— Em relação a essa discussão sobre a qualidade dos gramados do Brasil, infelizmente, é algo que vem sendo pautado pelo clubismo. O fato é que não há qualquer evidência científica de que os campos sintéticos ofereçam maior risco de lesão aos atletas. Inclusive, desde que implementou o gramado artificial no Allianz Parque, em 2020, o Palmeiras é um dos clubes da Série A com menor número de jogadores lesionados. Portanto, as alegações feitas pela atual gestão do Flamengo não passam de fake news — disparou Leila.
A declaração repercutiu de forma imediata nas redes sociais. Torcedores do Flamengo aproveitaram o momento para provocar a presidente do rival. Por outro lado, integrantes da torcida do Palmeiras elogiaram a postura de Leila Pereira. Veja a repercussão abaixo:
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Proposta do Flamengo contra o gramado sintético
O Flamengo protocolou nesta segunda-feira (8), junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), uma proposta por padronização dos gramados no país. No documento, o clube da Gávea enviou sugestões para melhora técnica das arenas do Brasil e criticou a utilização de gramado sintético na elite do Campeonato Brasileiro.
Junto a isso, o Rubro-Negro solicitou ajuste do Regulamento Geral de Competições (RGC) e do Regulamento Específico de Competições (REC) do Brasileirão 2026. O clube aguarda pela formação de um grupo de trabalho para debate sobre o tema.
Veja os tópicos levantados pelo Flamengo
"1. O Flamengo entende que os gramados artificiais não oferecem condições adequadas para um futebol de alto rendimento. Nas principais ligas europeias, esse tipo de superfície é proibido, e também não é utilizado nas principais ligas sul-americanas (Argentina, Uruguai e Colômbia). Não há nenhum país que já tenha conquistado uma Copa do Mundo que aceite gramados de plástico, só o Brasil. Em levantamento realizado pelo Clube, não foi identificado nenhum jogo de primeira divisão nessas ligas, na temporada 2025, disputado em gramado artificial.
2. A preocupação com os gramados artificiais não é exclusiva do Flamengo. Os jogadores, principais protagonistas do esporte, vêm se manifestando publicamente contra o uso desse tipo de superfície em competições de alto nível e, em alguns casos, chegam a se recusar a atuar nesses campos. Esse cenário acende um alerta para o risco de que atletas de ponta, brasileiros ou estrangeiros, deixem de considerar atuar no futebol brasileiro justamente pelas condições do piso de jogo.
3. Adicionalmente, existem vários estudos listados no material entregue pelo Flamengo que demonstram claro indicativo que esse tipo de superfície é prejudicial à saúde, aumentando o número de lesões e causando demais problemas pelo contato com o plástico.
4. Considerando que as principais justificativas para o uso de gramados sintéticos são a redução de custos e a realização de shows e eventos, e buscando evitar prejuízos imediatos aos clubes que hoje utilizam esse tipo de superfície, o Flamengo propõe a adoção de um período de transição. A sugestão é que os gramados artificiais sejam substituídos na Série A até o final de 2027 e, na Série B, até o final de 2028, garantindo tempo adequado de adaptação sem comprometer a qualidade esportiva.
5. Mesmo durante o período de transição, a qualidade dos gramados de plástico precisa ser aprimorada. O Flamengo sugere a adoção de um padrão mínimo de qualidade para superfícies sintéticas, contemplando critérios como tipo e material da fibra, altura da grama, densidade de pontos, camada de amortecimento, tipo de preenchimento e coloração.
6. Da mesma forma o Flamengo entende que não adianta apenas proibir gramados de plástico, mas também determinar um padrão de qualidade mínimo para gramados naturais, seguindo normas rígidas utilizadas pela Fifa e pela Uefa, adaptadas às especificidades do futebol brasileiro.
7. O Flamengo apresentou ao grupo de trabalho um documento robusto que propõe padrões técnicos mínimos para a verificação da qualidade dos gramados, quaisquer que sejam o seu tipo, incluindo testes de rolagem da bola, absorção de impacto, rigidez da superfície, entre outros. Atualmente, não há um protocolo de avaliação para que estádios com gramados naturais ou de plástico recebam partidas organizadas pela CBF com a garantia de que, independentemente do estádio, o futebol brasileiro seja jogado de forma igualitária, dentro dos padrões internacionais mais rigorosos, o que reforça a necessidade de regulamentação.
8. Em complemento, o Flamengo propõe a adoção de padrões mínimos de infraestrutura válidos tanto para gramados naturais quanto para gramados sintéticos — incluindo sistemas de irrigação e drenagem, equipamentos adequados de manutenção, especificação da base estrutural, tipo de grama ou fibra, controle de pragas e doenças e nivelamento. O objetivo é garantir que, a partir de 2026, qualquer campo de jogo ofereça comportamento uniforme na interação bola-superfície e jogador-superfície.

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