Fluminense se pronuncia sobre brigas no estádio do Atlético-MG: ‘Abuso de autoridade’
Em nota, clube protesta contra postura desproporcional da Polícia Militar de Minas Gerais
O Fluminense publicou, nesta quinta-feira (26), uma nota oficial se pronunciando sobre as confusões e brigas na Arena MRV após a partida contra o Atlético-MG. O clube protesta contra o serviço de segurança e logística da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e da empresa terceirizada contratada pelo estádio.
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Veja a nota completa:
"Após a partida de ontem, o Fluminense se dedicou a ouvir relatos de funcionários do clube e torcedores presentes na arquibancada, além de analisar as imagens disponíveis, o que foi fundamental para evitar conclusões precipitadas e manifestações inconsistentes ou incompletas.
A postura de pequeno grupo da torcida do Fluminense, embora reprovável em análise isolada, foi motivada pela revolta decorrente do emprego de força absolutamente desproporcional por parte da Polícia Militar de Minas Gerais e dos funcionários da empresa de segurança terceirizada do estádio. Imagens de torcedores espancados e ensanguentados circulam nas redes em profusão.
A conduta das lideranças da equipe interna do Atlético-MG responsável pela operação e pela segurança do estádio foi irrepreensível, profissional e solidária no apoio à equipe tricolor durante todo o tempo e, principalmente, no momento mais crítico, o que fazemos questão de registrar.
O mesmo não se pode dizer da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, que, por reincidência e falta de posicionamento institucional, parece se orgulhar de seus abusos e maus-tratos reiterados. Em julho de 2022, o Fluminense já havia cientificado o alto comando da corporação sobre tal postura após jogo contra o Cruzeiro no Mineirão. De nada adiantou. Fato é que torcedores visitantes são tratados repetidamente com violência e desrespeito, o que é largamente conhecido em todo o Brasil.
No jogo de ontem, a PM mineira cometeu abuso de autoridade contra profissionais do clube e, pasmem, até mesmo contra crianças presentes na arquibancada, no uso desmedido de gás de pimenta.
Se torcedores devem ser identificados para responsabilização de danos, o Fluminense entende que o mesmo procedimento deverá ser feito em relação aos policiais e stewards que, por absoluto despreparo, deram início aos indesejáveis conflitos."
Após o fim da partida, a divisão física do estádio que separava tricolores e atleticanos não foi suficiente para conter provocações e arremessos de copos e objetos de uma torcida contra a outra. Com isso, a Polícia Militar entrou em ação. O que acabou piorando a confusão.
A agressividade da PM revoltou os torcedores do Fluminense, que protestavam e tentavam conter os agentes. O emprego da violência só aumentou, com gás de pimenta, bombas de efeito moral sendo atiradas no meio da torcida e tiros de bala de borracha à queima-roupa.
Na saída da arquibancada, cenas de destruição e mais confusão com as forças de segurança. Parte da torcida do Clube das Laranjeiras vandalizou a Arena MRV. Bebedouros e catracas foram destruídos no setor visitante. A Polícia Militar não foi capaz de conter os ânimos e evitar os danos. Com isso, episódios de violência prejudicaram quem só queria assistir à uma partida de futebol.