De contrato novo com o Fluminense, Fábio continuará em alto nível até aos 46 anos?
Goleiro tem vínculo com o Tricolor prorrogado até dezembro de 2026

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Jogador mais velho na disputa do Mundial de Clubes da Fifa, Fábio teve o contrato com o Fluminense renovado até dezembro de 2026. Ao término do vínculo, o goleiro terá 46 anos, já que faz aniversário em 30 de setembro.
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Atualmente, Fábio tem 44 anos e é também o mais velho entre todos os atletas do Brasileirão Além dele, os outros veteranos da Série A acima das quatro décadas de vida são Fernando Miguel e Thiago Silva (40) e Nenê (43). Chegar a esta idade em alto nível no futebol é cada vez mais comum, de acordo com Rodrigo Reis, fisioterapeuta esportivo e especialista pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe).
— Hoje, no Brasil, onde talvez as condições não sejam as ideais, já temos exemplos de atletas com uma carreira esportiva mais longínqua. Fábio, Nenê e Hulk são exemplos disso. E com o avanço das áreas dentro do esporte, tende a se tornar mais comum atletas próximos ou acima dos 40 atuando em alto nível — diz o profissional.
O fisioterapeuta ainda relata os desafios de um jogador de futebol para chegar a este ponto da carreira.
— Algumas coisas mudam com o avançar da idade, isso é fisiológico. Temos diminuição da produção de alguns hormônios, perda de força, velocidade e outras valências, aumento do desgaste articular e outros fatores. A característica de jogo de cada atleta também pode deixar mais evidente a perda de desempenho com o passar dos anos. Aqueles que dependem mais de força e velocidade tendem a mudar de posição ou de estilo de jogo com o avançar da idade — avalia.
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Geralmente, segundo Rodrigo Reis, a tendência é que jogador acima dos 40 anos atue em divisões inferiores e campeonatos de menor exigência. Contudo, goleiros têm mais possibilidade de manter a qualidade, caso de Fábio.
— Com as perdas de desempenho físico, uma das maneiras de alguns atletas se manterem competitivos é diminuir o nível técnico da competição, atuando onde ele consegue se manter em um bom estágio de performance — explica o profissional.
— As demandas são completamente diferentes de um atleta de linha, é praticamente outro esporte. Por mais que um goleiro ‘sofra’ com saltos e quedas e treinos específicos bastante puxados, as distâncias percorridas (em baixa e alta velocidade) são muito menores que as de qualquer outra posição, assim como as movimentações e ações como um todo. Acabam sendo menos expostos a movimentos com giros e contatos físicos — conclui.
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Ainda segundo Rodrigo Reis, o tempo maior de carreira de um jogador está associado a mudanças que aconteceram na sociedade em geral.
— Anos atrás alguém com 50 anos era considerado idoso, e hoje essa realidade mudou muito. O esporte acompanha esse processo. Acredito que o avanço no conhecimento da nutrição, medicina, treinamento físico, fisiologia, fisioterapia e etc, ou seja, de todas as áreas de saúde e performance, colaboram para esse avanço, e penso que isso auxiliou muito mais do que a tecnologia — conclui.

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